Bad Omegas Reformatory - A Namjin Tale

💣 C A P Í T U L O 2 💣

💣 K I M S E O K J I N 💣

Nunca consigo me lembrar de nenhum sonho que tenho. Mas, este em particular, me chamou a atenção.

Sonhei que estava em um lugar, e este lugar parecia no meio do nada. Tinham folhas, como se fosse outono. Mas essas folhas me engoliam, e podia jurar que senti cada pontinha me arranhar e me afundar como areia movediça. Tentei gritar, mas eram como se as folhas secas também estivessem dentro da minha boca, como se me afogasse nelas.

Que pesadelo agonizante.

Pelo menos acordei numa boa. Minhas costas já haviam parado de arder, pareciam estar mais cicatrizadas. Meu tornozelo também não estava mais inchado, e pude desenrolar ele das ataduras e caminhar normalmente. Fui ao meu banheiro, para poder me arrumar para o dia. Meus cabelos estavam todos para cima, como se eu tivesse levado um choque. Também, fui dormir com ele molhado, era pedir para acordar assim. Dei sorte de não ter acordado com o nariz entupido.

Tomei um bom banho e fiz a barba — Aqueles pelinhos que nascem do além me deixam com cara de mendigo. — Escovei os dentes etc., etc.

Vesti um cropped do Black Sabbath com uma blusa de renda por baixo, e uma bermuda preta. Desci para tomar café, conseguia sentir o cheirinho de torradas e ovos mexidos que só minha mãe sabe fazer.

Chegando lá, Daejung já havia saído para trabalhar (graças a Deus), e estava apenas minha mãe tomando um chá. Por estar de costas, não me viu chegando. Acariciei seus cabelos levemente, mesmo assim ela se assustou.

— Seokjin! Que bom que já acordou. Acho que ainda está quentinho. — Disse apontando para um prato com pães torrados com ovos fritos e mexidos, um pouco de folhas temperadas e um pouquinho de molho de pimenta ao lado.

Do jeito que eu gosto.

Mas, ela sempre fazia pouquinho. Que mania de achar que eu estou gordo, credo.

Me sentei na mesa e comecei a comer, notando como a mulher batia os dedos contra a porcelana da xícara e com o cenho franzido.

— O Que foi? Aconteceu algo? — Tomei um grande gole do chá de frutas vermelhas, relembrando do que ouvi ontem. — É por causa do que discutiram ontem à noite?

Ela fez que sim com a cabeça e revirei os olhos.

— Não estou mais com fome.

Já ia me levantar, quando a moça segurou minha mão, firme.

— Seokjin, espere. Eu quero lhe pedir um favor. Apenas hoje, volte para casa mais cedo. — Bufei e afastei a mão bruscamente, afastando a franja úmida para trás, me preparando para subir quando ela me agarrou de uma vez, apertando meu pulso. — Por favor, Seokjin. Não precisa ser tão cedo assim, 19:30 está bom para você?

Grunhi para ela e Miyoung rosnou de volta, me fazendo calar de uma vez. Mesmo ômega, era minha mãe e exercia mais poder sobre mim. Merda.

— 19:30 está bom. Eu volto.

— Ótimo. E que bom que não está com fome, está precisando perder uns quilinhos.

Não falei?

•

— Caralho, ele te pegou de jeito!

Chanyeol disse espantado, passando os dedos esguios em minhas costas marcadas. Sibilei de dor, as agulhadas em meu antebraço me faziam arrepiar.

— Chany, não faz ele se mexer! Eu estou quase acabando...

Moonbyul gostava de nos usar como cobaia para suas tatuagens. Os melhores rolês eram em seu estúdio. Da última vez, tatuou toda a mão de Jungkook, e disse que ainda iria fechar o braço dele. Pelo menos não gastava dinheiro com pele falsa. A vítima da vez era eu.