(Jack Gilinsky.)
Acordo mas fico com preguiça de abrir os olhos. Parece que não. Provavelmente pela dor de cabeça que tenho.
Ia espreguiçar-me mas algo me impede. Sinto algo tocar nos meus pés e esforço-me para não gritar de susto.
Sento-me enquanto esfregava os olhos e os preparava para os abrir.
Sinto algo mexer-se ao meu lado e acabo por finalmente abrir os olhos e olhar.
Um corpo aconchegado aos lençóis dormia calmamente. O corpo de Bea.
Enfio a cabeça dentro dos lençóis, eu estou nu. Eu não acredito que não me lembro da possível melhor noite da minha vida. Deus, eu traí a Madison. Oh, foda-se ela.
Mas o pior de tudo é como é que vai ser quando ela acordar e como viemos aqui parar?
Volto a deitar o meu corpo e fico a pensar no quanto estúpido sou.
Eu amo-a mas não fui atrás dela enquanto tinha oportunidade. E ontem eu fui com a Madison em vez de a mandar passear por ter drogado a minha namorada. Ex-quase-namorada, erro meu.
Eu sou um idiota, cheguei a essa conclusão quando sai daquele quarto de hospital e a deixei sozinha, sem lutar por ela. Eu amo-a e tenho a certeza que ela sabe disso apesar de eu ser um idiota maior parte do tempo. Mas e ela, ama-me?
(Beatrice Dallas.)
Acordo com dor de cabeça e alguém a mexer-me no cabelo. Viro-me confusa e dou de caras com a pessoa que mais odeio - e amo. Afasto-me quase automaticamente e por consequência faço contacto com o chão e grunho em descontentamento.
- Merda, estas bem? - O rapaz espreita de olhos arregalados.
- Porque é que estou nua? E porque estas no meu quarto? E porque caralho me doí a cabeça? - grito frustrada apalpando o chão à procura de uma camisola. Assim que encontro uma visto-a sem sequer ver.
- Bea calma. - ele fala tentando tocar-me.
- Nem tentes. - afasto-me.
- Beatrice, eu não sei o que se passou mas tenho a certeza que não me arrependo. - ele diz com um pequeno sorriso.
Grunho um "idiota" e levanto-me indo à gaveta tirando roupa interior.
- Vai-te embora! desaparece. - grito apontando para a porta.
- Não enquanto não me ouvires. - cruza os braços e só agora reparo que ele esta nu.
- Veste-te idiota!
Ele apalpa o chão sem sair da cama e veste os boxers que encontra e levanta-se depois.
- Ouves-me?
- Não, sai.
Jack levanta-se e vai até a porta. E adivinham o que ele fez? Ele trancou aquela porra e põe a chave por cima do guarda fatos. E adivinham mais? Eu não tenho aqui a porra de uma cadeira.
- Agora vais ouvir-me até ao fim.
- Vira-te. - mando.
- O quê?
- Vira-te para eu me vestir.
(Jack Gilinsky.)
Respiro fundo antes de começar.
- Okay, bom. Eu sei que me deves odiar e tal e eu respeito apesar de odiar a ideia mais que tudo. E sei que sou um idiota, estúpido e tudo o que tu achas. Eu devia ter ficado naquele hospital a lutar por ti e não sair e embebedar-me para esquecer o quanto me doeu para caralho ouvir aquelas palavras da tua boca. Merda, doía mesmo. Eu pensava que finalmente tinha alguém ao meu lado ate ao fim mas parece que era mentira. Bastou uma cabra maluca para nos separar. E eu andei com aquela cabra maluca para te esquecer. Mas quando ela me deixava e eu ficava de novo sozinho chorava e pensava no quanto me doía estar longe de ti, estar com uma pessoa de quem eu não gostava. E doía ainda mais pensar que tu não gostavas de mim e não poder mandar-te mensagens estúpidas nem beijar-te ou abraçar-te. E depois ontem eu deixei-te ali depois de me dizeres que tinha sido a Madison a drogar-te. Eu não sei porque o fiz. Acho que não estava preparado para enfrentar-te apesar de o querer. Não sei se ainda sentes algo por mim apesar de achar que não por isso apenas desculpa-me. É tudo o que te peço e depois posso deixar-te em paz. - falo com voz de choro ainda de costas.
Bea põem a mão no meu ombro e eu viro-me recebendo logo um estalo.
- Isto é por seres estúpido e teres-me magoado com aquela cabra.
De seguida abraça-me fortemente mas por pouco tempo.
- Isto é por teres sofrido tanto quanto eu.
E por fim ela olha-me nos olhos.
- E isto vai ser porque eu te amo.
Ela junta os nossos lábios num beijo apaixonado. As saudades que eu tive. Levo as mãos ao deu rosto acariciando-o. Os nossos lábios acabam por se separar e as nossas testas ficam coladas enquanto Bea me limpava as lágrimas eu mantinha os olhos fechados.
- Eu amo-te tanto, Jack. - murmura e eu sorrio. - Mas eu não posso esquecer tudo e simplesmente entrar num conto de fadas.
- Nos podemos começar de novo ou...
- Eu não quero fingir que o que tivemos não aconteceu! Mas tu magoaste-me eu não posso esquecer isso. - interrompe-me.
- E tu não me magoaste? - grito. - Magoaste-me assim que disses-te que cada um ia para seu lado por causa de uma cabra infantil!
- Cabra infantil que tu comeste. - argumenta.
- Beatrice, se eu for embora agora não volto. - falo num tom serio e triste enquanto lágrimas corriam pelos nossos rostos.
(Beatrice Dallas.)
Eu sei que o magoei. Mas ele também o fez!
Eu não sei o que fazer.
Não quero esquecer o que tivemos e começar de novo.
Não quero deixá-lo ir.
Não quero velo sofrer.
Mas um verdadeiro amor sobrevive, certo?
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Text. › Jack Gilinsky
FanfictionOnde Jack Gilinsky e Beatrice Dallas demonstram o seu amor por mensagens. [Copiar uma simples ideia é considerado plágio. Vou denunciar se vir algo parecido. Respeitem os autores.]