9. Escombros

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Nox

Hoje faz três dias que acordei do coma, de alguma forma eu bati tão forte com minha cabeça no ocorrido a um ano que acabei precisando passar por uma serie de operações.
De acordo com os medicos, eu ter sobrevivido a tal trauma craniano é um milagre, a chance das cirurgias me salvar era de 0,8% apenas.

Bom mas não me importa se estou vivo por conta de um milagre, agora estou sozinho. A porra de um milagre não vai me ajudar em nada.

Doutora: parece bem hoje Noxie - a medica diz entrando no meu quarto.

Nox: me chame de Nox - digo colocando um sapato que aquele homem chamado Unta deixou para mim na visita a três dias.

Doutora: você pode estar recebendo alta, mas queria que continuasse a vir ao hospital para fazer exames simples... apenas para verificarmos se tudo esta bem com você.

Olho para a doutora e fito seu crachá, cujo o nome é Marta.

Nox: Olha Marta, assim que eu sair daqui... duvido muito que me verá outra vez - digo em tom seco.

Doutora: entendo - ela faz um semblante de decepção.

Nox: não quero ser rude, mas se veio apenas para me perguntar isso é melhor ir.

Doutora: bom, não vou tomar seu tempo... saiba que você está oficialmente de alta caro Nox - ela sorri.

Nox: Ok - digo terminando de me calçar.

Assim que a doutora sai do quarto, me levanto e por um segundo vejo pequenas faíscas roxas percorrerem meu corpo. Pisco lentamente e as faiscas somem, não entendo direito oque acabou de acontecer mas prefiro deixar isso de lado.

Ao sair do hospital a primeira coisa que faço é respirar fundo e olhar para o Céu, sentido o ar fresco e vendo os carros voadores passar por cima de mim, penso na única coisa que me mantem são desde que acordei.

Eu vou me vingar - penso com todo meu ser.

Começo a andar e a cada passo que dou me sinto, mais e mais vazio por dentro, esse sentimento ruim está comigo desde que acordei a dias atrás.

Vou rumo a onde ficava minha casa e ao chegar encontro apenas escombros, por um ano eles não mexeram em nada, a única coisa que fizeram foi tirar os corpos dos meus Pais.

Uma faixa amarela demilitava o acesso aos escombros, com toda certeza ela foi colocada aqui pela polícia, mas pelo jeito eles só prestaram para fazer isso, já que encontrar os culpados deve ser demais para eles.

Nox: a polícia dessa cidade não serve pra merda nenhuma - digo para mim mesmo cheio de raiva.

Atravesso a faixa e me ajoelho nos escombros, em minha mente via a casa como era antes e minha familia sorrindo. Um pensamento que eu queria com todas as minhas forças que fosse real.

Petro: sabia que cedo ou tarde iria aparecer aqui - a voz do garoto que a um ano era um novato na escola ecooa atrás de mim.

Nox: oque quer e oque exatamente faz aqui - digo em tom seco.

Petro: meu nome é Petro, creio que esteja lembrado... eu venho aqui desdo dia que sua casa foi destruída na esperança de te encontrar.

Nox: porquê ? - me levanto e me viro para ele.

Petro usava um conjunto de moletom e suas mãos estavam nós bolsos da calça.

Petro: porquê meus Pais adotivos morreram assim como os seus, estava no encalço do grupo chamado Ordenados... seu amigo Nicolas faz parte desse grupo e ele foi o responsável pelo que ocorreu aqui.

Nexus - Livro 3 - TesseractOnde histórias criam vida. Descubra agora