Draco andou lentamente até o túmulo de seus pais, eles estavam muito bem cuidados, como se alguém fosse ali frequentemente. Se sentou de frente e sentiu uma dor em seu coração.
Ele tentou fugir de tudo e todos, que tinha esquecido seus pais. Talvez tudo o que tenha feito em toda sua vida, tenha sido fugir...
Tudo o que queria era não sentir dor ao ver Harry se casar com a esposa perfeita dele, mas acabou fazendo outras pessoas sentirem dor. Seus irmãos estavam lhe procurando há anos...
E enquanto isso, ele estava sofrendo nos braços dele apenas para não ficar sozinho. Se afastou de Blaise e Pansy ainda em Hogwarts. Eles, na época, eram amigos de Rony e Hermione.
E aquilo apenas piorava tudo. Eles provavelmente foram convidados para o casamento da Gina e Harry. Aquilo doia tanto só por pensar em seu amor, fazendo votos de casamento.
"Meu pior erro é me comparar tanto com o eu do passado e do presente, vendo que não mudei realmente em nada. Continuo deixando as pessoas pisarem em mim, só para não ficar tão sozinho." Draco pensou acariciando o nome de sua mãe, como ele sentia saudades dos abraços dela...
- Sinto falta de vocês. Queria que estivessem aqui... - sussurou finalmente deixando suas lágrimas saírem.
Pareceu que mesmo depois de dez anos, a dor não havia passado. Seu coração ainda doia ao lembrar dos gritos de sua mãe, ainda podia ver seu pai correr lhe puxando pelo braço e o jogar na lareira.
Ainda podia ouvir seu pai sussurrar " Me desculpe, por ser o pior pai. Mas isso lhe fez forte. Espero que siga seu sonho"
Aquilo lhe feriu mais que um Cruciatus. Ouviu seu pai gritar como sua mãe, ele e seu progenitor haviam descoberto onde torturavam sua genitora. Mas por um erro de Draco, foram descobertos. Por sorte ele conseguiu fugir, mas Lucius não.
Doía muito, uma dor ao qual ele sabia que nunca iria parar. Nunca iria ser esquecida ou amenizada.
Ela estaria ali para sempre, o acompanhando e deixando claro que não tinha para onde fugir. Ele tentou, tentou e tentou...
Mas no fim, ele estava ali, parado de frente para eles. Chorando como uma criança desesperada. Ele queria os carinhos de sua mãe.
Ali com eles, era como se o tempo não passasse. Entre lembranças de risadas e choros, alegria e decepções prenderam Draco como correntes mágicas, ao qual nem o mais famoso e poderoso bruxo conseguiria se soltar.
Horas pareceram simples minutos, só por estar ali.
Demorou para que voltasse ao normal e lembrasse que tem alguém provavelmente preocupado. Uma criança loira de dez anos e meio, deveria estar o procurando, ou talvez não esteja.
Só que era apenas eles. Só Draco e Scorpius, na grande casa onde moravam e o adulto não estava lá para lhe oferecer algo quando chegasse.
Se levantou, suas pernas quase falharam pela sensação de não as sentir direito. Ele realmente ficou muito tempo ali, para chegar ao ponto de suas pernas não obedecerem o comando de seu cérebro.
Esperou que passasse a sensação ruim, de que tinha seus ossos estarem fracos o suficiente para não o manter, de sua mente se esvair das lembranças ruins e boas e de suas lágrimas secarem.
Uma dor fraca em seus olhos pela quantidade das lágrimas, um cansaço o consumiu... Ah, se ele pudesse voltar para o segundo ano.
Aparatou para a frente de sua casa nova. Ele tomaria um banho melhor e cuidaria de seu rosto ao qual estava inchado. Antes de entrar no banheiro, escreveu uma carta para que Pansy, perguntando se poderia trazer Scorpius para casa.
Logo entrou no enorme banheiro de seu quarto, tudo ali era novo para ele. Ligou o chuveiro enquanto terminava de tirar suas roupas e a colocá-las no cesto de roupa suja. Ao entrar na água, sentiu gotas frias em sua pele que descia por todo o seu corpo.
Ouviu seu filho abrir a porta e dizer a alguém que poderia entrar, não ligou para quem ele estava falando, apenas continuou seu banho. Ainda podia sentir o aperto... se sentia um lixo, ele estava finalmente esquecendo.
Como ele os achou tão rápido?
Demorou o tempo que precisava para que seu rosto voltasse ao normal. Desligou o chuveiro calmamente, logo abrindo a porta de vidro do Box. Ele havia comprado uma casa no estilo trouxa, por isso conseguia se acostumar com tudo ali.
Afinal, dez anos em um mundo totalmente diferente teria que ter alguns resultados bons, não é mesmo?
Colocou uma calça moletom trouxa e uma blusa de manga curta de lã. E ao colocar a veste de cima, não pode evitar de olhar para os cortes em seu peito, era como se... pudesse sentir a dor apenas por observá-las.
Balançou a cabeça, logo abrindo a porta de seu quarto e andando exatamente quinze passos para chegar às escadas do primeiro andar. As desceu segurando pelo corrimão preto, que dava uma segurança enquanto descia a escada de mármore preto nero marquina.
Sua sala havia três pessoas nela; Pansy Parkinson, Blaise Zabini e Ginerva Weasley. O que surpreendeu a ruiva estar ali, mas não fez nenhuma expressão que demonstrava seus sentimentos. Ao contrário, sua expressão estava ainda mais fria do que viam na escola de bruxaria.
- Agradeço, por trazerem meu filho. Desejam beber algo?- perguntou cortês.
- Não precisa se comporta assim, por minha causa. Eu preciso falar com você. Será que posso, sem ter nenhum tipo de ironia?
- Não prometo nada. Venha, tem uma biblioteca virando a esquerda. Podemos conversar lá. - Ele esperou que a Weasley Fêmea andasse a sua frente e seguisse o caminho ao qual falou.
Após chegarem a frente da grande porta de Carvalho da biblioteca, ele abriu para que ela passasse e a fechou atrás de si. Cruzou os braços acima do peito, esperando que ela começasse.
- Sei que não temos um bom... histórico, mas podemos mudar isso pelo Harry. Aquele idiota andou te procurando por dez anos. Olha, eu não sou mais casada com ele e acredito que você já tenha percebido...- Ela falava com sinais de nervosismo sobre o olhar do Sonserino.
- Não, eu apenas suspeitava. - respondeu friamente, ainda com os braços cruzados.
- Será que pode me ajudar? Eu 'tô tentando fazer as pazes com você! Me ajuda aqui, doninha.- Suspirou como se estivesse incomodada.
- Está bem, Weasley. Podemos nos tratar como humanos normais, agora você já pode ir. - disse ameaçando abrir a porta, mas sentiu uma mão sobre a sua.
- Vamos lá, Draco. Por aquele idiota. Eu quero ver ele feliz com você e não me diga que nunca sentiu nada por ele, ouvi essa desculpa há alguns anos. - A ruiva percebeu como Malfoy estava incomodado com o toque, então afastou sua mão rapidamente.
- Ginerva, Eu aceito seu tratado de paz, contanto que pare de falar. Não estou acostumado com tanta conversa. Tudo bem, podemos nos dar bem, mas não será uma coisa de um dia para o outro. Lhe vejo por aí, não se preocupe. - terminou dando um pequeno sorriso.
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A New Path to Follow
RomanceMalfoy descobriu que existiam dois tipos de pessoas; Uma para lhe fazer coisas que passa por nossa cabeça não ter mais conserto, quando ela simplesmente te abandona sem olhar para trás. E a outra, para lhe puxar de volta, como se fosse uma âncora. E...