Na biblioteca se exercita a imaginação

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Theodore entrou no salão comunal da sonserina parecendo assombrado. Seus amigos estavam reunidos no lugar de sempre, lugar esse que foi quase responsável pela ideia de aposta em primeiro lugar.

— O que foi Theo? Seu pai finalmente descobriu que você é inútil?

— Vai se fuder, Draco.

— Eu estou me guardando para a Granger. — Draco deu uma piscadela para Theodore. Nott estava sem paciência naquele dia. Amuado e pensativo, na verdade. Ele realmente estava empenhado em conquistar Granger. Claro que a foda gratis lhe enchia os olhos, mas ele realmente gostava de estar com ela, seu cerebro inteligente e lingua afiada eram um deleite.

— O que foi Theo? — Pansy chamou a atenção fazendo-o soltar um suspiro desanimado.

— Granger descobriu tudo.

— Mas que porra? — Zabini arregalou os olhos.

— Você é idiota ou o que? — Draco disse ao mesmo tempo.

Eles já estavam quase em cima de Theo. Pansy achou melhor intervir.

— Tá, vamos lá...como isso aconteceu?

Theo passou as mãos nos cabelos, exasperado.

— Meu pai meio que descobriu sobre o contrato e veio até aqui me comer vivo.

— E como a Granger ficou sabendo da aposta? — ele deixou cair os ombros.

— Você sabe que ela sempre está em todos os lugares...— murmurou.

— E precisou ela te apertar um pouquinho para você abrir o bico, não é?

— Hermione é assustadora.

Ninguém discordou.

— Cara, como você consegue ser tão burro? — Theodore olhou-o com uma carranca feia.

— O que nós vamos fazer agora?

— Reconquistar a confiança dela, claro. — Disse Pansy. Draco deu risada.

— Nós nunca tivemos a confiança dela para começo de conversa.

Blaise deu um sorrisinho.

— Exatamente, não se quebra a confiança de alguém que nunca confiou. Ela provavelmente deve apenas estar se sentindo menos desejável...

Pansy pegou a linha de raciocínio de Blaise rapidamente.

— Claro, claro. Ela deve achar que só estivemos em cima dela por causa da aposta!

— Então devemos provar que ela está errada, não é?

Eles tinham razão, afinal, Hermione estava se sentindo indesejável. Toda aquela confiança recém adquirida se esvaiu rapidamente pelos seus dedos e ela sentiu-se de certa forma meio humilhada. O grupo Slytherin era o ápice da popularidade e beleza de Hogwarts e foi lisonjeiro ser o centro das atenções do grupo e pensar que ela era apenas o meio de uma brincadeira sexual, a deixou mal. Ela então focou no que lhe fazia bem, seus amados livros.

Quando Hermione chegou na biblioteca, sua amada mesa de estudos preferida, aquela que ficava perto o suficiente da janela para entrar um ar, mas não o suficiente para o vento bagunçar suas folhas e que batia um sol estratégico durante suas leituras da tarde, sua mesa perfeita estava sendo ocupada pelas pessoas que ela menos queria ver. Aliás, vê-los assim juntos encarando-a com falsa inocência, deixou-a meio sem rumo.

Então, Hermione fez o que toda pessoa corajosa faria, ergueu o queixo e deu meia volta agarrando seus livros junto ao peito.

Mas como nada é do jeito que programamos, Draco correu ao seu encontro interceptando seu caminho com toda a sua massa corporal forte.

Vamos brincar, Granger? Onde histórias criam vida. Descubra agora