A irmã

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Pov Rudolph

Faz 3 messes que eu beijei o Tony, mas já esquecemos daquilo, bom...
Pelo menos ele diz que já.

Eu não consigo esquecer, os lábios dele tinham gosto de mel, mas o mel mais doce que posso imaginar.
Tão lindo, tão irresistível, tão viciante.

Tenho tentado achar brechas para recriar o momento do beijo, a adrenalina, o coração acelerado, meu rosto pegando fogo, quero isso de novo, era como um turbilhão de borboletas no meu estômago de uma vez só.

Mas esses dias ele tem me evitado um pouquinho, desde que minha irmã entrou no meio da nossa "amizade".

T: Oi Rudolph, turu bão?

R: claro estou muito b-

A: TONYZINHOOOO.

Ela diz pulando em cima dele...

Fala sério que garota atirada.

T: O-oi Anna, você está bem?

A: Agora que você chegou sim.

O pior é que eles são da mesma sala e em casa ela deixa isso bem claro, até demais.

Tony quase perde o equilíbrio mas consegue tirá-la de perto dele, ele vem para mim e me dá um abraço.

T: tava fazendo o que azulado?

Ele me chama assim as vezes. Minha irmã me observa com uma cara de ódio mas não me importo.

Pego nas mãos dele e o levo até a aula dele, minha irmã corre atrás de nós sem muito esforço.

R: te levando para a aula não tá vendo?

T: besta.

Ele diz ainda um pouco tonto da correria.
Antes que ele entre na sala o observo com atenção examinando cada detalhe do seu rosto, tão lindo e perfeito.

Pov Tony

A expressão de Rudolph é pensativa, observo suas presas se escondendo dentro de sua boca azulada, chega a ser fofinho, seus lábios tão macios que poderia beijá-lo de novo.

Eu Sei que disse a ele que eu nem ligava mais para o beijo que já tinha esquecido mas...

É muito perfeito e tão...viciante.

A Anna pula em cima de mim, de novo.

Aff.

A: vamos Tonyzinho.

Eu odiei esse apelido do fundo do meu coração.

T: Anna já falei para não me chamar assim.

Mas em uma coisa ela estava certa, tínhamos que ir para a aula.
Percebo que Rudolph ainda não soltou minha mão, eu não queria que ele soltasse, mas precisava.

T: cara eu preciso ir.

Ele faz uma expressão vazia e me encara com os olhos profundos cor preta. Tão escuro mas tudo tão claro ao mesmo tempo, muito confuso.

R: ok...

Ele solta minha mão e vou entrando na sala.

T: até o recreio.

R: intervalo.

T: h-o-r-a d-o l-n-c-h-i-n-h-o.

A porta se fecha mas consigo ver ele fazendo uma careta em segundos.

Um amor impossível  (rudony)Onde histórias criam vida. Descubra agora