7 - O pequeno gatinho

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Novamente, eu e o Tendō estávamos sozinhos pois todos os outros já tinham ido para suas casas.

– O que aconteceu? – Ele me pergunta.

– Hm?

– O Tsutomu, vocês ficaram para trás e ele estava chorando.

Sinto o meu rosto queimar levemente. Eu não percebi que o Tendō estava vendo.

– Mais alguém viu?

Ele olha pra mim por um tempo e não diz nada, me deixando preocupada.

– Tendō?

– O Wakatoshi.

Suspiro em alívio.

– Mas e então?

– Você é bem curioso, não? – Pergunto irônica e ele ri.

– Tsutomu disse que gosta de mim, mas eu tive que recusá-lo. – Digo, lembrando do seu rosto triste e me sinto mal.

– E por que recusou?

– Eu gosto de outra pessoa. – Coloco as mãos nos bolsos do meu casaco, pois eu estava congelando.

Tendō para de andar e olha nos meus olhos.

– Você não me respondeu ontem.

Olho nos olhos dele e mordo o meu lábio, sentindo um nervosismo de invadir.

– Você- – Antes que ele pudesse terminar de perguntar se eu gostava dele, eu assinto com a cabeça e sinto todo o meu corpo ficar quente, apesar do clima frio.

Os olhos do Tendō brilham e um sorriso alegre se forma em seu rosto levemente corado.

– Você jura? De verdade mesmo!? – Ele puxa as minhas mãos dos bolsos do meu casaco, me permitindo sentir o seu calor.

Assinto várias vezes com a cabeça, sorrindo pra ele. Vê-lo feliz me deixava contente também.

– Ah, nossa, que legal! – Ele puxa as minhas mãos, me fazendo ficar perto dele, e envolve os seus braços ao redor do meu corpo, me abraçando com força.

Abraço ele de volta, fechado os meus olhos. Ele me apertava tanto que eu quase ficava sem ar.

– Eu estou muito feliz. – Ele diz, apoiando o queixo no topo da minha cabeça.

– Eu gosto muito de você, Tendō. – Abro os meus olhos, sentindo todo aquele sentimento transbordar.

– Eu também gosto. – Ele se afasta minimamente de mim para beijar a minha testa, antes de me abraçar de novo.

Eu poderia ficar assim com ele o dia inteiro, mas aí lembrei que estávamos na rua.

– Tendō, Tendō, para. – Peço, me afastando. Quando olhei em volta, pessoas nos observavam.

Ele sorri e afaga a minha cabeça.

– Quer andar um pouco? Ainda está cedo. – Ele me pergunta e eu aceito.

Andamos pela praça. Estava quase tudo branquinho por causa da neve.

Enquanto eu andava sobre a neve, o meu pé obviamente afundava, e eu senti algo o agarrar.

Paro de andar, olhando para baixo.

– O que foi? – Tendō me pergunta sem entender.

Me agacho na neve e desenterro meu pé, e, enquanto eu retirava a neve, o que quer que seja que estava ali em baixo brincava com as minhas mãos.

Quando retirei toda a neve, um pequeno gatinho rolava no chão, mordendo os meus dedos.

– Ah Deus, que coisinha preciosa! – Pego o gatinho nos braços.

Amar é admirar com o coração - Satori TendōOnde histórias criam vida. Descubra agora