• Capítulo 1

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Draco se sentia sem chão novamente. Ele finalmente abandonou o homem, por não aguentar mais os maus tratos. Eles viveram três anos juntos.

Malfoy não sabia como, mas ele já estava desiludido pelo amor há muito tempo. Mesmo que não tivesse sentido tanto pelo término. Ele não conseguia decidir se ficaria triste, ou chamaria sua amiga Pansy para fazerem como na época de Hogwarts.

Prazer, bebidas alcoólicas, festas escondidas, travessuras. Tudo que eles procuravam quando ficavam irritados e queriam desestressar. A morena sempre fazia isso quando via Hermione beijando o namorado dela.

E o Sonserino não estava diferente. Mas o problema dele era que seu amor de infância, era simplesmente Harry Potter. Praticamente impossível ter algo entre eles de qualquer forma.

Pansy pelo menos tinha uma "amizade" com Hermione, nem isso Potter e Malfoy tinham...

Para não se machucar mais, Draco simplesmente foi embora. Sem nem ao menos avisar alguém, ele não queria que soubessem para onde estava indo. Depois da guerra tudo mudou.

Harry não era o mesmo toda vez que encontrava Draco. Era como se voltassem na época do sexto ano, onde o moreno estava obcecado pelo loiro. De certa forma, Malfoy se sentia desconfortável com tudo aquilo.

E quando teve esperanças, que talvez pudesse ao menos ter amizade com Harry, aquilo acontece no banheiro da murta que geme...

Ali estirado no chão, ele finalmente havia entendido o recado. E se afastou o máximo de seu amor.

Toda vez que Harry chegava perto, Draco saía por nunca conseguir esquecer do porque ter diversas marcas em seu corpo. Mesmo durante ao fim da guerra quando seus amigos, ficaram colegas do trio de ouro.

Draco ficou feliz por eles, mas não se atrevia novamente chegar perto do moreno. E não fazia mais questão de olhar para seu próprio corpo no reflexo do espelho...

E ele sabia que a culpa havia sido sua, por puro impulso iria jogar uma imperdoável no moreno. Então, não o culpava o suficiente para lembrar.

Claro, ele sempre iria lembrar que seu amor havia o machucado. Mas se não tivesse sido Harry que o acertou primeiro, seria ele quem acertaria Potter. Então, de certa forma, ficava feliz por ter sido ele quem saiu perdendo. Ele tinha a total certeza que não se perdoaria.

Na verdade, sempre se perguntou como Harry se sentia, e lembrava que talvez não tivesse sido nada demais para ele. Sorria melancólico por nunca ser nada para ninguém.

Agora ele havia voltado para o mundo bruxo, não se atreveu avisar alguém, mesmo sabendo que não demoraria para encontrar alguém conhecido, tentaria adiar o máximo esse momento.

Como ele havia se acostumado apenas com a presença de seu ex, se sentia um pouco desconfortável perto de outros.

Comprou uma nova casa usando seu sobrenome, pedindo a vendedora compaixão e que não contasse a ninguém sobre ele ter voltado. A velha idosa sorriu dizendo que levaria o segredo para o túmulo.

E pelo julgamento de Malfoy, isso não estava muito longe de acontecer...

- Pai, está me ouvindo?- Ouviu a voz de Scorpius o chamando.

Lembrar de como encontrou, o pobre garoto em um beco no mundo trouxa. Scorpius havia fugido de comensais por seus pais também serem traidores, mas ele ainda era jovem e não sabia para onde ir.

Por sorte, Draco o encontrou e o ajudou com tudo. Os pais dele haviam morrido o protegendo para que fugisse. O garoto sorria pouco nas primeiras semanas, mas Malfoy não deixaria uma criança como ele sem carinho.

Então, ajudou o pobre menino e o adotou lhe dando o sobrenome Malfoy. Pensou que o garoto poderia sentir nojo de seu sobrenome, já que mesmo não querendo, era famoso no mundo bruxo.

Principalmente após sua partida repentina...

Mas o menino, apenas disse que seu sobrenome era bonito e que havia gostado dele. Com toda certeza levaria orgulho para a família.

Draco mesmo sabendo que seu namorado não havia gostado nada do seu momento impulsivo... ele nunca tracou Scorpius diferente em qualquer dia, ele gostava mais e mais do menino.

O garoto era seu refúgio e quando Draco parava para pensar... ele estava em um relacionamento tóxico, por isso havia demorado tanto para sair dele.

Mas sempre cuidava para que Scorpius não ouvir nenhuma das discussões. Seu ex fazia questão de colocar o nome do menino no meio, sabendo ser o mais novo ponto fraco de Malfoy e isso machucava no loiro.

Não sabia como, mas tinha acabado naquele relacionamento. Na verdade, ele não tinha nenhuma curiosidade em saber e sempre sorria ao ver Scorpius dormindo tranquilamente.

Ele aguentaria o que precisasse pelo seu filho...

- Sim, monstrinho. Estou ouvindo.

- Então, o que eu havia dito? - Scorpius questionou com uma sobrancelha arqueada.

Draco riu, antes de o responder - Você está passando tempo de mais comigo. - ouviu a risada do loiro mais novo e voltou a falar - Você perguntava se eu vou me dar bem no hospital bruxo. A resposta é; sim.

- Tem certeza, pai? Se alguém lhe ameaçar, me conte que irei azara-ló até a última geração.

- Obrigado, Scorpius. - Draco lhe deu um abraço caloroso que só ele sabia dá. O loiro mais novo nunca havia recebido amor de sua mãe ou pai, mas mesmo assim, os viu se "sacrificando" por ele.

Ou ele gostava de pensar que eles estavam se sacrificando?

- Vai trabalhar no hospital mais famoso desse mundo. Sabe que encontrará seus amigos em duas semanas no máximo, certo? - Disse Scorpius, enquanto voltava a retirar as últimas coisas de sua caixa.

Eles haviam acostumado com o modo trouxa. Como lá não poderiam levita coisas sem mais nem menos, começaram a agir como tals.

- Eu acho que não será nada bom encontrar sua tia Pansy e seu tio Blaise, eles vão querer me matar. Mas quero os encontrar... Só está muito cedo. - Draco sussurou a última parte.

- Pai, você sabe que não poderá fugir para sempre do seu passado, não sabe?

- Às vezes, eu me pergunto se você tem realmente dez anos. É mais adulto do que eu! Mas sim, eu sei. Só não quero e não posso encontrá-los agora.

- Você continuará se escondendo? Meu Merlin. - O mais novo revirou os olhos azuis cor de oceano.

- Sim, Scorpius. Vou continuar fugindo. Está feliz com essa resposta?

- Extremamente feliz.

- Bom, terminamos com tudo por aqui?

- Sim, essa é a última parte da casa que tínhamos de arrumar. Aceita comer sorvete, enquanto vemos qualquer canal desinteressante?. - O mais novo abriu a porta de seu quarto e sorriu.

- Sim, chocolate e baunilha. - Draco o respondeu, também saindo do quarto.

- Com calda de morango, ou de menta?

- Comemos com um e depois com o outro. Tenho até amanhã para relaxar. Vamos logo, cada segundo é precioso!

Ele com toda certeza não estava pronto para encontrar Harry. Nem mesmo sabia quando estaria. Mas o destino não liga muito para isso, certo?

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