11- The Real Kiss

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MANO, O POVO PENSANDO QUE ERA HOT KASKAKSKSAKSKA SEM OOOR

eu só estou me fazendo de boba mesmo porque no próximo capitulo, o negocio vai pegar fogo suas safadas!



Lalisa.


Meus olhos estavam arregalados, as pontas dos meus dedos tocaram meus lábios quando ela se afastou, Chaeyoung sorria, talvez por conta do modo que eu havia reagido, ou porque minhas bochechas estavam num tom mais rosado por conta da situação, eu não estava assustada, muito pelo contrário, eu estava surpresa com aquilo.

-V-você me beijou? -Murmurei a fazendo rir baixo, gostava da sua risada.

-Não, pequena. Isso não foi um beijo. -Eu via o seu esforço para segurar a risada, e a minha única vontade no momento era bater nela por ela estar rindo de mim, ou talvez a minha única vontade era que ela me beijasse de verdade. -Eu tenho que ir, Lili...

-Não... Fica mais um pouco, Chae... Por favor.

Me beije de verdade... Por favor...

-Por que quer que eu fique, pequena?

-Porque eu gosto de você, Chaeng... -Falei abaixando a minha cabeça, sentindo meu rosto arder pela adrenalina, meu sangue fluía tão rápido no local que aposto que estava parecendo um pimentão humanizado. Mais uma vez Chaeyoung riu baixo se sentando na cama novamente ficando de frente pra mim, talvez ela soubesse o que eu queria, eu estava com tanta vergonha no momento que falar não era uma coisa que eu conseguia naquele momento.

-Eu também gosto de você, Lili. Tem algo que queria me falar? -Ela estava mais perto agora e de novo sua respiração batia contra meu rosto, era quente e refrescante ao mesmo tempo, ela tinha um perfume suave e doce, uma essência que me fazia ir as nuvens e voltar. -Pequena... Você quer me pedir alguma coisa?

-Me beije... Me beije de verdade, por favor...

Me assustei com o meu próprio pedido, a gente não podia, estávamos num hospital que internava mulheres pelo mesmo pedido que eu a pedi, mas eu não conseguia voltar atrás, eu queria seus lábios nos meus de novo, acho que parei de raciocinar assim que suas mãos tocaram a minha cintura e me puxaram para mais perto dela, merda!

-Olha pra mim, Lili... -Ela pediu e mesmo que relutante, eu a olhei com o rosto avermelhado pela adrenalina daquilo tudo.

Nossos olhos ficaram conectados durante um tempo, em meio daquele tempo ela se aproximava e eu recuava para trás com medo daquilo tudo. Acho que não era medo e sim um receio de fazer aquilo por conta do local que estávamos. De tanto que recuava com receio acabei por sentir minhas costas no colchão da cama, e quando percebi minhas mais estavam no ombro de Chaeyoung que agora estava por cima de mim, seus cabelos longos e loiros faziam um tipo de cortina, uma barreira, mesmo que estivéssemos sozinhas e as portas estivessem trancadas, eu me sentia um bilhão de vezes mais confortável com seus fios caídos em seus ombros e costas.

Foi então que a olhei com mais atenção, seus fios eram bem cuidados, muito bem tratados, seus olhos em um tom amendoado escuro com um formado puxado porém arredondado continuamente, seu nariz era bem desenhado, seus bochechas eram adoráveis e tão fofinhas que dava vontade de apertar, e sua boca... Não consegui mais prestar atenção porque no momento em que ia prestar atenção em seus lábios, Chaeyoung se abaixou grudando seus lábios nos meus.

Apertei seus ombros por um momento, incrivelmente eu senti paz, uma paz que só ela me trazia, e não foi diferente naquela hora.

Rosé se distanciou por alguns segundos antes de selar nossos lábios mais uma vez. Ela fez isso durante uns três minutos, tentando ganhar a minha confiança, mas mal ela sabia que ela já tinha e sempre teve, se eu estava ali, sentindo sua boca junto a minha de forma doce era porque ela já tinha o meu coração em suas mãos e eu não tinha medo de me machucar. Apenas um receio.

Senti algo quente em minha boca e entendi que era a sua língua querendo passagem, suas mãos que estavam sustentando o seu corpo desceram até a minha cintura, me fazendo sentir o seu corpo em cima do meu, mas não com todo o seu peso, ela era delicada. Abri a minha boca arqueando minhas sobrancelhas quando sua língua quente tocou a minha, minhas mãos subiram aos poucos até encontrarem seus fios loiros, meus dedos pareciam que achou um novo hobbie, mexer nos cabelos macios e loiros de Rosé. Chaeyoung se empenhava aos poucos, deixando que eu controlasse o ritmo do beijo, era lento e eu dominava sua língua aos poucos, com movimentos tão poucos e delicados, eu sorria quando percebia que ela me deixava ganhar de propósito, como se ela estivesse mercê a mim.

Eu me sentia nas nuvens com as suas mais em minha cintura, as vezes elas subiam pela lateral do meu corpo até um certo ponto e depois voltava a descer novamente me causando leves arrepios, o peso de de seu corpo agora não era um problema para mim, pois o que me importava era ela ali, comigo. Ela arfava junto comigo de uma forma de achar oxigênio, até que ela mordeu meu lábio inferior e escondeu seu rosto na curva do meu pescoço, sua respiração era desajeitada e pesada, provavelmente a minha não estava diferente da dela.

-Tem uma coisa... Que eu preciso te contar, Lili... -Ela sussurrou perto de minha pele sensível ainda procurando por ar.

-O que? -Suas mãos apertaram minha cintura, e eu senti por alguns segundos que ela havia segurando a sua respiração e depois soltado de forma pesada me causando algumas cosquinhas em meu pescoço. -O que é?

-Ninguém além de Sorn, Miyeon e Yoongi sabe disso, Lili. Eu me sinto bem ao conversar com você e talvez esse peso que vive em cima de minhas costas desapareça um pouco....


-Você... Está me deixando com medo, Chae... -Murmurei preocupada mas ela apenas deixou um beijo singelo e sem malícia em meu pescoço.

-Eu não foi criada pelo meu pai, o Young-chul. Eu fui criada por uma empregada que durante anos pensei que fosse minha mãe, mas isso é outra história, vamos focar apenas nessa. Bom... Eu nasci com algum problemas, vindo isso de minha anatomia, talvez fosse coisas de minha cabeça, mas durante anos eu me odiei por ter nascido assim, eu achei que em algum momento poderia contar para meu pai sobre, mas depois que descobri que tudo não passava de uma farça. Tudo o que eu faço é me esconder dele, esconder quem eu sou de verdade, esconder meus sentimentos... Meu corpo. Você sabe o que é isso intersexual, Lili?

-Sei... É uma mulher que nasce naturalmente com o órgão sexual de um homem, ou um homem que nasce naturalmente com o órgão sexual de uma mulher... -Disse tendo quase certeza do que estava falando, eu e minha amiga havíamos estudado isso as escondidas de meus pais, talvez eu estivesse certa e torcia para isso.

-Exatamente isso, minha pequena... -Ela concluiu dando um pequeno sorriso para mim, era um sorriso amarelo, sem graça. Mas entendia que ela queria me confortar naquela situação.

-Você é intersexual, Chae? -Ela assentiu, pude ver e sentir seu corpo ficou mais tenso durante o longo silêncio incomodante ficou naquele quarto.

Puxei devagar e delicadamente os seus fios para que ela me encarasse, depois de um tempo e relutante ela me olhou, seus olhos tinham um brilho de medo, muito medo, mas eu não conseguia entender o porque, quis acabar com aquilo e então a beijei novamente. Senti que ela ficou incerta sobre aprofundar aquilo, mas ela sorriu quando minhas mãos fizeram uma leve pressão em sua nuca para que ela não se afastasse de mim, para que ela não se afastasse de meus lábios.

-Está tudo bem, Chaeng... -Sussurrei depois de seus lábios se soltarem dos meus. -Você continua sendo a pessoa que me protege das pessoas más, isso não muda nada. Eu ainda gosto muito de você.

-E você continua sendo a minha pequena... Eu também gosto muito de você, Lili.


[...] 

1996 - Chaelisa Ver. (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora