61- Gestação.

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Wanda POV.

• 3 Meses de Gestação.

O restante do segundo mês de gestação não foi dos melhores. Os enjôos matinais com certeza não facilitava para mim, mas o que mais dificultou, com certeza, foi o cansaço em excesso.

Eu me sentia tão exausta e indisposta, que precisei falar com Tony e contar sobre a gravidez. Depois de conversar com a Natasha, decidimos que era importante que o homem soubesse, para que ele entendesse a minha preguiça e o fato de eu deixar de fazer minhas cenas de ação.

Tony Stark obviamente ficou muito feliz e disse que teria que se esforçar muito para não contar a Steve, mas que compreendia que uma notícia como essa, era importante ser dada por nós.

Agora, no terceiro mês, os enjôos haviam cessados e a minha energia, pouco a pouco, ia retornando.

Em um dos dias daquele período de gestação, quando eu já havia embalado em um sono com Natasha, acordei com uma sensação estranha.

Todo o meu corpo congelou, os meus sentidos falharam e cada célula do meu corpo pedia por ajuda, entretanto, eu não conseguia por em palavras.

Eu fiquei por bons minutos apenas deitada ali, deixando aquele turbilhão de sentimentos ruins me consumirem.

Pela segunda vez.

-Natasha. - depois de alguns minutos tentando voltar a consciência, eu chamei pelo nome da minha esposa, um pedido de socorro. - Natasha, amor, por favor. - a balancei de uma maneira mais brusca do que queria, minha voz falhando enquanto lágrimas de desespero se formavam em meus olhos.

-Wanda. - em um rápido movimento ela estava sentada na cama, a luz led do quarto foi acesa por meio do controle que estava na mesinha de cabeceira de Natasha. - Tá tudo bem?

Pânico.

Foi o que eu vi nos olhos dela quando nossos olhares se encontram. Mas eu estava muito inerte, não sabia se o pânico era reflexo do meu olhar nas orbes verdes de Natasha, ou se aquilo era dela mesma.

-O que foi? - ela tentou mais uma vez, quando eu não fui capaz de responder a primeira tentativa.

Eu não a respondi novamente, pelo menos não verbalmente, mas me sentei na cama e puxei o edredom.

Minha nudez permitindo que o sangue marcasse o lençol.

Os olhos de Natasha permaneceram por alguns segundos naquela mancha vermelha enquanto lágrimas se formavam em sua orbes, seu rosto pálido e sua boca seca.

-Vamos para o hospital. - ela falou quando olhou nos meus olhos e se levantou rapidamente.

E assim fizemos, depois de vestirmos uma roupa qualquer.

Os poucos carros que estavam na rua naquela madrugada permitiram que Natasha acelerasse sem receio algum. Desde o acidente, ela se tornou muito mais cuidadosa no trânsito, mas naquele momento, ela era guiada pelo desespero.

E eu não tinha forças alguma para contrária-la.

Em poucos minutos nós estávamos na sala recepção de um hospital, mas especificamente, o hospital tão conhecido por nós.

-Eu vou te levar para alguns exames, okay? - uma enfermeira empurrando uma cadeira de rodas, falou, depois de poucos minutos ali.

Meu cérebro estava em pane total, eu não tinha a menor capacidade de formar uma simples frase, então apenas assenti.

-A senhora Romanoff precisará esperar aqui. - ela voltou a falar quando Natasha se levantou.

-Liga para Yelena. - eu pedi para Natasha assim que me sentei na cadeira de rodas. - Eu não quero você sozinha.

Real Life - WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora