Capítulo 14

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Fui o resto do caminho levinho, hoje teria que acontecer alguma coisa muito pika pra me fazer ficar puto.

Essa diaba acaba comigo!!

Assim que peguei a estrada de terra pra chegar na fazendo Cauã me ligou, desliguei a música que ela tava ouvindo e atendi colocando no viva voz.

- fala seu puto - falei dando seta e parei na barreira.

Abri o vidro pros guardas me verem e liberaram a entrada.

- já chegou ?- perguntou.

- acabei de chegar, tive um imprevisto no caminho - expliquei e parei o carro perto de uma árvore.

- é esse imprevisto tinha buceta é?- fez graça e eu ri.

Se ele imaginasse a buceta que é.

- falando em buceta, aquela doida veio atrás de tu de novo- olhei de relance pra Maria e ela revirou o olho.

- só deixar na voz, quero saber de nada não - falei pra ver se ganho moral com minha nega de novo.

Ele desligou logo e a doida ficou bolada, nem a música ligou mais. Estacionei o carro na sombra de uma árvore grande a alguns metros da casa, fechei os vidros e liguei o ar me virando pra ela.

- preciso que tu fique aqui e não saia desse carro por nada - falei e ela nem me olhou - tá ouvindo Maria ?- fui grosso mermo.

- estou Boca - bufou cruzando os braços.

Isso que eu não tenho paciência nela, faço tudo pra agradar a princesa e qualquer coisinha que ela não gosta ela já ta virando a cara e ficando bicuda.

Desci do carro e bati a porta, quero que se foda também. Fui até a casa em passos rápidos e entrei vendo o cuzao sentado no sofá e uma menina que parecia ter 15 anos chupando a pica murcha dele.

- cabo a festinha - falei auto e ele levou um susto.

- qual foi Boca, pra que chegar assim po?- se fez e eu ri.

- bora filhão, tem sem paciência já - a menina se levantou arrumando a roupa e saiu voada.

Ele levantou e arrumou as calças, sai da casa indo em direção ao galpão que fica na parte de trás, entrei vendo a produção a todo vapor, o calor da porra que tava aqui dentro fazemos os cara ficar só de shorts e as mina de shorts e sutiã.

Ouvi passos e olhei pra trás vendo o Cabeção vindo coçando a cabeça, ele parou do meu lado e parecia nervoso pra porra, quem tem cu tem medo né.

- e por que dessa visita do nada - deu um sorriso falso.

- sabe Edmar, tamo gastando uma grana fudida em produtos para conseguir nosso ouro, cientista e os caralho pra vim aqui fazer o melhor - fui andando pelas mesas e os caldeirões.

O cheiro é insuportável e o olho chega arde, peguei um óculos e a máscara de proteção e ele sempre atrás de mim.

- eu tenho tudo anotado Boca, aqui ta tudo nos conformes- falou e apontou pra porta - vamos lá na minha sala - saiu na frente eu fui atrás.

Conferia a glock na minha cintura e segui ele até a casa principal. Seguimos pra sua sala e ele pegou o tal caderno me entregando, o nervosismo dele dava pra ver de longe.

Abri o caderno e vi as anotações e ri com o que vi.

- tu é bom demais no que faz, e foi por isso que foi escolhido- fechei o caderno jogando na mesa - mas tu esqueceu que existe gente mais inteligente que tu - cruzei os braços.

A porta abriu e um cara entrou meio afobado, nunca tinha visto ele por aqui, provavelmente vapor novo já que nem pra mim ele olhou.

- desculpa chefe, não sabia que tava com visita - falou coçando a nuca - só vim avisar que o carro com o carregamento já está pronto, tema que só acionar os compradores- falou e eu olhei pro Cabeção.

O mesmo olhava pro cara como se quisesse matar ele, mas pro azar dele quem vai de ralo hoje é outra pessoa.

- encomenda é?- dei ar de riso - encomenda essa não adivinha? Não ta na porra do caderno - ri de novo.

Em um movimento rápido ele tentou pegar a arma dele que tava na mesa e eu saquei a minha atirando na mão dele antes, o grito que ele deu quase me deixou surdo.

- tu leva ele lá pra fora pra mim - falei pro cara e ele veio sem retrucar.

Nem é louco né.

Sai atrás deles seguindo o rastro de sangue, o cara jogou ele na escada da varando fazendo ele cair igual merda, desci a escada e chutei a barriga gorda dele.

- vai falar ou não porra ?- gritei e ele não me respondeu.

Me abaixei e dei vários murros na cara dele, e me levantei esperando ele falar.

- eu precisava de grana mano, o que vocês me davam era muito pouco - falou cuspindo um dente e eu ri.

- 7 mil por semana pouco?- ri - o ruim do pobre é querer sempre mais sem correr atrás - dei uma bicuda na cara dele.

Pedi pro cara que descobri se chamar Beto pra ele ir atrás de uma corrente e ele voltou com a corrente e mais 3 caras, mandei amarrarem ele em uma árvore e dei 3 tiros no peito dele.

- vai ficar aí sangrando até morrer, serve de aprendizado pra quem ficar também - gritei pra quase todos os soldados que já estavam de plateia.

Voltei pra casa e fui até a cozinha lavando as mãos, tirei a maioria do sangue que tava em mim e tirei a camisa largando por lá mesmo, sai da cara dando de cara com o tal Beto.

- vou dar um voto de confiança pra tu, arruma 2 mano limpo pra levar o carregamento pro Vidgal, tu que vai ficar de olho aqui até eu arrumar alguém pra vim pra cá - falei e ele só foi assentindo.

- se vacilar já sabe - avisei e peguei a chave do carro no bolso.

- tranquilo patrão, vou dar meu melhor - falou e eu assenti saindo.

Abri a porta do carro e recebi um olhar assustado da Maria, tava tão puto com tudo que nem me lembrei que ela estava no carro olhando tudo.

- tá tranquilo? Quer ir no banheiro sei lá ?- perguntei e ela só negou.

Passamos o resto do caminho quietos e eu não fiz questão de puxar assunto nenhum, quando chegamos no morro parei na frente da casa dela e tranquei o carro antes dela descer sem falar nada.

- vamos conversar - falei e ela negou.

- não quero conversar, não quero mais com você - falou e eu olhei confuso.

- porra Maria, essa é minha vida cara - falei passando a mão no rosto.

- eu não quero fazer parte de tudo isso, quero paz na minha vida e ter você nela não vai ajudar nada nisso - falou e saiu do carro.

Também não fiz questão nenhuma, se ela quer paz é isso que ela vai ter.

«»§«»

Esse fim de semana fiquei mortinha com farofa, mas está aqui o cap.

Amanhã eu posto mais, Boca na mídia!!

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