Semana complicada

54 5 3
                                    

Pov. Tony

Segunda

Acordo com meu despertador, o som repugnante daquela música irritante não me animam em levantar, não sinto vontade nenhuma em ir a escola.

Respiro fundo observando o teto enquanto a música toca como um sinal para que eu comece a me arrumar para ir a escola, mas nada mais me leva a ir me arrumar.

Eu cheguei muito perto, eu fui longe demais, no fim eu sou só um filho da puta que não deveria ter mentido. Eu sabia que tinha algo errado e mesmo assim não fiz nada a respeito. Deveria ter contado a ele desde o início que eu nunca tinha feito metade de sua vida.

Não tinha porque acordar, então não acordei.

Terça

Acordei com o barulho do despertador novamente, ontem lembro de comer uma ou outra coisa que minha mãe me trouxe para que eu não passasse fome.

Minha mãe disse que uma amiga minha passou aqui, era Anna e ela me deu uma torta de frango de presente.

Eu não a comi e nem falei com Anna.

Não tinha quem me fizesse levantar, então não levantei.

Quarta

Meu estômago dói mas não sinto vontade de comer, tudo que entra em minha boca sai logo em seguida.

Hoje me forcei a ir a escola, mas pelo jeito Rudolph não foi por algum motivo. Ninguém me falou o porque.

Passei mal e voltei pra casa depois de duas horas.

Quinta

Hoje decidi que nada mais fazia sentido na minha vida e me forcei a comer um pedaço na torta de Anna. Infelizmente minha mãe não estava em casa e ela foi quem guardou a torta.

Vou ter que comer amanhã. Pedi para minha mãe deixa-la separada em cima da mesa.

Sexta

Acordei mais disposto hoje, mas ainda sim, abalado por tudo o que aconteceu, me levantei e desliguei o despertador, me preparando para um dia de descanso.

Pego uma muda de roupa e entro no banheiro, o frio lá fora e as nuvens no céu indicam que uma forte chuva está a caminho então escolho uma calça moletom confortável azul escuro, uma blusa de frio preta e dois pares de meias, um branco para ficar por baixo e o outro vermelho. Tiro meu pijama de dunets e o coloco para lavar entrando no chuveiro, olho meu corpo e me deprimo novamente.

Antes meu peitoral não era tão ressaltado ainda que fosse bem aparente, mas conforme estou emagrecendo ele está ficando cada vez mais marcado ainda que um pouco murcho.

Minhas bochechas se avermelham de vergonha e minha vontade é voltar a cama, mas me recordo que, se eu comer vou inchar novamente e serei menos recordado dessa parte de meu corpo.

Me lembro que ao menos Rudolph não ligava para ela, pelo contrário, ele gostava dela. Meu peito dói ao lembrar disso.

Ligo o registro e deixo as gotas d'água limparem minhas preocupações e dificuldades, tento me manter calmo e sereno diante de toda essa merda que me envolve.

Preciso comer.

Após o banho, coloco a roupa que separei e vou até a mesa de jantar esperando que a torta esteja lá como pedi na noite passada. A vejo pronta para ser cortada.

Um amor impossível  (rudony)Onde histórias criam vida. Descubra agora