CAPÍTULO 4

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 — Como você voltou pra casa? — Bethany questionou após beber um longo gole de seu café gelado

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 — Como você voltou pra casa? — Bethany questionou após beber um longo gole de seu café gelado.

Era segunda de manhã, o que significava que minha rotina voltava ao normal. Trabalhar na Double Coffee e depois ir para a faculdade.

Minha amiga estava sentada em um dos bancos à frente do balcão, conversávamos enquanto eu organizava as xícaras.

A festa de sábado me deixara o resto do fim de semana atordoada. Acabei esquecendo de mandar uma mensagem para Beny avisando que saí mais cedo, mas pelo que ela me contou, passou o domingo na cama de ressaca. Eu sinceramente não esperava diferente.

— Consegui uma carona — respondi tentando ser vaga nas informações, o que eu menos precisava era da loira me enchendo de perguntas.

— Quem? — perguntou se inclinando para mais perto — Um garoto?

Desviei meu olhar para Beny, ela estava sorrindo com as sobrancelhas arqueadas. Parecia que eu não iria conseguir fugir daquela pergunta.

— Sim.

Me virei e praticamente corri para a despensa na intenção de não ser bombardeada pelas perguntas de minha amiga. Eu precisava de alguns segundos para pensar em que partes daquela noite seria seguro de contar para Bethany, pois eu tinha certeza que ela sabia quem Peter Daley era.

— Ei! — ela reclamou.

Fingi mexer nas prateleiras de aço e por fim peguei um pacote de guardanapos antes de voltar.

Beny parecia pular de ansiedade. Quando olhei para seu copo, ele estava vazio. Se ela bebesse mais cafeína provavelmente teria um ataque cardíaco no meio da cafeteria, e com certeza seria eu quem teria que socorrê-la.

— Qual o nome dele? Você não vai me esconder essa informação Vanilla Quinn.

Suspirei derrotada e respondi com uma falsa naturalidade.

— Peter.

A expressão de Bethany ficou vidrada por alguns segundos, como se ela estivesse processando a informação. Eu não tinha dúvidas de que estava repassando em sua mente todos os Peter que conhecia.

— Peter Hall da aula de ciências políticas?

Neguei com a cabeça.

— Eu bem que achava ele estranho demais pra você. O cabelo dele reflete a luz de tanto gel que passa — ela disse me fazendo rir.

Vi um grupo de garotas entrando na cafeteria. Peguei meu bloco de anotações e lancei uma desculpa para minha amiga antes de dar a volta no balcão para atender a mesa que elas escolheram.

— Bom dia — disse me aproximando e sorri — O que vão querer?

A garota sentada na ponta foi a primeira a olhar em minha direção. Ela tinha cabelos longos e lisos e a pele escura, usava uma grande quantidade de gloss nos lábios e vestia um vestido rosa que parecia apertado demais. Ela me olhou confusa.

Flecha de Cravos que Propagam o Fogo (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora