CAPÍTULO 3

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O Hall dos garotos do futebol americano era um pouco afastado do centro da universidade, ficava ao lado do campo, o que imaginei ser proposital

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O Hall dos garotos do futebol americano era um pouco afastado do centro da universidade, ficava ao lado do campo, o que imaginei ser proposital. No escuro, consegui perceber um vasto estacionamento com alguns carros parados.

— Já posso ir embora? — pedi para minha amiga.

Beny estava linda naquele dia, com saia e jaqueta jeans azul clara combinando e um cropped rosa bebê de alcinha. A sapatilha branca completava o conjunto. Ela havia feito ondas no cabelo, o que deixou seu loiro ainda mais bonito. Quanto a mim? Uma calça jeans e uma camiseta de manga longa bordô foram o máximo que permiti me arrumar.

— Você nem entrou!

Dei de ombros.

— Daqui já percebi que vai ser péssimo.

Bethany revirou os olhos e segurou meu pulso, me puxando para dentro do Hall contra minha vontade. Subimos poucos pares de degraus e entramos.

No lado de dentro, estava um caos. Copos e latinhas para todos os lados, até em cima do lustre. A escada que levava para onde imaginei serem os quartos estava lotada de jovens se beijando, era no mínimo desagradável de se ver.

Beny me arrastou para a cozinha. Ela parecia conhecer bem o lugar, já estivera lá em outras festas.

Um casal se beijava no balcão, mas conseguimos desviar e pegar bebida em um dos galões duvidosos. Ao provar do copo que minha amiga me entregou, notei que era cerveja, das baratas.

— Isso é horrível — comentei aumentando a voz para que ela escutasse.

— Eu sei — gritou de volta e levou o copo à boca, bebendo um grande gole.

Quase vomitei.

Deixei meu copo dentro da pia e segui a loira para onde imaginei ser a sala de estar.

Com muito esforço, encontramos um lugar para sentar que não estava ocupado por casais se beijando ou amigos bêbados se empurrando e rindo. Nos apertamos em um sofá laranja manchado com alguma substância marrom que eu preferia não imaginar o que era.

Duas garotas no sofá da frente reconheceram Beny e atracaram em uma conversa animada com ela.

Percebi que não me encaixava, então decidi que o melhor era dar uma volta pelo lugar.

— Beny, eu já volto — falei para ela, que só concordou com a cabeça e continuou rindo com as amigas.

Avisada minha saída, me levantei e voltei para a entrada do Hall. Olhando ao redor averiguei para onde ir.

Encontrei uma porta fechada ao lado das escadas que parecia levar a algum lugar vazio, era perfeito. Ninguém parecia prestar atenção em mim, estavam ocupados bebendo e rindo, então aproveitei para abri-la.

Flecha de Cravos que Propagam o Fogo (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora