Real Life - Wantasha

70- Sempre

Natasha POV.

As últimas semanas da minha família foram realmente eufóricas. Wanda havia vencido o Oscar e Yelena e Kate haviam retomado o relacionamento. Melina Romanoff e todo o resto da família não poderiam estar mais felizes, inclusive eu.

Wanda estava radiante e eu amava isso. A felicidade dela era, literalmente, a minha. Eu a via sorrir e por reflexo eu estava sorrindo junto. Eu amava absolutamente tudo naquela mulher, até o que queria não gostar, eu amava. Cada pequena mania irritante fazia parte da mulher da minha vida.

Ela e a Liz competiam para conquistar o título de ser humano mais bagunceiro do Mundo. Confesso que Wanda estava bem próxima de ganhar de uma criança que colocava a mão em tudo e não guardava nada.

Mas eu não trocaria aquela vida por nada.

Wanda e Liz eram as minhas luzes. Um resquício de sorriso no rosto de uma das duas já era suficiente para melhorar 100% do meu dia.

E estávamos tão radiantes, tão felizes, tão completas nas últimas semanas que sequer discutimos pela toalha molhada que ela deixava em cima da cama ou das milhares de bolsas que ela deixa espalhadas pela casa.

Até aquela noite...

-Óbvio que ela sorriu. Não sorriu, Diana? - Wanda perguntou indignada para a namorada da minha amiga que estava sentada em sua frente.

-Foi mal, Natasha... - Diana me olhou e estreitou os lábios. - Mas sorriu.

-Viu! - Wanda me olhou, tombando levemente a cabeça para o lado.

-Óbvio que você vai concordar com ela, você é igual. - Carol murmurou e revirou os olhos. Minha amiga estava sentada na minha frente, enquanto estávamos aproveitando a noite daquela quinta-feira em um barzinho.

-E desde quando eu não posso sorrir?

-Desde que a mulher esteja flertando descaradamente com você, Natasha. - Wanda bufou, seus olhos esbanjando uma raiva que ela tentava controlar. Nunca fomos de discutir na frente dos nossos amigos e não seria naquela noite que iríamos fazer isso.

-Isso é ridículo! - murmurei. - Carol, vamos buscar algo para beber?

Carol concordou e nós fomos. Ao voltar para a mesa, Wanda já não estava tão brava quanto antes e não ousamos retornar a aquele assunto, apenas rimos de alguns acontecimentos e conversamos coisas aleatórias como sempre fazíamos.

-Vai, desabafa... - suspirei quando entramos no carro. Eu sabia que minha esposa estava reprimindo uma raiva que eu teria que lidar com as consequências a sós, e havia chegado o momento.

-Oi, sogra. - Wanda ignorou minhas palavras, falando no telefone com minha mãe. - Como ela está?

-Vamos buscar ela? - perguntei porque precisava saber qual o caminho a ser feito, mas fui ignorada.

-Ela dormiu? - ela ficou em silêncio por um tempo, ouvindo minha mãe. - Tudo bem se irmos buscá-la de manhã? Não quero acordar ela agora. - a olhei e a vi assentir com a cabeça escutando Melina, mesmo que a mesma não a visse. - Obrigada, sogra. Amanhã passamos ai então. Qualquer coisa, me liga!

-Você vai gritar tanto assim comigo que a nossa filha não pode estar por perto? - perguntei assim que a chamada foi encerrada, genuinamente curiosa com o motivo da nossa filha não passar a noite conosco, mas com as palavras soando totalmente sarcásticas.

-Shhhhi. - ela murmurou e me ignorou.

-Wanda... - suspirei. - Se você vier brigar comigo quando estivermos em casa, eu vou para o quarto de hóspedes e te ignorar.