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LUCAS

Termino de me vestir, pela segunda vez na noite, e seco meu cabelo me olhando no espelho do guarda-roupa, vendo as marcas que o outro deixou pelo meu corpo.

Guardo o secador, e me jogo na cama pegando meu celular, vendo que era umas 2 da manhã. Vejo o anthony saindo do banheiro só com a bermuda do flamengo, com gotas de água pelo corpo e o olho de cima baixo, vindo até me mim se jogando em mim e me dando um beijo, pedindo permissão com a língua, na qual eu cedo rapidamente.

- Transar contigo é cansativo pra caralho, mas longe de mim reclamar de sexo, tá maluco. - revirei os olhos e ele se ajeitou na cama, encostando as costa da cabeceira, e me virei de lado olhando pra ele.

- Como é..

- Como que é o que? - ele me olhou.

- Como é comandar o morro? - levo minha mão até a sua correntinha de ouro do seu pescoço e fico mexendo.

- Ah, é complicado pô, ter que ficar no comando da favela toda, cuidar do pessoal, fazer aliados pra não morrer cedo, e tem o tráfico, tá ligado? que se não tiver isso, o morro não é nada, e os moradores ninguém.

- Não pensei que fosse assim. - encarei seus olhos, no qual ele já tava me olhando.

- Ninguém pensa, e quem é de fora acha que é só favelado, drogado, pobreza, oque também não tá errado pô. - ele riu

- Você mora a quanto tempo aqui?

- Desde que eu me entendo por gente, e tu?

- São Paulo.

- Come que é? Então o doutorzinho é paulista, caô em. - revirei os olhos pela vigésima vez, quando eu tô com ele. - Tu é novo pra ser médico, mamou o professor? - encarei ele incrédulo e bati com força no seu peito e ele gargalhou. - Brincadeira caralho, mas diz aí, quantos anos tu tem?

- Você é um babaca, tenho vinte e quatro, eu me formei cedo porque terminei a escola rápido.

- Peguei a visão, sempre quis ser médico?

- Não sei, gosto da profissão, e você tem quantos anos?

- Vinte e seis.- ele levantou do nada e olhou pro celular que tava na cabeceira do seu lado.

- Que foi?

- Tenho plantão agora. - eu ri do seu modo de dizer. - Qual foi, tá rindo do que mermão? tu não tem plantão de médico, é a merma fita.

- Ah sim, tem toda a razão perigo.- falei rindo, ele subiu em cima de mim me olhando e me beijou, no início era pra ser só um selinho, mas parece que ele não se contenta com só isso e enfiou a sua língua na minha boca, iniciando um beijo lento, e quando paramos ele me deu três selinhos.

- Vou indo, depois te mando um salve no whatsapp.

- Mas você não tem meu número.- arquiei as sombrancelhas.

- Quem disse isso? - ele pisca pra mim e eu reviro os olhos.

- Fecha a porta por favor? - ele concorda e desliga a luz saindo do quarto, e eu me aconchego com o edredom, e pisco os olhos já sentindo ele pesado, e durmo sem nem perceber.

𝗠𝗢𝗥𝗥𝗢 𝗗𝗢 𝗔𝗟𝗘𝗠𝗔̃𝗢 - romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora