A Dança Macabra

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Era uma noite sombria, permeada por uma densa neblina que envolvia a pequena cidade de Frankenmuth. Uma lua cheia sinistra iluminava as ruas desertas, criando sombras alongadas que pareciam ganhar vida. O ar estava pesado, carregado com uma energia maligna, e a atmosfera sussurrava segredos sombrios.

No coração da cidade, havia um antigo teatro abandonado chamado Teatro do Esquecimento. Sua fachada decadente e janelas quebradas eram um testemunho de dias melhores. Diziam as lendas locais que o teatro era assombrado por uma maldição, e aqueles que ousavam entrar nele nunca mais eram vistos.

Nessa noite fatídica, cinco jovens curiosos decidiram desafiar o destino e explorar o Teatro do Esquecimento. Ignorando os avisos sombrios, adentraram no edifício em ruínas, trabalhando-se pelo corredor principal escuro. O ranger dos pisos de madeira ecoava ao seu redor, misturando-se com os murmúrios distantes.

Enquanto se aventuravam pelos camarins abandonados, um estranho cheiro de sombra preencheu o ar. Os corpos dos jovens se retesaram, mas sua curiosidade insana os impelia a continuar. Uma porta enferrujada se destacava na escuridão, exalando um odor nauseante. Eles hesitaram por um momento, mas, moveram-se pela adrenalina, forçaram a porta aberta.

O que se revelou diante deles era além de qualquer pesadelo que poderia ter imaginado. Uma sala cheia de cadáveres em divórcio, chafarizes por cordas do teto. Os rostos distorcidos e sem vida encaravam os intrusos, enquanto vermes e larvas se contorciam em seus corpos apodrecidos. A visão era tão horrenda que os jovens sentiram ânsias de vômito, lutando para controlar o pânico que os envolvia.

Enquanto tentavam fugir, uma melodia perturbadora ecoou pelo teatro. Era uma música sinistra, hipnótica, que parecia guiar os jovens para uma dança macabra. Incapazes de resistir, seus corpos perderam a se mover involuntariamente, seguindo o ritmo da melodia insana.

Seus passos desengonçados ecoavam pelo salão vazio, enquanto a dança se intensificava em um frenesi caótico. As luzes fracas do teatro se acenderam, revelando uma plateia de sombras sinistras, cujos olhos brilhavam com uma malícia inquietante. O som de risos cruéis se misturava à música, enlouquecendo ainda mais os jovens.

Enquanto dançavam, um a um, os corpos dos jovens experimentaram a se decompor, suas peles se desfazendo e seus ossos se quebrando. Os gritos de agonia e terror se fundiam com a melodia macabra, criando uma cacofonia horrível que preenchia o teatro.

Quando a música finalmente cessou, restava apenas o silêncio mortal. Os jovens não passaram de pilhas de ossos e carne putrefata, misturados no chão. O teatro retomou sua quietude macabra, como se engolisse suas vítimas em um ato de esquecimento.

A história de "A Dança Macabra" logo seguiu pela cidade de Frankenmuth, tornando-se um conto sombrio para aqueles que ouviram. O Teatro do Esquecimento caiu como um marco sinistro de horror, alertando a todos aqueles que se atrevessem a desafiar seus segredos sombrios. E a dança macabra continua, na escuridão, esperando por novas almas curiosas o suficiente para dançar até a morte.

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