Hello Kitty

43 18 61
                                    

Eu trabalho em uma confeitaria, ela é toda em tons de rosa e branco, tem os bancos e desenhos da Hello Kitty, mesas redondas todas brancas, o bar do local era repleto de doces. Nós fazíamos bebidas e comidas personalizadas, o local tinha um cheiro bom de infância, aquele cheiro que aconchega fazendo a gente se sentir em casa, mais para dentro da pequena confeitaria tinha uma área vip para fazer festas de aniversário, tinha grandes mesas compridas e bancos rosados peludinhos e acolchoados em tons de rosa, lá tinha um palco com uma linda boneca da Hello Kitty que cantava para as crianças, o local tinha um cheiro de travessura e risos. Hoje irei trabalhar no turno da noite e irei ver as câmeras, pois terá uma festinha de criança e o segurança não vai poder vir hoje, sua filha estava doente. Quando adentro na confeitaria vou para os fundos do local onde ficava o depósito e a sala do segurança, queria tanto poder ver os risos das crianças, elas são tão levadas e cheias de energia, tão fofas com aqueles sorrisos sapecas, me vejo com um sorriso de lembrar a alegria delas, logo me sento na cadeira olhando as câmeras de forma entediada, logo vejo as primeiras crianças chegar, era aniversário de Mary Jane, nossa Mary era tão fofa, uma garota gentil sempre ajudava os outros, vejo seus amigos chegarem, logo a sala vai lotando e as mesas ficam cheias. Tantas crianças e seus pais estavam lá, menos os de Mary, eram ocupados demais para dar atenção a filha, ela estava tão triste até ver as luzes do palco se acender e a Hello Kitty começa, a cantar Mary sorria estonteante, a boneca cantava lindamente, depois da primeira música a luz acaba caindo, logo os gritos de agonia das crianças ecoavam pelo local, elas gritavam loucamente e choravam, só na sala das câmeras tinha energia, eu via tudo, as câmeras tinham visão noturna. A boneca tinha um sorriso macabro, dentes afiados arrancava a cabeça das crianças e comia elas, os pais também foram mortos de forma brutal, os gritos ecoavam pela linda confeitaria, a boneca matava todos sem dó, e eu? Eu fui acusada de matar todos e Mary foi a única que saiu viva. Eu admito que eu montei tudo aquilo nas câmeras para parecer que a boneca matou todos, sim eu matei todos com uma serra elétrica arrancando as cabeças, os matei sem dó, mas deixei Mary porque ela merecia viver... Eu fui condenada ao corredor da morte, mas, não me arrependo de nada, nem um detalhe, eu odiava aquele lugar, odiava aquelas crianças. Não entendo porque a mamãe Mary está assustada, só te contei como te deixei viver quando eu era outra pessoa, porque me importava com a mamãe, já meus avós nunca se importaram. Vou sempre estar com você Mary

Contos assombrososOnde histórias criam vida. Descubra agora