Maria Lis
Sai de casa e desci pra boca atrás do Boca, quando cheguei no beco vi uma parede de músculos com uma cabeleira loura que eu reconheci de longe.
- ta fazendo o que aqui? – falei alarmada e ele se virou me olhando assustado também.
Olhei ele de cima a baixo e vi o fuzil atravessado no seu peito, uma bermuda preta, a camiseta vermelha e um tênis de mola preto e azul.
- o que você ta fazendo aqui? – perguntou de volta.
Ele olhou pros lados e pegou no meu braço me arrastando até uma parte mais escura e me encostou na parede tampando meu corpo com o seu.
- a patricinha subindo o morro atrás de uma verdinha com todo aquele discurso que me deu? – deu um sorriso sarcástico.
- posso saber o que ta acontecendo aqui? – a voz de trovão do meu pai se fez presente.
- pai? Não era pro senhor estar em casa? – dei a volta no brutamontes e fui até ele – esse cara não estava querendo meu deixar entrar – falei antes que ele falasse alguma merda.
- e tu ta fazendo o que aqui? – cruzou os braços.
- vim ver meu namorado – falei e a porta se abriu com o Boca saindo.
- que que ta rolando ? – perguntou olhando nós 3.
- vim te ver vida – fui até ele e dei um selinho nele.
- qual foi alemão, esse é minha filha – meu pai falou e eu olhei pro Nicolas que olhava para meu pai de volta – e tu sabe que eu não quero tu zanzando por aqui – me olhou bravo.
- eu só vim chamar o Boca pra ir comigo ver meu afilhado – dei de ombros.
- entra ai, vou terminar de resolver um bagulho e a gente vai la – o Boca falou e eu assenti entrando com ele e meu pai.
- da onde que esse cara saiu que eu nunca vi ele por aqui – falei pro meu pai vendo ele se sentar na cadeira dele.
- ele era um infiltrado nosso no exército, ele era encarregado de trazer armamento e algumas peças de armas – o Boca explicou.
- e por que ele esta aqui – questionei.
- descobriram ele – meu pai deu um resposta rápida.
- e não prenderam ele? Até onde eu sei isso seria um crime – falei e me sentei no colo do Boca encostando a cabeça no ombro dele.
- que pouca vergonha é essa? – meu pai gritou e eu me levantei na hora.
- acho que ta na minha hora – falei e sai da sala sem deixar ele falar mais nada.
- tu tem muito o que me explicar – ouvi a voz grossa do Nicolas atrás de mim e estremeci com a rouquidão da voz.
- não tenho que te dar satisfação – falei sem olha-lo.
- seu pai sabe que a filhinha dele anda pelas baladas do asfalto? – perguntou e eu me virei pronta pra dar na cara dele.
- qual é a sua? Ta fazendo o que aqui? – cruzei meus braços e ele travou o maxilar sem me responder – desde quando um playboy com uma cabeça de merda dessa vai se juntar ao trafico? Se juntar a esse bando de bandido e ficar andando por ai com um fuzil no peito? – me aproximei dele.
- se eu desconfiar de qualquer coisinha mínima eu faço você se arrepender de ter nascido – falei entre dentes e ouvi a porta se abrir.
Me afastei e esperei o Boca sair.
- vamos? – perguntou pegando na minha mão.
Puxei ele até a moto dele e esperei ele mantar antes de segurar nele e montar na garupa, em minutos chegamos na casa da Ana e eu peguei a chave no meu bolso e abri o portão deixando a chave lá pro Boca fechar. Abri a porta que estava destrancada e vi eu irmão ao beijos no sofá com o Alex.
- boa tarde pombinhos – falei assustado os dois.
- ta fazendo o que aqui? – Rique perguntou se afastando do namorado.
- vim ver meu afilhado – falei e ri da careta do Alex.
- até por que ninguém vem ver o amigo né, só quando ta em crise pelo crush – ele reclamou e eu ri alto.
- ri baixo que a família dos três ursinhos tão dormindo – meu irmão taca um almofada em mim.
- que bom, vou roubar meu sobrinho – falei subindo as escadas.
Fui até o quarto deles e abri a porta com cuidado vendo eles dormirem agarrados na cama, olhei no berço e meu bebe estava acordado olhando para os bichinhos pendurados em cima do berço.
Peguei ele no colo e peguei a bolsa dele que sempre ficava pronta do lado do berço e sai do quarto.
- vai mesmo sequestrar o menino? - o Boca falou me vendo descer com ele.
- claro, dei de ombros e dei a bolsa pra ele levar - a Ana tirou leite? - perguntei pro Alex e ele assentiu.
Fui até a cozinha pegar e depois de tudo pronto sai da casa com meu bebê no colo, difícil mesmo foi ir na moto com ele, só espero que a Ana nunca descubra se não sou uma madrinha morta.
Chegamos na casa do Boca e eu entrei com meu pequeno fazendo barulhinho com a boca e eu fiquei babando nele.
- eu quero um desse pra mim - falei apertando ele no meu colo.
- quero ver se quando ele chorar a noite toda querendo mamar ou se cagar o tempo todo você ainda vai querer - falou e eu fiz uma careta.
- mas eu sou um bebê comportadinho né dinda - falei com voz de bebê e ele riu.
- tu peidou boca?- perguntei sentindo o cheiro ruim.
- eu não - falou saindo pra cozinha.
- e que cheiro é esse? - fui atrás dele.
- o neném da dinda que fez surpresa na fralda - falou e o André ruim como se concordasse.
- ah não Andre, não acredito que fez isso com a dinda - falei quase chorando e o Boca riu da minha cara.
- vai lá - ele falou me zombando e eu dei um tapa nele.
- a dinda te ama mais quando você Ta limpinho e cheiroso- falei pegando a bolsa dele pra trocar ele no quarto.
«»§«»
Estava com saudades de escrever sobre esses dois🥰.
Espero que gostem ♥️
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Invicto
FanfictionUm bônus de Não sou tão bom assim. (Não é preciso ler os 2 primeiros livros!) "Às vezes sou escroto, não nego Novo luminoso mas sem ego Cheio de mel, reluzente no flow Finalmente chegou o verdadeiro revel" O maior acerto na vida é assumir seu erro...