— Tem certeza que devemos nos vestir assim? — Doug perguntou arrumando o paletó que já se mostrava pequeno em seu corpo. O garoto tinha crescido muito no último ano.
— Era o que dizia no convite, e Thomas disse que eles vão bem arrumados.
Deslizei as mãos pela saia do meu vestido. Era curto até os joelhos e em um tom carmim, a parte de cima constituía duas faixas que se prendiam ao meu pescoço, deixando parte das costas à mostra. Aquele vestido pertencia à minha mãe, e eu nunca o tinha usado até agora.
— Vocês estão muito bonitos, deixe eu tirar uma foto — tia Bertha disse aparecendo com seu celular em mãos.
— Não, mãe! Você sempre posta fotos feias minhas nas suas redes sociais — o ruivo protestou, mas tia Bertha não pareceu ter desistido, pois empurrou o filho para perto de mim e apontou o celular em nossa direção.
— Vamos, só uma foto. Sorriam — pediu sorrindo, para que a imitássemos.
Douglas então finalmente cedeu, dando um sorriso esquesito para a câmera, era o melhor que minha tia conseguiria dele.
Abracei meu primo e sorri contente, pelo menos eu ficaria bem na foto
— Lindos! Vou postar no facebook para a Edith ver — ela falou indo para a cozinha.
— Eu sabia que ela ia fazer isso — Doug bufou, e eu apenas pude rir de toda a situação.
A campainha tocou alguns segundos depois, e Douglas abriu a porta, revelando um Peter sorridente. Ele vestia um terno preto bem ajustado em seu corpo, mas nos pés calçava a mesma bota de sempre. Certas coisas eram impossíveis de mudar, percebi.
Me atirei sobre meu namorado, envolvendo meus braços em seu pescoço, e beijei sua bochecha. Ele retribuiu o abraço por poucos segundos antes de me afastar, e me olhou de cima a baixo.
— Você está uma gata.
Eu sorri, embora minhas bochechas tenham ficado vermelhas pelo elogio.
— Você também não está nada mal. Nunca te vi de terno antes, fica bem em você. — Deslizei a mão pela lapela fina do terno, a ajeitando. Percebi Peter engolir em seco.
Douglas limpou a garganta, chamando nossa atenção.
— Se já tiverem terminado, acho melhor irmos.
Dei alguns passos para trás concordando com a cabeça.
— Sim, sim. Não queremos chegar atrasados.
E assim fomos para a garagem, onde todos nos acomodamos no carro de Doug. Peter sentou ao meu lado no banco de trás, e decidiu que seguraria minha mão por todo o trajeto. Eu não protestei, o calor de sua mão sobre a minha era reconfortante.
Morávamos um pouco distante da casa de Noreen, e, assim que chegamos na rua, já dava para ouvir a música alta e as vozes animadas. Doug teve que estacionar no fim da rua, pois estava lotado de carros lá.
A casa de Noreen não era muito grande, mas tinha um extenso pátio onde estava acontecendo a festa. Luzes estavam penduradas por tudo, cruzando umas nas outras e criando um ambiente realmente mágico, devia ser lindo à noite. Alguns tecidos coloridos também compunham a decoração, amarrados nos postes e como toalha de mesa também. As comidas e bebidas estavam concentradas em um canto do pátio, enquanto o resto era ocupado por mesas e um espaço livre no centro que deveria ser a pista de dança.
Apertei a mão de Peter e sorri quando ele olhou para mim. O moreno retribuiu o gesto.
Noreen estava na porta do térreo da casa e segurava uma tigela de guacamole enquanto conversava com uma mulher mais velha, porém muito parecida com ela.
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Flecha de Cravos que Propagam o Fogo (REVISÃO)
Romance° ANTIGO Harder Than You Think ° Vanilla Quinn era o tipo de garota que não confiava em qualquer um. Com as marcas de um trágico acidente em seu rosto, trancou o coração a sete chaves e não se permitiu mais amar. No entanto, ela nunca imaginou que c...