Acordo sentindo o meu corpo cansado, e o Satori não me abraçava mais.
Me viro para trás e vejo ele dormindo com o gato deitado sobre os seus olhos.
Dou um sorriso e pego o meu celular, entrando no grupo do time.
Vejo todos dando bom dia e eu os cumprimento também.
Como foi ontem a noite? – Me refiro à saída deles junto a Akemi.
– Como foi? Foi a maior chatice sem você, gerente. A Akemi não parava de falar coisas do tipo "ai, gente, olha a minha foto em sei lá que lugar", a maior chatinha. – O Shirabu me respondeu.
– Nem fala disso que eu já sinto sono. Achei que a noite nunca fosse acabar. Espero que você esteja bem, gerente. – Em seguida, o Tsutomu disse.
Estou sim, obrigada pela preocupação. – Eu respondo bem humorada.
Nunca tinha notado, mas ficar sozinha com eles, nem que seja virtualmente, me deixa muito feliz.
Satori acorda e tira o gato de cima dos seus olhos.
Ele limpa o seu rosto que haviam pelos felinos e olha pra mim.
Um sorriso se forma em seus lábios e ele vem na minha direção.
– Você quer ir comigo pra minha casa? – Ele pergunta, colocando os braços em volta da minha cintura e a cabeça sobre a minha barriga.
Acaricio os seus cabelos e ele grunhe.
– Eu tenho que ir pra minha casa, Satori.
Ele me abraça mais forte e resmunga.
– É só um pouquinho... – Um beijo é desferido na minha pele.
Acabo sorrindo e concordo em ir com ele.
[•°●]
Quando chegamos na sua casa, pra minha surpresa, duas pessoas nos esperavam do lado de fora.
O meu pai e a Akemi.
– Pai... – Digo sem reação.
Ele encara o Satori e depois me olha, e Akemi ria atrás de suas costas.
– Sua tremenda vagabunda, como você pôde fazer uma coisa dessas!? – Ele fala comigo furioso.
Satori pega o meu pulso e me puxa um pouco para trás.
O meu pai, ao perceber, agarra o meu braço e me puxa para perto dele e para longe do Satori.
– Está tentando me desafiar, rapaz? Saiba que eu nunca vou deixar a minha filha namorar uma pessoa como você.
Lágrimas surgem nos meus olhos e, antes que eu pudesse perceber, elas escapam.
Os olhos do Satori brilhavam como se ele estivesse prestes a chorar também, e a sua expressão de tristeza era nítida.
Antes que pudéssemos falar alguma coisa, o meu pai me puxa com toda a força que tinha e me coloca dentro do seu carro.
Olho pro Satori pelo vidro e as lágrimas não paravam de escorrer pelo meu rosto, e as dele pareciam prestes a sair.
O carro começa a andar e eu resolvo não dizer nada pra não piorar a situação.
Quando chegamos em casa, vejo um caminhão com alguns móveis da minha casa dentro dele.
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Amar é admirar com o coração - Satori Tendō
FanfictionS/N, uma garota com um pai controlador e extremamente religioso. Com o sonho de jogar vôlei mas sendo proibida, porque, segundo o seu pai, esporte não é coisa de mulher. Por isso, ela se tornou gerente do time de vôlei da sua escola, Shiratorizawa...