Capítulo 36

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Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.

Pietro

Eu levantei da mesa morrendo de raiva de James. Eu tive que deixar minha sobremesa pra trás.
Assim que fechei a porta do escritório ele me deu um soco. Ele veio pra dar o segundo e eu segurei sua mão.

- Nem tente.

-Minha filha afoi pra Nápoles ver a amiga, e não vir parar aqui com você.

- Pode ter certeza que ela prefere está aqui.

- Qual o seu problema. E arrume uma cozinheira, minha filha não é sua empregada.

Eu olhei pra ele, vendo o quanto ele era fodido. O cara não conhecia a própria filha. Será que ele não viu o orgulho na voz dela, ao dizer que cozinhou.

- Ela faz o que ama. Nada além disso.

- Minha filha não vai casar com você.

- Ela vai. Daqui a um mês pra ser mais exato.

- Porque é tão obcecado por ela. Deixe minha filha em paz.

- Ela não vai a lugar nenhum. Ela dorme bem, ela sorri e é feliz aqui. O que mais você pode querer?

- Eu não me importo com seus argumentos. Ela não tem com que comparar isso aqui. Ela nunca viveu nada além disso e do convento.

- Ela esteve em Nova York.

- Ela estava grávida.

- O que está te incomodando tanto. Ela querer casar comigo, ou o fato dela não gostar do que você a oferece. Ela não pode ser compra James.

- Eu nunca tentei comprar minha filha.

- Não. Mais acha que pode comprar a felicidade pra ela. Você não pode.

- Vou conversar com ela, e se ela quiser ir embora, eu coloco um tiro em sua cabeça se tentar me impedir.

- Você é idiota que qualquer pessoa que eu conheço.

- Não tente me insultar Pietro. Eu tenho relevado muita coisa por Anaita.

- Cuidado com o que diz a ela. Não aceito ninguém a magoá-la.

- Está me ameaçando?

- Não. Isso é uma promessa.

Quando sai do escritório ela está com Miguel no colo. Ele já tinha tomado banho, e já estava de pijama.
Eu olhei pra ela, vestido rodado, cabelos solto e descalça. O pai dela esperava um salto e empregados dando até água na mão dela. Que bom que ela não era como ele queria.

Eu subi pra colocar meu filho pra dormir. E deixe meu anjo, aturando o pai dela. O cara era um babaca.

Ana

Assim que abri a porta do escritório eu chamei meu pai. O escritório era de Pietro, e estava cheio de papéis na mesa.

- Podemos conversar na biblioteca?

- Não como se eu fosse revirar as gavetas Princesa.

- Sei que não. Mas eu amo a biblioteca.

Ele levantou e me acompanhou. Assim que sentamos ele começou a falar.

- Quero que volte pra casa comigo.

A queda de um anjo.Onde histórias criam vida. Descubra agora