O Hospital

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Era uma noite abandonada e chuvosa quando um jovem chamado Lucas se encontrou em uma pequena cidade desconhecida. Perdido e sem abrigo, ele decidiu procurar refúgio em um antigo hospital abandonado que encontrou no final da rua escura. As janelas estavam quebradas e as paredes estavam cobertas de musgo e teias de aranha, dando uma aparência sinistra ao local.

Lucas hesitou por um momento, sentindo um calafrio percorrer sua espinha, mas uma tempestade se intensificou e ele não teve escolha senão entrar no edifício decrépito. Assim que cruzou a porta, uma sensação de inquietação tomou conta dele. O silêncio parecia pesado, quebrado apenas pelo som de gotas pingando do teto e pelo vento uivando através das janelas vazias.

Enquanto Lucas caminhava pelos corredores sombrios, um cheiro podia permear o ar, misturado com o odor metálico de sangue seco. As paredes estavam manchadas de vermelho, como se o próprio edifício estivesse sangrando. A cada passo, ele sentia os olhos invisíveis o observando, o que o fazia se sentir cada vez mais apreensivo.

Seguindo um corredor estreito, Lucas se deparou com uma sala de cirurgia. Mesas cobertas de poeira, bisturis enferrujados e manchas escuras salpicadas pelo chão indicavam um passado sombrio. Mas o que chamou sua atenção foi uma maca no centro da sala, onde jazia um corpo em decomposição, com vermes rastejando sobre a carne putrefata.

Enquanto Lucas lutava para controlar seu próprio horror, ouviu um arrastar de pés vindo do andar de cima. O som parecia se aproximar rapidamente. Ele decidiu explorar o andar superior, sem saber o que poderia encontrar lá.

Subindo as escadas de madeira rangentes, cada degrau parecia um eco sinistro de sua presença. Ao chegar ao topo, Lucas se encontrou em um corredor escuro, iluminado apenas pela luz fraca de uma lâmpada oscilante. Os filhos estranhos continuaram, ecoando através das paredes e aumentando sua ansiedade.

Ao percorrer o corredor, Lucas passou por portas entreabertas que revelavam cenas de horror. Em um quarto, viu uma criança amarrada a uma cama, olhos vazios e um sorriso macabro no rosto, como se tivesse enlouquecido. Em outro quarto, havia uma enfermeira com um olhar vazio, segurando uma seringa cheia de um líquido desconhecido.

Lucas sentiu uma mão gelada tocando seu ombro. Ele se tornou rapidamente e ficou cara a cara com um médico pálido e esquelético. Seus olhos eram vazios e sua boca se curvava em um sorriso perturbador. O médico começou a sussurrar palavras ininteligíveis enquanto avançava em direção a Lucas.

Apavorado, Lucas correu pelo corredor, desesperado para escapar daquele pesadelo. As vozes se misturavam em sua mente, sussurrando segredos sombrios e promessas de dor eterna. Cada sala que passava revelava mais atrocidades, mais sofrimento e mais almas aprisionadas em tormento.

Finalmente, Lucas encontrou a saída do hospital. Ao atravessar as portas destruídas, ele se viu de volta à violenta tempestade. A chuva lavava a sujeira e o terror que o envolvia. Olhando para trás, viu o hospital em ruínas, sua presença maligna destacada contra o céu escuro.

Lucas sabia que aquele lugar não era apenas um hospital abandonado, mas um portal para o mal puro. Ele escapou por pouco de um destino horrível e prometeu a si mesmo que nunca contaria sua história para ninguém, com medo de que a maldição do hospital pudesse ser restrita.

E assim, o hospital como uma cicatriz na cidade, lembrando a todos que se aventuravam por ali que o mal pode se esconder onde menos se espera. Sua fama sinistra ecoava nas vozes daqueles que sabiam de sua existência, fazendo com que todos evitassem seus corredores assombrados e mantivessem a porta para o desconhecido bem fechado.

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