• Capítulo 5

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Harry havia acordado sentindo alguém lhe tocar na região do ferimento, por seu instinto de auror, apertou o pulso da pessoa a impedindo ir em frente.

Ainda com os olhos fechados, ele podia sentir a força que estava colocando. Ao abriu os olhos vendo uma sobrancelha arqueadas de Draco, como se o questionasse com o olhar, o que significava tudo aquilo.

- Desculpe, foi um instinto... Eu sinto muito.- Potter Foi o primeiro a falar.

- Bom dia, para você também, Potter. - Draco respondeu rindo, enquanto massageava um de seus pulsos - Apenas higienizei os ferimentos e vi como estava.

- Eu realmente sinto muito...

- Potter, eu te desculpo. Melhor agora? Só falta querer me dar beijo no pulso, dizendo que vai melhorar. - Brincou o loiro, enquanto voltava a terminar o que estava fazendo.

Sentiu Harry lhe parar e o aproximar. Quando achou que seria esmagado em um abraço, sentiu lábios em um dos seus pulsos ao qual ele apertou. O beijo era delicado como se não quisesse machucá-lo ainda mais.

Se arrepiou com aquilo. Harry estava de olhos fechados, como se estivesse apreciando onde seus lábios tocavam, uma sensação estranha e prazerosa surgiu entre os dois.

Draco ainda estava paralisado com aquilo. Ele somente estava brincando quando falou aquilo, não achou que o moreno realmente faria.

- Precisa que eu beije o outro? - Harry perguntou abrindo os olhos verdes.

"Por quê diabos sua voz saiu tão... prazerosa?"  Draco se perguntou.

- Pare de brincadeiras, Potter. Eu não estava falando sério!- Tentou se soltar pelo nervosismo, que o preenchia como água em um copo. O formigamento estava na região onde os lábios tocaram, mas Harry lhe segurava como se temesse que ele corresse.

- Desculpe, só não vá embora. Por favor...

- Eu não vou, lhe prometo isso. - O loiro o garantiu com um pequeno sorriso - Você ainda não me disse, se quer que eu chame alguém. Eu posso chamar se quiser...

- Pode ser essa pessoa? A quem eu chamo caso esteja no hospital, quero você aqui.

- Harry, você está me assustando. Para com Isso já. Está bem, meu plantão já acabou e eu vim ver meu último paciente. Posso ficar aqui com você. - Disse se sentando na cadeira ao lado da cama, com o grifinorio ainda o segurando pelo pulso.

- Me chamou pelo primeiro nome?

- O que tem demais nisso? Você me chama pelo primeiro nome. Nada mais do que justo, certo?

- Eu gostei- O moreno comentou sorrindo grande, fazendo os olhos ganharem um brilho - Draco...

- Sim?

- Quem é a mãe de Scorpius? É esse o nome?

- Sim, é esse. - Draco suspirou - Eu não conheci a mãe dele. Não posso dizer quem é.

- Mas...

- "Mas ele é seu filho", era isso que ia dizer? Bom, eu o adotei junto com... Meu ex. Na verdade ele não queria, mas eu insisti. Scorpius estava sozinho e precisava de ajuda e depois de alguns dias ele concordou.

- Por quê vocês terminaram?

-  Não estava dando... certo. - Ele parou no meio da frase e pensou no que dizer. - Tínhamos muitas brigas, antes era só isso, mas depois começou a mexer com Scorpius e não deu... - Se interrompeu ao ouvir a voz de seu filho.

- O "Relacionamento" era abusivo. Aquele homem já o bateu várias vezes por me defender, fora que tentou matar ele um dia antes de quebrar sua costela... - Scorpius tinha um tom armago dizendo tudo aquilo. - Ele nem ao menos abraçava meu pai.

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