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Lucas


- Não me toca...por favor - me exaltei mas do que eu pretendia quando o cara que o perigo tava falando, veio me tocar, o lugar onde ele me guiava parecia um corredor, uma casa talvez.

- Foi mal, desculpa, chefia disse pra te levar pro hospital, tranquilo? - ele veio de novo, e eu comecei a lembrar daquela salinha, respirei fundo. sinceramente tava cansado, exausto, eu queria chorar, e chorar, meu ouvido tava doendo, e provável que o sangue esteja seco. senti um enjôo, e minha visão ficou turva e comecei a ver tudo escuro, antes que eu caía no chão, mãos me seguraram.

[...]

A maciez de algo nas minhas costas fez eu me sentir confortável, parecia uma cama.
Abri os olhos, e olhei ao redor, tava na minha cama, minha casa. tateie meu corpo, e parecia tudo intacto, coloquei a mão no ouvido e sentir um curativo talvez, me levantei e pera.. quantos anos eu dormir? fui pro banheiro e me vi no espelho, eu tava bem, diante de tudo que aconteceu, lavei meu rosto, escovando os dentes, e dei um jeito no meu cabelo, ele parecia ter sido penteado, desci as escadas e me assustei com quem tava na minha sala.

- Que porra você tá fazendo aqui!? - perguntei com os olhos arregalados me afastando um pouco, o Perigo tava no meu sofá, vendo jogo na minha Tv, na minha casa.

- Caô, finalmente cê acordou, tava parecendo a bela adormecida. - fiz careta e mandei um vai se fuder, e fui em direção a ele.

- Vai pra merda, você é idiota? inferno, você lembra oque fez comigo? simplesmente por você não se informar direito seu imbecil! - comecei a bater nele, que não reagiu nem nada, que ódio.

- Eu sei porra, qual é? eu não sei e nunca vou saber pedir desculpas, pode bater o quanto cê quiser, mas me desculpa, eu fui um cuzão mesmo.- falou coçando a nuca, nervoso.

- Quanto tempo eu durmi? - perguntei me acalmando, se sentando no outro lado do sofá, tava de tarde pelo que vi na janela.

- Dois dias, a Mariana veio aqui, e o wl também.

- E você... tá fazendo oque aqui ainda? - ele me olhou perdido.

- Esperando cê acorda tio, e pedir desculpas, não sabia oque fazer, e daí eu tenho vindo aqui, você não tava dormindo a dias, e por isso desmaiou desse jeito ae. - deu de ombros, e eu respirei.

- Tudo bem, passou eu acho, fez o mínimo obrigado eu acho. - falei irônico

- Jae.- ele falou, e ficou um silêncio ali.

- Então, agora você pode ir.- falei sorrindo irônico, e vi a sua cara feia, endoidou essa porra de novo?

- Meu mengão tá logo jogando, posso assistir aqui? minha casa ta meio ocupada.. eu comprei lanche, e comida vê lá, cê deve tava varado de fome. - ele voltou a sentar no sofá? mas quando eu ia falar algo, algum celular tocou, pensei ser o meu mas o Perigo pegou o dele, abrindo mó sorrisinho atendendo, revirei os olhos e fui pra cozinha, eu tava com fome e sem forças pra brigar.

- Oi papai.. - uma voz de uma criança cansada se fez presente, prestei atenção no papai? esse doente tem filho? Como? abri a geladeira e vi que tinha cachorro quente, pastel, e uma marmita parece, e literalmente tinha tudo que eu podia imaginar, quem foi o santo que fez as compras? comecei a devorar tudo ali.

- Filhão que saudades meu amor, cê tá bem? E que voz é essa? aconteceu algo? - o Perigo parecia tá falando com ele numa voz estranhamente carinhosa.

- Não papai, eu to dodói, vem me ver por favor... Anthony, faz o favor de vim agora pra cá! - a criança falou e depois outra mulher mais velha falou, Anthony? Então esse era o nome do demônio.

- Qual foi? oque ele tem coroa?

- Me respeite menino! o Davi tá com febre, com a garganta seca, tossindo de leve desde que acordou, esse tempo ave Maria, mexe que só com criança.- ela parecia tá preocupada, eu me intrometi entrando na sala.

- Pode ser virose..- falei com a voz baixa, mais a mulher parecia me ouvir.

- Quem tá falando?

- Ae tia, marca vinte que eu tô chegando, conheço um médico aqui. - desligou o celular e me encarou.- Tá esperando o que? cê não é médico? vai vim comigo, anda, por favor.

- Que? - encarei confuso, eu juro que ele sofre de bipolaridade!

- Porra, papo dez, eu tenho um filho e pelo oque tá parecendo ele tá doente, entendeu? sim, então vamo logo.- fiquei mais confuso ainda.

- Eu... vou pegar alguns coisas, e me arrumar.- abri a estante que tem na sala e peguei uma bolsa, com alguns kits médico, e subi pra me arrumar, por que a minha vida tá uma loucura? Eu só queria começar uma coisa diferente, droga.

Fechei a casa e o Perigo tava me apressando, tava nervoso, tinha uma Audi rs7 em frente, no qual ele já foi entrando, algumas pessoas olhavam, mas ele mandou toma no cu e pararem de olhar, entrei dentro do carro e ele acelerou o carro saindo da favela, deus me proteja!

𝗠𝗢𝗥𝗥𝗢 𝗗𝗢 𝗔𝗟𝗘𝗠𝗔̃𝗢 - romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora