Prólogo

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  Imagine você dormindo profundamente na sua cama, macia, quentinha e muito aconchegante. Mas de repente... Me entregue a sua alma, feche os olhos e deixe a sua alma sair do seu corpo. Sente- se nesta cadeira que preparei pra você.

Dark senta na cadeira e logo fecha os olhos.

— Isso!! Muito bem Dark. És um bom garoto.

— Quem é você? Me conhece?

— Calma!! Eu só preciso que você pense um pouco. Não gosta de pensar?

— De vez em quando é bom, mas gosto de pensar quando realmente é necessário.

— Mas, aqui você tem que pensar para me fazer ir embora de uma vez da sua vida.

— Você não está na minha vida!! Eu nem sei quem você é e muito menos o seu nome. Mas espera aí, como sabe o meu?

— Hora Dark! O meu nome é Charlie Davis. Estou aqui para te fazer uma pessoa melhor. Sei o seu nome porque te sigo desde 1993. Não foi o ano que você nasceu?

— Sim! Mas como você sabe? Que macumba é essa?

— É uma longa história. Mas prometo que te contarei tudo. Agora preciso da sua atenção. Me perdoe por não ter me apresentado antes. Sou grato por ter aceitado o meu convite. Você não vai se arrepender de pensar. Eu prometo! Já posso começar a contar?

— Ainda não! Eu preciso saber do que se trata. Ainda não confio em você.

— Tudo bem! Vou te contar. O meu filho Arte desapareceu. Ninguém mais o viu desde o dia em que saiu da escola. Ele é um garoto muito inteligente e quando o levaram não deixaram rastros, exceto...

— Exceto? Anda, fala logo.

— Perdão! Um celular. O celular do meu filho.

— Um celular? Por que alguém levaria o seu filho e deixaria um celular? Que estranho!

— Eu também não sei. Nem imagino. Preciso que me ajude a descobrir onde foi parar Arte. Isso está tirando os meus sonos. O meu filho é tão inocente. Ele pode estar nas mãos de bandidos bem perigosos. Eu não sei o que fazer!

— Eu? Por que eu? O que tenho haver com isso? Sinto muito pelo seu filho Charlie, mas não vou poder te ajudar. Eu não sei lutar! Não consigo matar uma mosca e sou totalmente contra a qualquer tipo de violência. Como quer que eu te ajude? Enlouqueceu?

— Eu ainda não enlouqueci. Achei que você pudesse me ajudar a descobrir onde ele está ou o que aconteceu. Não precisaremos de violência, apenas manter a calma e pensar.

— Faço minha as suas palavras. Mas eu não conheço Arte e nem faço ideia de onde ele foi parar. Pode me contar mais sobre o tal celular?

— É claro! Como foi a única coisa que restou, eu comecei a investigar por conta própria e, achei várias coisas suspeitas no bloco de notas.

— Por que você não acionou a polícia? Já procurou em outras cidades? Por que não expõe cartazes da foto dele pelas ruas de Salvador? Era pra você ter ido até as rádios e jornais.

— Eu já fui. A polícia ainda não tem informações sobre o caso. Nós já procuramos pela cidade inteira e regiões metropolitanas. A polícia não encontra nada. Também fui na praça da piedade participar do quadro de desaparecidos do Bahia meio dia. A Polinter ainda não recebeu nenhuma denúncia. Infelizmente ninguém tem notícias do meu filho. Mas eu vou ler pra você tudo o que encontrei salvo no bloco de notas. Mas preciso que preste bem atenção em cada palavra ou símbolo que vou pronunciar tá?

— Tudo bem! Pode começar Charlie.

— Você me chamou de Charlie?

— Sim! Chamei. Não é o seu nome?

— Não! Eu sou a sua mente!

— O quê? A minha mente? Que brincadeira é essa? Me tira daqui! Alguém me ajude! Cadê o homem que pediu para eu sentar nesta cadeira? Ai, não estou conseguindo me mexer. O que está acontecendo comigo?

— Os seus momentos estão prestes a desaparecerem, assim como a sua alma. Quer saber realmente quem eu sou? Depois eu te conto! Ha, ha, há...

Dark se encontra desacordado, parece que a sua alma foi devorada e o seu espírito agora se encontra no mar desconhecido, tão profundo e tão "misterioso" quanto o seu próprio nome.

(Gostaram da Prólogo? Então... Votem e comentem!!) :D  

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