9 - O amistoso 🔞

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Acordo, sentindo as minhas pernas doerem.

Abro os olhos e vejo o rosto sereno do Satori. Ele dormia tranquilamente enquanto tinha os seus braços ao redor do meu corpo.

Saio do seu abraço e pego o meu celular. Os garotos diziam que o treinador avisou que teríamos um amistoso contra um time feminino de vôlei em alguns dias.

Me sinto nervosa ao ler isso. Nunca aconteceu um jogo contra um time feminino, como será que vai ser?

Escuto Satori resmungar e, quando olho pra ele, suas mãos me procuravam no colchão, até que ele abre os olhos e me vê.

– Bom dia.

– Bom dia... S/N. – Ele me responde sonolento e bocejando.

Ele se levanta e se senta atrás de mim, me abraçando e quase dormindo sobre as minhas costas.

– O que você tá olhando aí? – Satori pergunta, deixando um beijo no meu ombro.

– Vocês irão fazer um amistoso contra um time feminino.

Ele resmunga – Feminino? – Satori me aperta mais forte e eu começo a sentir o seu peso sobre mim.

– Mas vai ser daqui uns dias. – Digo, me virando de frente pra ele, e me sento no seu colo.

Ele se deita na cama comigo sobre ele e me abraça. Abraço ele também e acabamos dormindo de novo.

[•°●]

Quando eu acordo novamente, já eram meio dia e eu ainda estava sobre o corpo do Satori. Ele permanecia dormindo.

Faço carinho no seu peito mas paro assim que me lembro que eu não estava na minha casa.

E eu deveria estar.

Me levanto rapidamente, fazendo Satori acordar assustado.

– Droga, droga, droga! – Pego as minhas roupas do chão e as visto.

Apesar de eu ter trago outras na mochila, elas não servirão de nada.

– O que foi? – Ele se senta na cama sem entender.

– Era pra mim estar em casa a muitas horas atrás, eu estou mortalmente encrencada! – Eu respondo desesperada enquanto vestia a minha calça.

– Ah, meu Deus! Você quer que eu te leve até a sua casa? – Satori me pergunta, se levantando da cama tão desesperado quanto eu.

Olho pro seu corpo nu e acabo corando.

– Não precisa! – Saio do seu quarto rapidamente com a minha mochila nas costas.

[•°●]

Quando chego na minha casa, vejo o meu pai e a minha mãe sentados no sofá.

– Muito espertinha. – O meu pai diz e eu sinto o meu corpo gelar – Você saiu escondida no meio da noite pra que? – Ele se levanta do sofá e vem até mim.

As palavras não querem sair e eu estava paralisada.

De repente, sinto o meu rosto queimar. Um tapa forte havia sido desferido no meu rosto e foi tão rápido que eu nem percebi.

– Vagabunda, você vai ter que aprender a se comportar.

Olho pra minha mãe que estava tão sem reação quanto eu.

– Desculpa... – Peço quase em um sussurro.

– Eu não escutei! – O meu pai grita comigo.

– Me desculpa! – Peço novamente, mas em alto tom, e as lágrimas rolam pelas minhas bochechas.

Amar é admirar com o coração - Satori TendōOnde histórias criam vida. Descubra agora