1996 - Chaelisa Ver. (G!P)

18- Be Strong

Conselho da autora: leiam com um lencinho do lado!

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Boa leitura! <3
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Lalisa.

Já fazia algum bom tempo que estávamos andando, eu não sabia ao certo, mas o sol já estava no meio do céu, e a minha energia estava acabando de uma forma claramente estranha. Eu estava enjoada por algum motivo, meu corpo estava mole e eu estava com muito sono, mas tentava acompanhar o ritmo de Sana e Minnie que paravam as vezes quando a minha situação estava realmente crítica.

-Já deveríamos ter chegado? Porque raios essa vila é tão longe?

-Economize na água, Lis... -Minnie sussurrou quando eu sentei debaixo de uma árvore. -Temos só dias garrafinhas, e sabe lá quando iremos chegar nessa vila.

-Será que Chaeyoung nos enganou? Inferno! Estamos andando a horas!

-Ela não faria isso com a gente! -Me pronunciei, mas logo me calei quando mais uma onda de enjoo me tomou. -Ela não iria nos enganar.

-Você não pode ter certeza disso.

-Eu confio nela, ok?

-Parem vocês duas! Vamos continuar.

As duas me ajudaram a levantar e assim voltamos a caminhar para o norte. Descansei a cabeça no ombro de Minnie, minha cabeça estava girando um pouco, eu precisava vomitar, mas tínhamos que economizar água, céus... Por que era tão longe, por quê?

O sol se abaixava aos poucos, e eu já estava prestes a desistir, me jogar ali no chão e ficar por ali mesmo porém Sana parou, parou de uma forma bruta me fazendo murmurar e olhar para cima... A vila... Havíamos chegado na vila.

Algumas crianças corriam na entrada, junto a mulheres com cestos de roupas, alguns cavalos, vacas e vários outros animais, casas simples, um ar diferente. Nos aproximamos devagar, parando quando uma senhora se colocou na nossa frente, Sana segurou meu pulso e o de Minnie com força, como se já se preparasse para correr.

-Eu senti que vocês viriam! -A mulher falou com um sorriso nos lábios. -Pode soltar elas, não irei machucar vocês.

-Como posso confiar em você? -Sana deu um passo à frente.

-Confiou em alguém mais novo do que eu, que lhe garantiu que aqui é seguro, estou errada? -Os olhos escuros da senhora voaram em mim, ela me encarou dos pés a cabeça e depois sorriu. -Agora entendo o motivo pelo o qual a moça do hospital quer muito a sua proteção. Lalisa, não é?

-C-como sabe o meu nome?

-Eu sei de muitas coisas, eu sei o porque estão aqui, e que bom que conseguiram nos achar. Venham, me sigam.

Sana olhou para nós duas, e começou a andar sem nos soltar em momento algum. A senhora nos guiou até a maior casa daquela vila, uma casa de madeira que aparentava ter dois andares, e ser mais sofisticada dali, as pessoas nos olhavam enquanto passávamos me deixando ainda mais retraída e com medo de algo que eu não sabia o que era.

-Sentem, vou pedir para o meu filho preparar algo para vocês.

Olhamos em volta, cada detalhe, cada quadro e cada objeto que havia naquela grande sala, me agarrei ao braço de Minnie mais uma vez sentindo aquela sensação estranha, meu Deus o que eu tinha...? Por que eu estava passando tão mal assim?

Se passou um tempo até um rapaz se aproximar de nós, deixando na mesa de centro uma bandeja com tigelas, parecia sopa e o cheiro estava muito... Muito bom. Sana se inclinou primeiro, bebericando a sopa e depois nos encarou, assentindo para que também tomássemos.

-É uma falta de educação a nossa, não nos apresentámos pra vocês, eu me chamo Ana e esse aqui é o meu filho Hoony.

-Como sabia que iríamos chegar hoje? -Sana perguntou.

-Mamãe é vidente. -O rapaz sorriu. -Ela sabe o que irá acontecer.

-Eu sei de muitas coisas nas quais vocês jovens não sabem, eu sei da onde vocês três vieram e eu sei quem as mandou para cá -Mais uma vez ela me olhou. -Na intensão de te proteger, Lisa.

Ela estava falando de Chaeyoung...

-Sana fugiu juntamente para reencontrar a noiva, Minnie entrou no hospital propositalmente para salvar a melhor amiga, e está aqui por você, por ela, e por vocês duas, não é?

Eu assenti pasma tomando mais um pouco daquela saborosa sopa, a senhora sorriu se sentando na nossa frente, eu não deveria estar assustada. Mas sim, apavorada.

-Sana... Você vai reencontrar a sua noiva, ela está a sua espera, isso eu posso te garantir. Minnie, uma mulher... Uma mulher do hospital não para de pensar em você, e vira te visitar, talvez você encontre a sua felicidade nela. E, Lalisa... Você vai ser feliz por um tempo... Mas seja forte.

Incrível, todas tem um futuro lindo e eu... Eu tinha que ser forte! Mais? Ainda mais?!

-Hoony, você pode arrumar um dos quartos para elas? Vocês se importam em dividir o quarto?

-É até melhor assim. -Sana concluiu se levantando e se sentando ao meu lado. -Lisa, o que você tem?

-Eu não sei... -Sussurrei sentindo minha cabeça pesar. -Eu preciso vomitar, Sana...

-Banheiro, segunda porta à direita. -O homem vulgo Hoony falou.

Sana me ergueu em seus braços correndo pelo o corredor, o tempo o suficiente para eu jogar tudo para fora de uma forma bruta e descontrolada, minha cabeça girava e em qualquer momento eu sentiria e cairia mesmo ajoelhada diante ao vaso sanitário.

Recuperei ao fôlego assim que tive a certeza que mais nada sairia para fora, que no caso, não havia mais nada para ser jogado para fora de mim, descansei a cabeça no peito de Sana querendo que fosse Chaeyoung, precisava que fosse Chaeyoung.

Senti algo fofo em minhas costas e quando abri os olhos percebi que estava numa cama, que dessa vez, não era do hospital. Minnie e Sana estavam ao meu lado e Ana segurava em minhas mãos, seus olhos transmitiam tristeza por algum motivo.

-Chaeyoung vai tentar de tudo... De tudo para sair do hospital, ela vai te dar algo que irá mudar a sua vida, de todas as formas, Lisa. Tanto você, quanto ela, vão passar por coisas dolorosas, muito dolorosas, mas ao fim, uma será o oxigênio da outra, apenas seja forte, Lisa.

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A autora vulgo Ny se encontra em lágrimas part. 2