20- Two treasures | part. 1

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Eita, finalmente um capítulo no dia certo hein KSKAKAKAK perdão anjos, estou meio ocupada. Mas como sempre, leiam com um lencinho do lado. E o que vcs acharam da capa nova?
⚠️meta: 20 comentários!⚠️


Lalisa.

-Ok... Ela não está com febre... Será que foi algo que ela comeu? -Podia ouvir a voz de Sana meio abafada, estava debaixo da coberta querendo que aquela tontura e aquele enjoo passasse o mais rápido possível.

-Vai fazer quase três dias que ela está assim, Sana, não é possível! Se fosse algo na comida nós duas também estaríamos passando mal!

-E se...

-Não, longe disso, claro que não! -Minnie negou antes mesmo de Sana completar, minha atenção se redobrou quando sai debaixo da coberta, agora ficando em dúvida pegando a opinião de Sana.

-'E se' o que, Sana?

-Nada, Lis...

-Sana. -Olhei para Minnie já me irritando com a sua barreira. -'E se' o que?!

A mulher coçou a nuca, olhando para mim, e logo depois para Minnie que apenas negou com a cabeça. Me assustei levemente quando ela estalou os dedos e se levantou com um sorriso no rosto.

-Ana! Ana deve saber! Esperem aqui!

Voltei a me deitar e a me esconder entre as grossas cobertas... Quatro dias... Faltava apenas quatro dias... QUATRO DIAS PARA CHAEYOUNG VIR ME VISITAR!

Uma animação fora do normal tomou conta do meu peito, me fazendo esquecer dos repetitivos enjoos. Eu preciso comprar uma roupa nova! Fazer os cabelos! E... A comida favorita dela! Será que ela passaria a noite comigo? Por via das minhas dúvidas eu me depilaria apenas por precaução. Porém, toda aquela excitação se foi assim que tocaram em minhas costas e eu acabei por voltar pro mundo normal, era Ana.

-Uhm... -Ela murmurou assim que me viu. -Enjoos não é? -Assenti- Lalisa... Lalisa... -A mulher repetiu se sentando mais perto e segurando as minhas mãos, ela olhou cada centímetro do meu rosto e depois assentiu como se achasse uma certeza ali. -Chaeyoung te ajudou muito não é? Eu sei que você a vê como o seu ponto de proteção, o seu porto seguro, o seu melhor porto seguro. E ela te vê assim também, você a salvou, a salvou de escolhas precipitadas, você a fez querer viver mais uma vez, e agora... Alguém vai querer, vai precisar de vocês duas pra viver também.

-Quem? -Perguntei com um leve receio, um leve medo, e uma leve certeza.

-Há alguém aqui... -Suas mãos ficaram sobre a minha barriga, minha garganta formando um nó imenso tentando formular o que estava acontecendo, Ana tinha os olhos fechados e estava séria, mas sorriu depois de um tempo. -Ah sim... Tem alguém se formando aqui dentro... Idênticas... Idênticas a Chaeyoung, mas terá personalidades diferentes. Uma será calma como a brisa do vento, te trará muito orgulho, já a outra... Difícil, difícil como um terremoto, mas irá te manter forte quando as ondas ruins vierem. Aqui dentro, Lisa... Há dois tesouros que ajudará você e Chaeyoung a voltarem a serem como antes.

-E-Eu... Eu estou grávida. -Aquilo não era uma pergunta, e sim algo que eu precisava processar, meus olhos subiram para Minnie, Sana e Hoony, que se entreolharam, era pra eu estar feliz, certo? -De gêmeas?

-Acredite, Lisa... Você pode estar assustada agora, ou até não ter gostado da notícia, mas essas meninas... Serão a sua alegria diária quando tudo desmoronar. Vamos, ela precisa ficar sozinha e pensar um pouco.

Pensar? No que eu deveria pensar? Por que eu tinha que pensar?

Não era novidade caso eu não descesse para o jantar, estava sendo assim a um tempo. Os dias se passaram lentamente, eu não conseguia sair do quarto e quando saía da cama era apenas para vomitar ou tomar banho. Até que havia se completado finalmente sete dias, eu não fiz uma produção como havia planejado para ela, não sabia como seria a sua reação, ela poderia dar uma desculpa e... Nunca mais voltaria a me ver... E se ela não tivesse pronta para ser mãe, e não assumisse? Isso poderia acontecer... Muitas coisas poderiam acontecer.

O sol estava razoavelmente fraco, o dia nublado mas ainda era duas horas da tarde quando me sentei em um pedra ali na entrada da vila. Eu esperei, esperei... Sorria e acenava para as outras mulheres que caminhavam até o rio com bacias de roupas, ou até conversava com uma criança ou outra. Estava prestes a voltar para casa, mas parei assim que vi uma silhueta surgir em meio a trilha.

Eu poderia reconhecê-la a quilômetros de distância...

Chaeyoung tinha um sorriso largo no rosto, e de longe pude ver as lágrimas que caiam de seus olhos, os seus fios loiros soltos levemente enrolados na ponta e um ar de quem estava com saudades. Ela jogou a mochila no chão de qualquer jeito abrindo os braços quando corri até ela, me jogando contra o seu corpo deixando que os soluços tomarem conta do breve silêncio que se estendeu.

-Eu senti tanto a sua falta, Lili... Eu senti tanto a sua falta, meu amor...

-Eu pensei que não iria vir... -Murmurei ainda muito fraca e ficando tonta por conta da falta de ar que o meu choro causava. -Por favor, não pare de me abraçar, Chae...

-Estou aqui... Estou aqui, minha pequena... Estou aqui e não vou a lugar algum até amanhã de manhã. -Ela segurou o meu rosto, varrendo aqueles olhos acastanhados por ali. -Você está diferente...

-Uhm...?

-Parece abatida, Lili...

-Impressão sua, vem, aqui está ficando frio.

Chaeyoung pegou a sua mochila, me seguindo até a grande casa, Ana a parou na porta, sorrindo para mim e depois para ela.

-Chegou a hora do jantar, querida. Me chamo Ana, e esse é o meu filho, Hoony.

-Prazer em conhece-la, Roseanne. -Hoony sorriu esticando a mão, mas Rosé não a pegou, o encarando de cima abaixo, o garoto ficou sem jeito, apenas coçando a nuca tentando disfarçar o grande vácuo que havia recebido.

-Por que não sobe e toma um banho? Lalisa pode te mostrar o caminho do quarto.

Fiquei tensa com medo de Ana falar algo sobre a gravidez, mas ela só me olhou e assentiu. Segurei a mão de Chaeyoung guiando-a para uma suíte que Hoony havia arrumado para nós duas dando a desculpa de que: "as pombinhas não podem dividir o quarto com Sana e Minnie na noite de amor." eu apenas ri do seu comentário, ele estava sendo um bom amigo.

-Hoony... -Ela murmurou. -Vocês são amigos?

-Uhum, ele é um garoto legal. -Falei tirando o seu casaco e o deixando em cima de uma poltrona. Vi quando a sua mandíbula trancou. -O que foi, Chae?

-Nada, vou tomar um banho para o jantar. -Fiquei sem entender quando ela passou por mim de um jeito frio, e até um pouco rude.

-Posso ir com você? -Perguntei baixo, me retraindo um pouco sobre a sua mera ignorância aos meus olhos.

-Claro minha pequena, vem...

[...]

1996 - Chaelisa Ver. (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora