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LUCAS

Como hoje era quinta, e se tudo desse certo, minha mudança pro morro séria nesse fim de semana. Dalva era uma mulher meio apressada, de um jeito engraçado, e eu precisava de um teto, então não pensei duas vezes em concordar, ficar em hotel custava o dinheiro que eu não fazia a menor ideia de como tinha.

Fui andando pelo caminho que eu tinha me lembrado, pelo menos eu achava que tava certo, mas deduzei que sim porque já dava pra ver o começo do morro. vi um lugar escrito bar do Jorge, era bonito, de madeira, era tudo decorado com coisas do flamengo, um grupo tocava pagode logo na entrada do bar e a calçada tava cheia de gente bebendo, comendo, sambando, senti um cheiro de feijoada e não pensei duas vezes antes de entrar na muvuca pra pedir.

Peguei meu celular pra ver que horas era, que já era umas 19:48, já aproveitando pra ver quanto tava o táxi pra ir embora, só que eu não sei que caralho, eu bati em algo, que logo levantei a cabeça rápido vendo que era alguém, ou um puta da merda de alguém.

- Porra tu não olha por onde anda não, mermão? depois que mata nós que é errado.- a voz grossa e firme se fez presente, mais cacete? que homem é esse, ele era forte, moreno, alto, bem alto e olha que eu eu tinha 1,68, percebi que tinha tatuagens, os dois braços tatuado, maxilar travado, o rosto sério, cabelo tipo militar preto.. nessas horas que eu penso o do porque ser gay.

- Desculpa, mas você também bateu comigo então a culpa não é minha! - me recompôs logo depois de ouvir ele, podia ser um deus grego dos infernos mas ele que é cego, eu tava no celular e ele não! então quem tinha que prestar atenção era ele.

- Come que é, olha o jeito que se fala, se liga an? tu que tava mexendo nessa porra de celular. - a pronto.

- Não me culpa com algo que você não prestou atenção também! - já tava me irritando.

- quer trocar um papo comigo mermo pra saber quem tava errado, tá de tiração?

- Olha aqui..-

- Coé, tá rolando oque ai chefia? - Wl chegou, fiz uma cara confusa, e ele também mas acabou sorrindo. - Caraca Lucas, tá fazendo oque aqui ainda?

- Eu tava no postinho, não te falei? dai acabei encontrando uma casa mas parece que eu tinha que falar com um tal de Vt ou melhor um tal de Perigo, conhece? - fiz uma cara estranha, porque ele começou a rir.

- Sou eu mermo, Perigo aqui. - Era só Oque me faltava mesmo, a porra do cara que eu bati "sem querer" respondeu.

- Ah pô, fica aí, ai vocês já se resolvem com essa parada. - Wl praticamente me arrastou pra uma mesa que tava um cara, uma mulher e outra mulher também, deveria ter a minha idade.- Opa, esse aqui é o Lucas família, talvez novo morador daqui. - sorri revirando os olhos.

- Quem disse isso? - O tal do perigo olhou pra mim.

- Pensando bem, eu acho difícil mesmo.- ele me olhou com cara feia, e uma das meninas que tava ali se intrometeu.

- Relaxa, você vai sim, prazer Mariana. - comprimentei ela, que me fez sentar do seu lado dela, e comprimentei a outra.

- Sabrina, prazer, e esse aqui é o Victor, meu irmão infelizmente. - sorri pra ela, e quando fui comprimentar ele, percebi que a educação mandou lembranças..

- Vt caralho, mal conhece o cara e já me apresenta o nome assim? - Sabrina revirou os olhos e começou a bater boca com ele, já a mariana me olhou e a gente começou a rir.

- Coé, a gente veio aqui pra curtir, vou pegar... cê bebe? - Wl se virou pra mim rindo da situação também, e eu bulancei a cabeça com um não. - Ixi pai, vou trazer suco e...

- Eu também quero! - Mariana interrompeu ele, aproveitei e falei se ele podia pegar uma marmita de feijoada, e já indo entregando dinheiro mas ele disse que não precisava e entrou pra dentro, comida de graça? obrigado senhor.

- Do rio que tu não é, veio fazer oque aqui no morro? - Perigo me perguntou com as sombrancelhas aquiarda, ele tava sentando numa cadeira do lado do tal irmão da Sabrina, fumando cigarro.

- O postinho, eu vou ser o novo médico de la, e talvez...- joguei no ar com deboche.- morar aqui.

- Sério? eu sou enfermeira de lá. - a Mariana disse animada, pelo menos não vou ficar perdido aqui.

- Que casa? a da rua 16?

- Acho que sim, o número da casa era 138.- respondi.

- Tô ligado, depois eu vejo essa parada aí, firmeza? - concordei com a cabeça.

- Contanto que seja rápido..- sorri debochado e ele me olhou com cara feia.

Wl tinha voltado com um cara, parecia garçom e trazido minha marmita, com suco, cerveja pro resto, e vários acompanhamentos, a gente tinha começado a conversa mais, até troquei número com a Mari, Wl, Sabrina a mesma não morava aqui no morro, e sim no centro com a mãe, tava fazendo faculdade, já o perigo não parecia tão mais sei lá? as vezes ele mudava de humor, ficava no canto observando, e fumando, mas fumando muito. vai entender a bipolaridade desse cara, o VT era legalzinho até, ele olhava bastante pra Mariana, acho que eles tinham um caso, porque quando ela olhava pra ele, ele piscava não sei, a Mari era irmã do perigo, tão opostos, mas ao mesmo tempo parecidos.

Quando deu umas 22:00 eu fui pro hotel, uma luta pra conseguir um táxi ali, o William até queria me levar, só que ele disse que tinha uns rolos no asfalto, e que eu até tinha sacado os rolos.

de pensar em arrumar mudança já dava dor de cabeça, mas me sentia animado, perigo tinha dito que tava "suave", então só faltava eu assinar o resto papelada e a casa futuramente era minha.

𝗠𝗢𝗥𝗥𝗢 𝗗𝗢 𝗔𝗟𝗘𝗠𝗔̃𝗢 - romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora