6 - Eu gosto muito de você

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Acordei sentindo o frio vindo lá de fora, e o meu humor por incrível que pareça estava ótimo.

Descobrir que o Tendō gosta de mim não só como amiga me deixou muito feliz. Ele é uma pessoa incrível.

A única parte ruim da noite de ontem foi que eu levei um esporro daqueles do meu pai por ter chegado muito tarde em casa.

Levanto da minha cama e imediatamente vou olhar pela janela. Havia neve e alguns flocos caíam do céu, fora o frio que se fazia presente.

Saio do meu quarto e vejo o meu pai junto a minha mãe tomando café no primeiro andar, mas antes de descer eu vou ao banheiro com o celular na mão.

Escovo os dentes e me sento no vaso para fazer xixi, e enquanto isso comecei a mexer no meu celular.

Algumas mensagens do grupo do clube de vôlei da Shiratorizawa chegam.

– Ei, pessoal, o que acham de tomarmos café na cafeteria nova que abriu? – Goshiki pergunta.

– Fala sério, são 07:50, não vou sair nesse frio. – Shirabu reclama.

– Por mim tudo bem. – Ushijima concorda.

Gerente, você já está acordada? Se sim, você vai com a gente? – Goshiki me pergunta e eu digo que sim.

Trocamos mais algumas mensagens e mais garotos apareceram. Tendō, Semi e Kawanishi.

Tendō e Semi aceitam, já Kawanishi diz que irá dormir, e o restante do time não nos responde, provavelmente estão dormindo.

Ao todo, iremos eu, Tendō, Ushijima, Goshiki, Semi e talvez o Shirabu, já que ele não disse nada se vai ou não.

Ficamos conversando sobre como tudo iria acontecer, e só depois de muito tempo eu percebo que estou a trinta minutos sentada no vaso sanitário.

Saio do banheiro e desço para a cozinha.

– Bom dia. – A minha mãe me cumprimenta gentilmente.

O meu pai não diz nada e apenas me olha com desprezo.

– Eu queria saber se-

– Não. – O meu pai nega o pedido que eu ainda nem tinha feito.

– Mas-

– Ainda são oito da manhã. – Ele continua.

– O senhor nem sabe o que eu ia pedir!

– Provavelmente para ficar com aqueles moleques do clube de vôlei.

– Q-Querido, são os amiguinhos dela. – Minha mãe tenta acalmar a situação.

– Amigos, amigos. Aonde já se viu uma moça andar com um bando de vagabundos.

– Eles não- – Paro de falar assim que percebo o olhar do meu pai.

– Você anda muito desobediente. Chega tarde em casa e fica o dia todo fora. A sua mãe faz tudo sozinha enquanto você fica vagabundeando por aí.

– Não diga isso. – A minha mãe tenta me defender e o meu pai olha feio pra ela, fazendo-a abaixar a cabeça.

– Eu só queria sair com eles.

– E eu já disse que você não vai. Por que não sai com as suas amigas?

– Porque eu não tenho nenhuma, pai.

– Como se fosse difícil de arrumar. – Ele diz, mordendo um pedaço de pão.

Depois de suas palavras, eu subo de volta para o meu quarto.

Amar é admirar com o coração - Satori TendōOnde histórias criam vida. Descubra agora