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LUCAS

- Bom o senhor vai ter que ficar de repouso por alguns dias, tudo bem? nada de fazer esforços, principalmente beber e nem comer comida gordurosa. - falei ao paciente de idade na minha frente, o mesmo resmungou e a filha que estava acompanhando riu.

- Tudo certo Dr.Lucas, muito obrigada, terem feito esse postinho no morro foi muito bom, sabe? ajudar mais aqui os moradores, pra não ter que tá indo até o asfalto pra se consultar.- sorri pra ela entregando a receita do medicamento, e um papel pra a mesma entregar no trabalho.

Suspirei cansado, já tinha se passado uma semana desde do ocorrido na casa da mãe do perigo, a gente pegou uma intimidade meio grande até, visitei ela umas 3 vezes, o Davi era uma criança bem esperta, e animada. Ele melhorou em três dias, como pode? já o Perigo, eu não via ele faz tempo, que continue assim. Comecei aqui no postinho e sinceramente é bom ta aqui e poder ajudar.

Tirei meu jaleco e vi a hora, se passava das 17:50 da tarde, meu expediente tava pra acabar, sinto a porta bater e alguém entra.

- Luquinhas! Já acabou seu expediente? descobri que o Mc poze, o Orochi e o Felipe ret vão cantar hoje no baile do morro, puta que pariu! eae topa? - Mariana entra na minha sala, o mulher animada, ia recusar mas amanhã é sabado e meu dia de folga, por que não, certo?

- Tá, ta, eu vou!

- Eu já sabia que iria.- sorri irônico e ela continuou - vamo juntos, tranquilo? dai a gente passa na minha casa, descansa um pouco, pego oque eu preciso e eu me arrumo na sua casa..- dei de ombros concordando.

[...]

Sabe aquele sentimento que algo vai dar merda? então, eu tô pressentindo isso agora, já era umas 22:57 e a bonita da mariana ainda tava se arrumando, dizendo que iria entrar quando o Ret estivesse cantando pois ela mesma tava criando uma fanfic que ele iria se apaixonar por ela quando visse, a imaginação das pessoas é o pior que se tem.

- Tô pronta Luc, então como que é tô? - ela se virou pra mim e sorriu, ela tava muito linda, uma saia preta brilhosa um top preto tipo biquini com alça é um salto preto.

- Porra, tá linda em! agora vamo logo antes que eu desista.- ela sorriu e deu uma piscadinha pegando sua bolsa, eu tava normal eu acho, uma calça cargo clássica, uma camisa branca apertada, um pouco pequena, apetecendo o a barra da cueca, e um pouco da minha barriga, e um boné branco pra destacar meus olhos azuis é um tênis da Nike.

Saímos da minha casa conversando, e ja de longe conseguia ouvir a música alta pra caralho, o baile acontecia na quadra principal do morro, então era enorme.
No começo tinha uns caras armados, dizendo a Mari quer era vigiando. tava um tumulto cheio de gente, provavelmente tinha gente que nem morava no morro, e depois foi só piorando, fomos indo pro meio do funk carioca, no estralo da porra, daqueles que você se acaba no chão mesmo.

- Vamo na adega pegar uma bebida! - a mari falou no meu ouvido alto e fomos até lá, onde tinha dois cara fazendo bebidas e pedimos um copão tradicional de whisky.

Do nada comecei a sentir algo como se alguém estivesse me olhando, olhei pra trás e não percebi nada, e os lado nada também.

- Fala vocês complexo do alemão - olhei pro lugar que tinham feito de palco, e vi o perigo la, o povo todo começou a gritar, ele tava muito bonito, sem camisa, a arma aparecendo, que dizer bonito é pouco. - Atividade aqui em, chamei uns parceiros pra vocês hoje, e você já sabem né? curtem pra caralho, tão ouvindo? - mais gritaria respondendo, e ele chamou o Orochi, nessa hora até eu gritei, amo ele demais.

Ele começou a cantar balão e o pessoal todo no embalo cantando.

- Qual foi, tão fazendo o que aí aqui em baixo? - Ouvir alguém e me virei vendo o perigo.

- Pegando uma bebida, virou cego? - Mariana respondeu, rir da cara que ele fez.

- Ala, tá de caó? mais respeito parceira. -

- Tá liberado o camarote já? só ia ficar um pouco aqui e subir.

- Tá pô, chega ai e tu também doutor. - revirei os olhos e a gente começou a passar na muvuca pra subir no camarote, o mesmo tinha uma escada e uns cara armado na frente. - Pega a visão, deixa liberado aí pra eles, certo?

Porra a visão daqui era do caralho mesmo, dava pra ver a quadra lotada, e lá fora também, me encostei na grade e fiquei bebendo, a Mari tinha sumido, mas prometeu que a gente voltaria junto, piada.

O baile tava rolando até os estalos, os mc já tinha tocado, e o baile que já tava lotado, lotou mais, tava quase amanhecendo, bebi a caipirinha de limão que tava na mão do wl e o mesmo reclamou, tinha uns cara armado aqui também, umas mulheres lindas pra caramba.

- Pô coé, nera tu que não bebia mané? - fiz um "shhh" com o dedo e ele riu.

Estávamos tava sentando num sofá encostado na parede, a gente já tinha dançando, bebido muito, e a agora eu tava me recuperando, tava esperando a Mari pra ir embora, percebi que ela e o VT tinham sumido, aí tem.

Olhei pro lado e percebi que Perigo tava me olhando sério, começei a ficar desconfortável, ele percebeu isso e olhou pro lado, ou pra mulher que tava no colo dele e começou a beijar ela, desviei o olhar.

Nessa hora senti uma vontade de ir mijar, falei pro Wl que ia atrás da Mari, desci a escada do camarote e fui tentando ir até a saída onde tinha banheiro, ou pelo menos eu acho que tinha banheiro aqui, sai da quadra e vi que tinha pessoas transando do nada ali, principalmente em alguns becos escuros e ninguém ligava, fui indo mais afastado do baile, porra eu não sabia onde tava.

Senti o meu braço ser puxado e me assustei, me assustei mais ainda com o perigo me olhando sorrindo de lado.

- Coé mané, quer morrer cedo assim en, tá procurando oque?

- Eu tava indo atrás de um banheiro..- me soltei dele 3 ele começou a rir, a pronto virei palhaço.

- Jaé, tu nunca foi num baile de morro não né? - neguei com a cabeça e cruzei os braços. - Tinha lá no camarote, era só pedir doutorzinho.- encarei ele com deboche.

- Não tenho bola de cristal pra saber, vou indo então..- fui saindo de perto dele e o mesmo segurou o meu braço de novo, porra!

- Pô perai, tô com uma vontade estranha de fazer um negócio, me ajuda? - ele me olhou sério.

- Com o que exatament..? - nem terminei a fala e ele me empurrou pra parede, e segurou meu pescoço me enforcando, e me deu um selinho longo, ele foi pedindo passagem com a língua de vagar aproveitando a minha boca, e eu cedi? sim, puta que pariu! ele me beijou com força, me engolindo na verdade, coloquei meus braços no seu pescoço, e o mesmo pegou a outra mão na minha bunda, apertando ela, só paramos de nós beijar quando escutamos um tiro, me assustei e me desgrudei dele rápido com ele xingando, Perigo me colocou atrás do mesmo pegando a arma na cintura e se virou pra mim, mais que porra tá acontecendo?

- Entra naquele beco e vai reto, reto e vira a esquerda, você vai ver um portão preto, é só tu entra lá, tá ligado? - ele me entregou uma chave e me deu um último beijo e ficou sério, ainda tava estático. - Vai caralho, tá moscando.








𝗠𝗢𝗥𝗥𝗢 𝗗𝗢 𝗔𝗟𝗘𝗠𝗔̃𝗢 - romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora