Tapeçaria do Barnabás

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Hermione tinha certeza que alguma coisa estava errada. Não que ela não se sentia atraente- o tempo foi bem generoso com ela- não precisava fingir que era uma garota desinteressante. Depois da guerra, o lado que ela antes deixava trancado foi exposto e a elevou a um nível de prazer e sensualidade desconhecido.

Havia sido alvo do interesse de muitos bruxas e bruxos, ainda mais com seu recente status de heroína de guerra, mas daí ser o centro do interesse do grupo de sonserinos mais popular de Hogwarts, era outra história. Esses pensamentos rondavam a sua cabeça enquanto ela relaxava no seu quarto no alojamento dos monitores.

— Você está sabendo que Amara Zabini vai dar uma palestra aqui em Hogwarts? — Ginny se ajeitou melhor na cama, o rosto apoiado nas mãos e os pezinhos balançando enquanto encarava Hermione.

— Amara Zabini? — perguntou.

— É, a mãe do Zabini.

— É por que ela daria uma palestra? — Hermione largou o livro que segurava e ajeitou-se melhor para prestar atenção em Ginny— o trabalho dela não é... sei lá, ser bonita? Casar?

— A palestra é para a aula de feitiços.  — Ginny deu os ombros — Ela é mestre em magia sem varinha. Inclusive ela dá aulas no departamento de aurores.

— Ah, você tem razão. Harry e Ron escreveram sobre ela.

— Harry escreveu sobre ela? — Ginny revirou os olhos e bufou, virando-se de barriga para cima. — Como se ela fosse sequer olhar para qualquer auror. O atual marido dela é o ministro da magia italiano.

— Ele é o que? O quarto?

— Sexto.  — Ginny corrigiu.

— Não sei porque eles continuam casando com ela, se todos acabam morrendo em seguida.  — Hermione não queria fazer fofoca, mas era o que diziam por aí.

— Esse é o verdadeiro significado de mulher fatal não é? — Ginny soltou um risinho, dando palco para a sua piada ruim.

— Não é muito estranho que até hoje ninguém nunca tenha feito nada a respeito dessa história?

— Não muito. — ela balançou os ombros— ninguém nunca investiga esses puristas muito bem. — Hermione deitou de costas ao lado de Ginny, suas bermas se enroscando— E tem toda aquela magia ancestral que ninguém mais conhece.

Hermione ficou terrivelmente interessada. Tirando as recém iniciadas aulas com Pansy, Hermione não tinha contato com as raízes bruxas, os antigos rituais... isso era tão incrível que sua cabeça rapidamente se encheu de ideias e teorias sobre o assunto.

— Será que eu posso ter uma audiência com ela?

— Até pode, mas duvido que ela vá poder te contar alguma coisa, Dean comentou que ela participa de um coven.

A garota se encolheu, os covens eram extremamente seletos e secretos, nem as autoridades bruxas realmente sabiam sobre os rituais e ritos realizados lá dentro, mas ela não podia simplesmente desistir, podia? Existia tanto conhecimento para ela explorar... Como ela poderia ser ministra da magia um dia, se sequer sabia desses pequenos segredos do mundo bruxo?

A não ser que ela pudesse tirar essa informação do único Zabini que ela conhecia. Se despediu de Ginny com um selinho rápido e marchou determinada a procurar Zabini.

Hermione não perdeu tempo e abordou Blaise Zabini quando ele saía do treino de quadribol. 

— Zabini?

— Srta Granger? — ele se apoiou na parede, as ombreiras puxando a camisa do uniforme, o suor acentuando os músculos do abdômen, ele ainda segurava o saco de equipamentos.

Vamos brincar, Granger? Onde histórias criam vida. Descubra agora