• Capítulo 7

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Observou seus irmãos e a ruiva saírem parecendo contentes com o que conseguiram naquele dia. Draco fechou a porta de sua casa, logo se virando e vendo seu filho atrás de si.

O loiro mais novo o analisava com o olhar, enquanto sua sobrancelha, mais precisamente a direita, estava erguida como se pudesse fazer a pergunta sem ao menos abrir a boca.

- Quando você chegou aqui? Scorpius, você não estava tomando banho? - O mais velho questionou, enquanto pousava sua mão sobre os cabelos loiros de seu filho.

- Terminei e desci acreditando que as visitas ainda estavam aqui, mas vejo que me enganei. - Scorpius falou, enquanto ia em direção a cozinha da nova casa deles. - Papai, o senhor Harry pediu para que eu o dissesse sobre ele praticamente implorar, para que o visitasse amanhã.

- Ele sabe que sou médico no hospital e ele é meu paciente. Qual o motivo de pedir que eu o visite?- Draco se perguntou, mas seu filho o olhava com um questionamento como se não acreditasse que estava falando sério.

- Papai, sabe a resposta. Por quê ainda finge que não á vê? É bastante óbvio que ele gosta do senhor e dessa vez não é para lhe colocar com a autoestima baixa, mas por realmente te querer por perto. - O mais novo falava como se entendesse do assunto, o que fez seu pai rir.

- Scorp, tem mesmo dez anos?

- Sim. Não fuja do assunto. Por quê o senhor não se declara, já que seus sentimentos são mútuos?

- É só que... eu não sei... - Draco suspirou- Estive guardando esse sentimento por tanto tempo, que acredito não precisar o expor para o mundo. Sabe guardá-lo...

- Quando irá aprender? Nem todos são como ele, estamos bastante longe dele! - O menino Exclamou, mas logo abaixou seu tom ao ver que seu pai agiu estranho após ter ouvido seu filho dizer que estava longe...

- Por quê me olha assim?

- Ele está aqui, não é?

- Quem?

- Ele, pai! Veio ao mundo bruxo? Sabe que estávamos aqui? Notificou os aurores? Pai, você o viu? O quê aquele nojento fez? - Scorpius não pararia, se a campainha não soasse fazendo um grande barulho por toda a casa.

O jovem garoto foi até a porta para abrir, sentiu medo do que viria ao abri-la... mas logo abriu, dando de cara com Rose que sorriu para ele. Atrás dela estava Luna e pansy novamente, que já foram entrando.

" Mas não é possível. Pansy acabou de sair daqui! Ela amou a casa?" Pensou o loiro mais novo.

- Não perguntam se pode entrar? - Draco perguntou.

- Sabe que não, nós mandamos em você. Agora vá para o hospital, Harry quer lhe ver. - Pansy o respondeu segurando uma caixa em suas mãos.

- Por quê em nome de Morgana eu iria, só porque o testa rachada quer? E eu tenho filho, estou com a noite para descansar e ter paz. - o loiro disse arqueando um sobrancelha.

Scorpius cruzou seus braços acima do peito ao fechar a porta, descendo os três degraus para chegar perto do grupo. Luna o segurou pelo braço sem lhe dar chance de se soltar.

- Ei! - Exclamou o menino, mas apenas isso fez Luna pedir desculpas pelo olhar.

- Eu cuidarei dele. Vá, por favor. Harry quer muito você. - A loira pediu, fazendo um pequeno bico e Draco ficou surpreso por ser tão infantil.

- Ele está morrendo? O machucado inesperadamente e aleatoriamente se abriu? Ele não tomou os remédios? Se esses não forem os casos, então ele pode sobreviver e pedir ajuda para as enfermeiras. - Quando iria dar meia volta e começar a fazer o jantar. Ouviu a voz de Pansy, o fazendo se arrepiar.

- Draco Malfoy, se você não for nesse exato momento para aquele hospital, eu pessoalmente farei sua vida um inferno! E sabe quando eu falo, não brinco.

Draco correu as escadas de Mármore Preto, acima indo em direção ao seu quarto, pegando uma roupa preta trouxa de uma marca muito famosa inglesa. A velocidade que ele as vestiu era impressionante, logo estava descendo os degraus novamente.

Não disse nada quando passou pelo grupo, apenas olhou para seu filho e passando o mesmo recado pelo olhar para o pequeno, era dizendo: " Se comporte. Se for fazer alguma bagunça, é bom que seja boa."

Era isso que sempre dizia, quando deixava seu filho com a vizinha trouxa para correr e salvar a vida de alguém. Scorpius sorriu para ele, demonstrando que havia entendido o recado.

Então, o loiro simplesmente aparatou para a frente do hospital. Queria poupar tempo e um tanto de desperdício de energia. Enquanto ia em direção ao elevador, pode ouvir uma enfermeira o cumprimentar formalmente.

Ao chegar no andar que Potter estava, ele andou em passos um pouco apressados, mas não ao ponto de avisar o moreno que estava indo. Pensou em várias maneiras de como o matar e dizer ter sido causas naturais, ou que inesperadamente a ferida era muito mais do que aparentava.

Ao chegar no quarto do moreno, lhe viu em pé segurando um lado do seu estômago, se aproximou mais rápido, conseguindo o segurar a tempo. Afinal, ele mesmo não gostando, ainda estava fraco.

- Você me fez sair da minha casa, ou melhor, fez Pansy me ameaçar a vir. Então, não acabe com o pouco de paciência que tenho. Agora sente-se, Potter. - ordenou próximo do ouvido do outro, mesmo inconsciente de o quão próximo estava.

Harry engoliu em seco, logo se sentando na cama novamente, ainda sentindo a área perto da sua orelha quente. - Draco, sem ameaças. Eu sou seu paciente, não deveria ter mais compaixão?

- Você teve por mim? Agora diga o que quer, já que me tirou do meu conforto. Espero que pelo menos tenha um bom motivo para isso. - Sua voz era frustrada, como se realmente tivessem lhe tirado uma coisa preciosa.

- Eu... estava preocupado com você, apenas queria sua companhia. Me desculpe. - com aquelas palavras, Draco se sentiu culpado. Uma súbita vontade de rir o preencheu, então ele soltou uma gargalhada.

- Você me chamou aqui, por estar sentindo falta da minha presença? Conta outra, Potter. Se quisesse minha companhia, era só esperar até amanhã e seria o primeiro que eu iria visitar. - Se apoiou sobre os joelho e um lado do seu rosto, pousado sobre sua mão direita.

Aquela visão, era extremamente atraente.

- Antes eu lhe chamava e você não atendia... Agora está me atendendo, não posso deixar de aproveitar. - O moreno sussurrou, mas Draco o ouviu perfeitamente, sentindo seu coração se aquecer.

- Você me chamava? - perguntou atordoado.

- Sim, mas você nunca me atendeu... - Se interrompeu ao sentir um toque gelado sobre sua mão.

- Agora estou aqui para atendê-lo, não há necessidade de me chamar mais. - o loiro disse sorrindo reconfortante.

- Está com pena de mim?

- Oh, nunca me atreveria a fazer algo tão estúpido. Não sinto pena dos meus inimigos, principalmente se eles forem Grifinórios. - Brincou, logo ouvindo a risada do moreno.

- Então, os Sonserinos realmente são rancorosos? Lembram das pessoas que erraram com eles no passado, mesmo depois de anos?

- Não diria rancorosos. Você nunca errou comigo, pelo menos que eu me lembre.

- Eu lembro de cada burrada que fiz para você e de você para mim. De como nos ofendiamos por toda a escola e sempre acabava com nós dois na enfermaria, ouvindo sermões da madame pomfrey.

- Nem me lembre. Odeio lembrar de muitos momentos da escola. principalmente daquele... - Se interrompeu, mas o moreno pareceu ficar curioso por seu comportamento.

- Do que? - Harry tentou o incentivar a continuar, mas observou o loiro olhar para seu próprio corpo e depois desviar o olhar. Uma rápida lembrança passou por sua cabeça.

A briga de varinhas no banheiro...

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