Cauã 🚩Chego na boca e vi meu pai lá, fiz um toque com o coroa e me sentei no sofá.
- último dia - lembrei ele.
- sua mãe é a que está mais ansiosa para esse menina nascer - ele falou parando de escrever no caderno.
- bom que quando ele der muito trabalho eu deixo lá na casa de vocês - ri e ele tacou a caneta em mim.
- preciso que tu vá lá na fazendo hoje- olhei pra ele já negando.
- nem fudendo que eu saio do morro essa semana, se a Ana Laura parir e eu não estiver aqui ela me mata - falei e ele me olhou sério.
- então se eu fosse você já saia agora - falou ainda sério e eu vi que ele não mudaria de ideia.
- porra Pai, não pode mandar o Boca?- me levantei.
- até onde me lembro quem quer assumir isso tudo é você - falou e eu travei meu maxilar.
Sai da sala sem nem perguntar qual o B.O que tava rolando, eu mesmo iria até lá e acabaria com toda a palhaçada daquele lugar.
Nem passei em casa para pegar meu carro, subi na moto coloquei o capacete e desci o morro no ódio mesmo.
Fui o caminho todo rezando pra não ter nenhuma viatura pelo caminho e consegui chegar lá em meia hora, um recorde eu diria.
Desci da moto e vi o bando de vagabundo deitados na sombra da árvore.
- é pra isso que vocês são pagos caralho - gritei e eles se assustaram se levantando.
- qual foi chefe, o sol ta dando mó moca – um deles falou tentando se justificar.
- ta achando ruim só pular fora caralho – gritei.
Só de olhar pra cara desses filhos da puta já tava me dando ódio.
Fiz uma revista pela fazendo toda e vi o motivo da insatisfação do meu pai, povo enrolado do caralho só faz os bagulho na má vontade.
Só foi eu da 2grito que tudo começou a fluir, fui até o escritório da casa principal falar com o cara que ta responsável daqui e abri a porta pegando o maluco de surpresa.- e tu cobra um afortuna pra ficar aqui jogando no celular caralho – falei e ele se assustou deixando o celular cair.
- oi chefe, to no meu horário de almoço – se levantou.
- e esse horário de almoço é infinito porra? – cruzei os braços – 2 semanas já que não temos carregamentos de ervas, 30 negos dento daquela porra e essa demora toda ? – me estressei e ele se tremeu todinho.
- eu to resolvendo isso chefe, já cobre agilidade deles – falou quase se tremendo.
Virei as costas e fui até a estufa com ele atrás de mim e quando chegamos lá mais da metade estava mexendo no celular e o resto parecia que estavam morrendo. O ambiente é quente e eu até entendo que no calor que é aqui a motivação não seja tanta, mas um pouco de esforço não mata ninguém.
- trabalho bom em – falei alto assustando todos – quero todos na frente da casa principal em 5 minutos – falei e sai daquele lugar.
Antes peguei um pouco da maconha que estava pura ainda e dichavei na mão mesmo, peguei uma seda no bolso e bolei um enquanto andava até a varanda da casa principal. Subi as escadas da varanda e peguei meu bic acendendo o baseado, dei a primeira tragada e senti meu corpo relaxar, vi o pessoal chegando e parando em frente a cara e esperei todos chegarem.
Peguei meu celular e estranhei que não tinha nada da Ana, já estava começando a ficar tarde e sei que se falar onde estou ela vai surtar.
- estão todos aqui chefe – o de frente falou.
Olho pra cara dele tentando me lembrar do seu vulgo e nada vem na mente, olho pras pessoas na minha frente, muitos jovens e muitas mulheres estão ali no meio.
Ta na cara que eles fazer isso para ter o que comer em casa, e é por isso que eu faço questão do pagamento ser maneiro, mas tentar montar nas minhas costas é foda.
- espero que geral já esteja ciente do por que estou aqui, o carregamento esta atrasado a semanas e até onde eu sei o pagamento de vocês está em dia, e ninguém aqui gostaria de receber atrasado – falei alto o suficiente para que todos me ouvissem – espero que eu não tenha que vim aqui novamente por isso, quero um controle detalhado de tudo que é feito por dia em cada setor – olhei para o de frente e ele assentiu.
- quero mais agilidade nessa porra, se esse carregamento não chegar no rio amanhã vai ser todo mundo dispensado, inclusive tu – apontei para ele – e tu sabe bem que é daqui direto pra vala – voltei a olhar para todos.
Eu odiava usar esse meu lado, mas porra os cara tão pedindo.
-espero que eu fui claro, vai todo mundo trabalhar dobrado nessa porra hoje – falei por fim e me virei para o de frente falando apernas para ele – se amanhã a tarde essa porra não chegar lá é tua cabeça que vai rolar – dava pra ver o medo claro no olhar dele.
- sim senhor chefe – falou de cabeça abaixada.
Sai de lá e fui até a moto, antes de montar peguei o celular vendo que estava 2% e xinguei baixo, esqueci de carregar essa merda.
Desbloqueie para avisar pro meu pai que já estava voltando quando vi as milhares de ligações do Henrique, minha mãe, a Maria e meu pai, e por último chegou a mensagem do Henrique.HQ – Seu filho ta nascendo, cadê você?
Senti meu sangue gelar e meu corpo ficar pesado, preciso estar do lado da minha mulher.
Montei na moto e dei partida acelerando ao máximo, nesse momento pouco me importava se tivesse alguma blitz ou se eu levasse alguma multa, de longe ainda vi duas viaturas no acostamento da estrada e não parei, eu preciso estar lá.
Assim que passei por eles ouvi a sirene e vi a luz do giroflex ligado, eu sou um filho da puta mesmo em, depois de mais de 40 minutos cheguei na cidade ainda coma viatura atrás de mim, mas dessa vez com reforços.
Tinhas mais 2 carros e 4 motos da polícia juntos, pro morro eu não poderia voltar se não seria invasão na certa, me entregar nem é uma possibilidade.
- porra Cauã, pensa – falei comigo mesmo.
Eu preciso estar lá quando meu filho chegar.
«»§«»
Aiai, esse Cauã em.
Espero que gostem ♥️
VOCÊ ESTÁ LENDO
Invicto
FanficUm bônus de Não sou tão bom assim. (Não é preciso ler os 2 primeiros livros!) "Às vezes sou escroto, não nego Novo luminoso mas sem ego Cheio de mel, reluzente no flow Finalmente chegou o verdadeiro revel" O maior acerto na vida é assumir seu erro...