Na vida a gente tem que se fingir de louco pra não ficar louco de verdade.Achei mermo que poderia rolar alguma coisa entre eu e a Ana Laura, mas desde que descobriu a gravidez a mina ta com o demônio no corpo. Larguei de mão irmão, lá sou saco de pancada pra ficar levando porrada quieto.
Ela não falou pra geral que a gente não tinha nada e eu sou só o pai do guri, então é isso mermo!
Meu celular tocou e vi que era a Mayara, uma doida que eu comi e agora acha que to com ela.
- fala – fui grosso mesmo.
- to aqui na porta da sua casa – falou melosa.
-e eu te chamei por um acaso? – apaguei a luz da cozinha.
- não fala assim Cauã, eu estou com saudades, dois dias já po- reclamou.
- e quem disse que eu to com casa? – me fiz de doido.
- to vendo sua cabeça daqui cara- falou puta e eu ri indo abrir a porta.
Mina chatona mané.
- achei que ia se fazer de doido mesmo – falou entrando.
- e que moral é essa que eu não te dei? – cruzei o braço.
- tu fica tão lindo assim – já veio pra cima de mim se querendo.
- tu não faz nada da vida não? Plena sexta a tarde ta aqui me enchendo – dei as costas.
Meu celular tocou e eu vi que era minha mãe, já atendi logo pra ela não ficar na minha cabeça.
- fala coroa – me joguei no sofá.
- sua mulher ta com desejo aqui – ouvi a Mayara bufar e ignorei.
-iiiih, tenho mulher não - ri.
- tem problema não tia, vou ligar pro Alex – ouvi sua voz de fundo.
Me levantei e olhei ao redor não vendo a Mayara mais, ouvi barulho lá em cima e fui atrás dela. Ela tava mexendo no guarda-roupa e levou um susto com a porta abrindo.
- ta devendo? - perguntei vendo a sacola na sua mão.
- vim buscar umas coisas que esqueci aqui – meteu o louco.
- filho ?- minha mãe chamou na linha.
- ela quer o que ?- perguntei pegando minha carteira e as chaves na mesinha.
- abacaxi com alguma geleia – falou e eu só falei um 'ok' e desliguei.
- bora que eu tenho que sair – falei saindo do quarto.
- só falar naquelazinha que tu já vai correndo igual idiota – falou e eu me virei pra ela.
Segurei no seu maxilar forte e me aproximei dela.
- tu ta achando que é quem pra me chamar de idiota porra? – apertei mais ainda – respeita a mãe do meu filho – soltei e ela se afastou já chorando.
- porra Cauã, a gente ta nessa a 1 mês já e tu não me da condição nenhuma – falou e eu dei as costas ignorando – um dia tu ainda vai implorar pela minha atenção – falou no ódio.
- espera sentada que de pé cansa, bora – abri a porta e ela saiu – e não te quero zanzando aqui não, só quero ver sua cara quando eu chamar – falei e tranquei tudo.
Montei na moto e sai deixando ela lá me olhando com raiva, parei em um mercadinho perto da casa da doida lá e comprei o abacaxi e umas geleias de sabores diferentes.
- só isso moço? – a menina do caixa perguntou.
- me da uns 4 chocolates desses ai – apontei pras barras atrás dela.
Abri a carteira e vi que tava faltando uma grana, peguei uma meta hoje de manhã na boca pra dar pra Ana comprar uns bagulho pro meu filho e só tem a metade aqui.
- deu $32,99 – a menina falou e eu dei uma nota de 50.
Fui pra casa dos meus tios e já cheguei entrando, ouvi as vozes na cozinha e entrei colocando tudo na mesa.
- eae minhas véias – dei um beijo nas duas – cade a doida? – minha mãe me olhou feio.
- ta se arrumando pra dormir fora – tia Tata falou.
- ela não tem consulta amanhã? – minha mãe perguntou.
- tem, mas vai de lá mesmo – a tia falou mexendo sei lá o que na panela – amanhã as 11h em – me olhou e eu assenti,
- to indo mãe, amo vocês – ouvi ela gritar.
Fui sair da cozinha pra ir atrás dela e miha mãe me segurou.
- ta tudo muito confuso pra ela filho, deixa ela quietinha um pouco – falou e eu assenti me sentando.
Fiquei com elas ali um pouco até a tia Karol chegar e elas começarem a fofocar das kengas do morro. Vi que já era quase 21h da noite, tempo passou voando.
Cheguei em casa e fui direto no banho, deitei na cama a fim de apagar mesmo tava mortão. Mas do nada me veio a Mayara na cabeça e uma vontade de ver ela que quando vi já estava ligando pra ela.
Claro que ela aceitou na hora, mas assim que eu desliguei me arrependi, meus planos era dormir até o meio da noite e depois piar pro baile. Nem com a Ana Laura que foi o mais perto de uma paixonite eu me senti nessa necessidade não tem o por que estar assim agora, ainda mais por essa garota.
Ela chegou e transamos o resto da noite, foi tudo tão automático e minha mente nem parecia estar aqui.
A noite mais estranha da minha vida.
Acordei com o toque do celular e atendi sem nem ver quem era.
- porra Cauã, cadê você? – a voz enjoativa da Ana saiu na linha.
- cadê eu pra que? – perguntei confuso.
- já to no consultório cara, só falta você pra eu ser atendida – reclamou.
- volta pra cama amor – ouvi a voz da Mayara e me arrepiei todo.
- tenho mais o que fazer Ana Laura – falei e desliguei.
Voltei pra cama e ela me abraçou dando bom dia.
- quem era?- perguntou e eu neguei beijando o ombro e pescoço dela.
- ninguém importante – abracei ela de volta.
O incomodo no meu peito me dizia que tem uma coisa muito errada rolando, mas eu não consigo raciocinar para saber o que é.
«»§«»
Postei sem querer antes de estar pronto kkk, desculpa meus amores.
Agora sim, espero que gostem ♥️
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Invicto
FanfictionUm bônus de Não sou tão bom assim. (Não é preciso ler os 2 primeiros livros!) "Às vezes sou escroto, não nego Novo luminoso mas sem ego Cheio de mel, reluzente no flow Finalmente chegou o verdadeiro revel" O maior acerto na vida é assumir seu erro...