10. 𝑇𝑒𝑛

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Noé On:

Ingênuo? Eu... estou enganado sobre isso? Tudo bem que eu nunca tive um amigo antes mas... eu era tão ruim assim?!

Aposto que esse fedelho só tá zoando com a minha cara de novo, e aquele negócio de ir embora e outras coisas foi só um drama dele.

– Como assim ingênuo? – falo sem paciência nenhuma

– Você não consegue nem separar sentimentos de amizade e amor – Vanitas me responde quase sem ar por ter ficado rindo o tempo todo

– A... amor?

– É. – fala já de uma maneira mais calma – O que você acha que esses sentimentos significam?

Olho incrédulo para ele. Tudo bem piadinha de duplo sentido e afins... mas ficar tirando graça dos sentimentos dos outros é demais.

– Você não precisa ficar fazendo graça com isso! Eu tava preocupado com você e é assim que me agradece?!

– Não tô rindo dos seus sentimentos, Noézinho. Só acho graça de como você é lerdo pra perceber algo tão óbvio. – ele fala dando um leve riso

– COMO ASSIM ÓBVIO?!

– Nossa. Não precisa cuspir em mim. Que nojo, pensei que burguês não fazia isso.

– Para de falar merda! E me explica isso logo!

– Ok, ok – ele fala logo dando um longo suspiro – O que o seu coração sente quendo você me vê?

– EU JÁ TE DISSE, SEU BESTALHÃO!!! Mas eu não sei explicar muito bem... – fala coçando a cabeça com o olhar para cima

– Você é realmente idiota – diz dando uma risada

– E-ei, essa fala é minha!

– Desculpa, desculpa... – fala tentando conter os risos – Mas em matéria de amor você reprovaria.

– Ok que eu pareço mesmo um idiota sobre isso... mas você não precisa agir assim...

– Ok... me desculpa de verdade. – Vanitas parecia hesitante antes de continuar sua fala – Mas acho que sei como posso te ajudar...

– Hã?!

– Só me prometa que não vai ficar bravo...

Vanitas se aproxima de mim até ficar um pequeno espaço vago entre nós, ele começa a entrelaçar seus dedos da mão com os meus, levantando até a altura de seu ombro. Meu coração começa a bater mais rápido e sinto minhas bochechas esquentando aos poucos, devido ao ato repentino.

Era notório ver um certo nervosismo para o lado de Vanitas. Ele parecia bem repressivo e hesitante consigo mesmo sobre alguma coisa.

Vanitas, então, fica na ponta dos pé, quase  ficando a minha altura. Ele me olha de maneira calma e doce, dando um sorriso gentil. Segurando forte a minha mão.

Podia sentir seus dedos tremerem, de nervoso, provavelmente. Sinto sua respiração ansiosa. Ouço seus batimentos cardíacos. E vejo sua bochechas com um rubor, que o deixava lindo...

Enquanto o admirava, sem perceber, Vanitas começa a se aproximar e, ainda hesitante, toca seus lábios com os meus, em um leve e apaixonante beijo.

Quando me dou conta disso, todas minhas dúvidas haviam sido esclarecidas, e a parede que me impedia de saber os meus verdadeiros sentimentos por Vanitas, havia sido derruba.

Você me fez Sorrir | VanoéOnde histórias criam vida. Descubra agora