62- Lírio

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Natasha POV.

Nono e tão sonhado mês, seja bem-vindo!

Todo e qualquer evento diferente que ocorria em nossa casa, era relacionado a nossa menininha.

Melina e Magda estavam a topo vapor e isso estava me deixando de cabelos em pé. Wanda e suas 36 semanas não podiam sofrer estresse e por isso, tudo sobrava para mim.

"Natasha, precisamos de mais boddys P"

"Onde está a cadeira vibratória que você disse que iria comprar?"

"Um carrinho de passeio é de extrema importância, Natasha."

Eu simplesmente amava o fato de ter uma mãe e uma sogra tão prestativas e apaixonadas pela neta, mas em algumas ocasiões, tudo o que eu queria era me deitar e deixar meus olhos admirarem a linda barriga da minha esposa.

-Elas estão te estressando muito, meu amor? - escutei Wanda perguntar assim que entrei no nosso quarto, depois de nos despedirmos de Melina e Magda.

Wanda estava com um nível de cansaço extremamente alto, e por isso, estava o tempo todo deitada em qualquer superfície macia que ela pudesse se levantar depois.

-Você não imagina o quanto. - suspirei e me joguei ao seu lado na cama.

Depois de alguns minutos conversando com a nossa filha, eu fui até meu banheiro. Precisava a todo custo de um banho quente para relaxar, depois de passar todas as horas da tarde e algumas da noite ao lado da minha mãe e da minha sogra, que estavam dispostas a organizar todo o closet da nossa pequena.

Foram longos minutos no chuveiro, minutos que eu aproveitei para refletir sobre a mudança permanente que teríamos nas nossas vidas daqui algumas semanas, afinal, seríamos, oficialmente, mamãe de uma menininha.

-Como você se sente? - perguntei a Wanda, depois de vestir meu pijama. Ela estava focada em seu celular, mas seu olhar pousou sobre o meu e ela sorriu.

-Ansiosa pra caralho. - foi sua resposta. - Agora vem aqui.

Fiz o que ela pediu e me juntei a ela na cama. Eu simplesmente precisava da minha dose de Wanda do dia. Afundei meu rosto em seu pescoço aproveitando que ela estava com a grande barriga para cima, minhas mãos não demoraram para ir até onde nossa filha estava, acariciando a área.

Acariciar a barriga de Wanda e sentir o seu cheiro, era a melhor parte do meu dia.

-Não mexe com ela. - Wanda murmurou. - Ela fica toda agitada quando sente você e agora ela está quietinha, pronta para dormir.

-Mas eu estou com saudade de vocês. - sussurrei em seu ouvido, mas parei os movimentos com a mão.

Eu sabia que quando a bebê estava agitada, Wanda não conseguia dormir.

Agora a nossa menina não chutava mais, mas se movimentava o tempo todo, fazendo com que, as vezes, a barriga de Wanda ficasse com um formato estranho.

-Vamos dormir. - Wanda murmurou, ficando na sua posição de costume para dormir; virada para o lado esquerdo, um travesseiro entre as pernas e outro o qual ela abraçava. E eu também na minha posição costumeira; a abraçando por trás, sentindo o cheiro do seu cabelo e a mão pousada em sua barriga.

(...)

Não demorei para dormir, tendo como justificativa todas as atividades do dia que, além de aguentar Magda e Melina, também incluía trabalho no escritório de casa, uma hora de academia durante a manhã e mimar muito a gravidinha da minha vida.

Mas acordei e não entendi o motivo, tentando voltar a realidade enquanto escutava o barulho do ar condicionado, o friozinho que o mesmo emanava e a sensação maravilhosa que o edredom sob meu corpo emitia. Quando me virei para o lado, soube que o que me fez acordar, foi a falta da mulher que deveria estar ali.

Real Life - WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora