Ana Laura 🧚🏽♀️
Olhei para ele sentado na poltrona ao lado da cama, seu olhar vazia encarando a parede branca mostrava o quanto ele esta confuso com tudo, não posso negar que eu também esteja mais do que confusa, mas não quero agir sem pensar.
- Cauã? – chamei e ele me olhou assustado.
- precisa de alguma coisa? – perguntou já em pé ao meu lado.
Olhei bem no seu rosto antes de falar alguma coisa, eu conheço ele desde que eu me entendo por gente e não tenho uma lembrança se quer que ele não esteja, seja ela feliz com ele ao meu lado feliz comigo ou eu triste e ele ao meu lado me consolando.-lembra quando eu te pedi pra me ensinar a andar de bicicleta? – perguntei e ele assentiu – eu morria de medo de cair e me machucar, mas eu sabia que se você estava comigo eu estava segura – ele assentiu e segurou na minha mão- dos meus 17 anos 10 anos eu fui apaixonada por você – confessei o que não era mais um segredo.
- eu quero que você me perdoe, eu estava com raiva mesmo de como você estava me tratando, mas nunca seria capas de esquecer de você e nosso filho dessa forma – beijou minha mão – vocês são tudo pra mim – sussurrou.
- boa noite – doutor falou entrando no quarto – pelos exames você e o bebe estão bem e já pode ir para casa, mas lembrando que nada de muito esforço e bastante repouso – falou e eu assenti.
Ele me deu alta e o Cauã me ajudar a me arrumar para irmos embora, meu pai deixou o carro aqui e foi de uber com a minha mãe e o Henrique, como eu estou sem celular e o do Cauã descarregou não avisei ninguém que já estava indo pra casa.
Passamos o caminho em um silencio confortável, ele parou o carro na frente da minha casa e me olhou querendo perguntar alguma coisa.
- pode perguntar - falei e ele assentiu.
- do que a entidade estava querendo falando quando disse que você teve piedade dela? - me olhou curioso.
- a umas semanas eu vi uma senhora andando aqui pelo morro com roupas rasgadas e suja, ofereci um banho e roupas da minha mãe, dei um prato de comida e um dinheiro para ela se alimentar por um tempo, e disse que sempre que ela precisasse poderia me procurar – falei me lembrando bem do dia.
Meu quase me matou por colocar uma desconhecida dentro de casa, mas eu tinha certeza que ela não me machucaria.
Ele só assentiu, saiu do carro e deu a volta pra me ajudar a descer, eu estava me sentindo perfeitamente bem e andando normal, mas não recusei a ajuda dele.
Entramos e estava meus pais conversando na sala e não nos viram chegar.- vai ser mais um bebe pra família então – eu pai falou e passou a mão na barriga da minha mãe que estava deitada no sofá com a cabeça no colo dele.
- mais um bebe? – perguntei e eles se assustaram.
- filha – minha mãe levantou e veio me abraçar.
- que bebe é esse mãe – perguntei quando nos separamos.
- sua mãe esta gravida -meu pai falou chegando por trás dela.
- vocês ainda transam? -perguntei fazendo uma careta.
A gargalhada do Cauã ecoou pela casa, minha mãe fechou a cara e meu pai rui também.
- achou mesmo que só você que transa aqui nessa casa – falou e eu meu pai fechou a cara.
- eu vou dormir que hoje foi um dia louco demais – falei me afastando deles e o Cauã me seguiu.
Cheguei no meu quarto e já fui tirando a roupa e fui pro banheiro, odeio ficar com roupa de hospital em casa. Tomei um banho bem demorado já que o cheiro de tudo que eu vomitei ainda estava impregnado em mim, de banho tomado e com um pijama confortável e quentinho já que estava frio eu voltei pro quarto escovando meu cabelo e vi o Cauã sentado na minha escrivaninha olhando pro teto e girando na cadeira.
- fala – disse me sentando.
- só queria pedir pra você não me afastar de vocês, sei que o que eu fiz foi muito grave, mas eu amo muito vocês dois – falou e eu assenti.
- nunca seria capaz de afastar você Cauã, mas não sei se vamos ser a mesma coisa de antes – falei e ele assentiu.
- você não pode dormir de cabelo molhado, vai ficar resfriada – falou se levantando.
Não respondi e ele foi até meu guarda-roupa e pegou o secador, ligou na tomada da cama e começou a secar pra mim fazendo uma caricia gostosa no meu coro cabeludo. Não sei a hora que acabei pegando no sono, mas sei que acordei com ele me arrumando na cama, ele se abaixou até a altura da minha barriga e falou.
- perdoa o papai filho, prometo nunca mais ficar longe de vocês – beijou a minha barriga e me cobriu.
Ouvi a porta do quarto fechar, passei a mão n cabelo e vi que estava seco e sorri, me aconcheguei e peguei no sono de novo.
Acordei com a minha mãe me gritando do corredor, gritei de volta que já estava indo. Levantei e vi que meu cabelo estava parecendo uma juba, prendi ele em um coque e calcei meu chinelo, meu celular estava carregando, peguei ele vendo que tinha mensagem do Alex, da Maria e do Cauã de mais importante.
- bom dia - falei entrando na coxinha.
- bom dia filha – meus pais falaram juntos.
Me sentei come eles na mesa e peguei um pão de queijo e passei requeijão.
- agora me contem direito essa história de gravidez – falei de boca cheia mesmo.- ta bom mamãe – minha mãe debochou – passei mal sem noticias sua ontem, quando me socorreram descobriram que eu estou gravida de 3 meses já – falou e eu arregalei os olhos.
- mas você não percebeu nada? -ela negou e eu lembrei que o remédio que ela toma deixa a menstruação dela desregulada.
- tomara que seja um menino, pra brincar com o sobrinho dele – sorri passando a mão na barriga também.
- a chave -meu pai estendeu a mão.
- chave do que ? – olhei confusa.
- da casa – minha mãe falou.
- como assim, claro que não, não eu vou me mudar – falei negando com a cabeça.
- filha, achamos melhor você ficar aqui, e se Deus nos livre acontece alguma coisa com você e você esteja lá sozinha – ela falou e eu neguei.
- não vou estar sozinha, o Alex vai estar comigo – argumentei – fora que a Maria não vai sair de lá também e se o Cauã voltar a ser como antes também não – me levantei.
- filha, tenta entender a gente – meu pai falou.
Eu entendia o lado deles, mas eu apenas não queria ser um peso pros dois, deixei essa conversa apara depois e fui me trocar para ir ao terreiro, tomei um banho sem molhar o cabelo já que ia ficar com o coque mesmo, coloquei a roupa branca e desci para a sala, cheguei lá e minha mãe estava com uma roupa parecida.
Vamos?- só assenti e fomos para a garagem.
Fui o caminho todo sem falar nada e logo chegamos no terreiro, eu me lembro daqui de quando era pequena, eu só espero que tudo se resolva logo.
«»§«»
Votem e comentem bastante ♥️
VOCÊ ESTÁ LENDO
Invicto
FanfictionUm bônus de Não sou tão bom assim. (Não é preciso ler os 2 primeiros livros!) "Às vezes sou escroto, não nego Novo luminoso mas sem ego Cheio de mel, reluzente no flow Finalmente chegou o verdadeiro revel" O maior acerto na vida é assumir seu erro...