Capítulo 2 - Novo ambiente

837 97 8
                                    


Emmett estava dentro do avião junto com sua tia, cochilando enquanto partiam de Nova York onde ele tinha ido se encontrar com sua tia Rachel que o levaria para a casa do seu avô, e estavam chegando em Washington, no aeroporto de Forks, onde desceriam primeiro e pegariam um taxi até La Push.

Depois de descobrir a doença que o importunava, e começar a tomar os remédios, foi só então que Emmett sentiu sua energia baixar do seu jeito hiperativo que sempre teve, e sentiu o cansaço, a dor em seus ossos e articulações, e as constantes febres que iam e vinham sem aviso, drenando uma grande parte de sua força.

Seu corpo musculoso e atlético que ele tanto se orgulhava de ter treinado duro para forjar, estava secando, e ele só podia olhar com uma expressão triste todos os dias em que se encarava no espelho.

Mas a coisa mais dolorosa para ele foi se despedir de seus amigos que ele acompanhava desde a infância, sua namorada, sua escola, e todas as lembranças boas e más que ele criou em sua casa e na escola onde ele abriu seu caminho social para o mundo.

Mas ao lembrar do olhar em lágrimas de sua mãe e pai, e ouvir toda a história por trás da família de sua mãe, Emmett suspirou que seu estado tinha levado sua mãe a loucura, mas como um bom filho, ele não disse nada para discordar e apenas abraçou ambos e disse que os amava antes de ser levado pelo pai até sua tia em Princeton.

Agora o avião estava pousando em Forks, e com a resignação e aceitação de sua morte iminente, Emmett sentiu que conseguia apreciar mais a vida ao seu redor, e conseguia sentir as emoções das pessoas ao redor mais facilmente.

Ah, ele sempre teve um poder especial que nunca tinha dito a ninguém. Ele consegue controlar as emoções das pessoas ao seu redor e identificar o que elas sentem. Foi uma grande razão que ele era tão bom em fazer amigos, pois ele sentia qual das pessoas ao seu redor tinham alguma boa impressão dele ou não.

Sua maior tristeza que ele relembrava, foi a reação de sua ex-namorada. Mesmo que Emmett olhasse diretamente em seus olhos que mostravam uma expressão preocupada e chorosa, o que Emmett sentia vindo dela era medo, irritação, preocupação e uma pitada de nojo.

Isso quase o fez quebrar seu sorriso quando se despediu, e somente quando entrou em seu quarto em casa ele deixou as lágrimas da dor escorrerem.

Emmett sentiu o solavanco do avião pousando na pista, e pegando as malas do bagageiro acima de seu assento, ele e sua tia começaram a descer, e foram esperar suas malas.

Depois de pegarem, saíram do aeroporto, e Emmett respirou um ar frio, pois estava chovendo. Para um garoto de uma terra ensolarada como ele, viver perto de um chuveiro seria um pouco estranho, e pioraria suas febres, mas era o que devia ser feito.

Talvez ele pudesse morrer num lugar tranquilo em meio a natureza. Não seria tão ruim. Emmett não nutria esperanças numa magia tribal contada em lendas, mesmo que sua mãe e sua tia jurassem que era real.

Pegando um táxi, começaram a se dirigir para a cidade vizinha de Forks, La Push. Passaram na divisão, e Emmett cochilou no trajeto pois ele estava um pouco cansado da viagem por várias horas.

- Emmett querido, acorde. Chegamos na reserva. – Rachel com uma voz gentil e olhos preocupados acordou seu sobrinho enquanto verificava sua testa que estava febril. Suspirando, pegou a bolsa de remédios que sua irmã enviou com o filho, e olhando a receita médica em sua bolsa, pegou um comprimido, uma garrafa de água e depois de acordar o sobrinho entregou a ele que suspirou e tomou de forma apática.

- Uma floresta? Bem, talvez seja interessante conhecer minha origem. – Emmett sussurrou, mas Rachel entendeu. Ela percebeu que seu sobrinho não nutria nenhuma esperança de viver, e estava resignado com sua morte iminente e seu coração doeu de tristeza.

Crepúsculo: O chamado do loboOnde histórias criam vida. Descubra agora