𝓜𝓮𝓾 𝓺𝓾𝓮𝓻𝓲𝓭𝓸 𝓗𝓮𝓵𝓮𝓵

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Flash back on

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19/09/1988

Era meu aniversário de sete anos eu estava tão feliz, mamãe tinha feito um lindo bolo e meu pai parecia inquieto com algo, talvez seja o fato de eu começar a falar de amigo imaginário, ele diz que eu não tenho mais idade para isso, que é coisa da minha cabeça e eu deveria me afastar dele.

Eu não entendo essa atitude do papai, ele ficou tão espantado quando eu falei o nome de Helel para ele, parecia até que ele tinha visto um fantasma.

Depois disso ele se afastou cada vez mais de mim e hoje nem me desejou parabéns, o Helel está tão bravo com ele, que não para de seguir o papai.

Helel disse que quando eu crescer vou ser feliz e ter uma linda família e que eu não vou me lembrar muito bem dele, mas que ele vai estar sempre comigo e nunca vai me deixar.

Disse que vai acompanhar meu filho e o proteger, eu fico tão feliz em saber disso.

22/05/2009

Eu tinha 27 anos quando meu pequeno nasceu, ele era saudável, muito forte e alegre era muito parecido com o pai, e a felicidade dele ao saber que era um menino foi tanta, ele só sabia dizer em como ele ia ensinar o filho sobre futebol e carros, essas coisas que ele gosta e que eu não entendo bem, minha família unida e tão lindo de ver.

19/09/2016

Hoje é meu aniversário eu detesto comemorar ele, mas meu marido insistiu tanto, e lá foi ele fazer a janta, enquanto eu brincava com nosso filho.

-Mamãe meu amigo disse que a gente tem que sair de casa que é perigoso

-Filho, a mamãe já disse não e nada de mais e só coisa da sua cabeça ta?-faz carinho no rosto do filho- eu te amo pequeno.

- Também te amo mamãe- fala sorrindo enquanto pega um quebra cabeça tentando montar sozinho.

Eu me levantei indo até o meu quarto no andar de cima, tava precisando de um bom banho, afinal hoje é especial meu marido vai fazer o nosso jantar.

Assim que piso o pé no banheiro, sinto um cheiro de queimado, eu acho estranho então coloco meu roupão e vou até a porta do quarto.

-AMOR TA TUDO BEM?- Eu grito para o mesmo e não recebo nem uma resposta.

Nesse momento o desespero invade meu coração e eu abro a porta do quarto de forma rápida, começando a descer as escadas o mais rápido possível, assim que chego lá vejo tudo em chamas.

Tinha fogo para todos os lado, eu começo a respirar de forma ofegante enquanto escuto os gritos do meu filho e do meu marido, eu não conseguia fazer nada meu corpo travou de desespero o 𝚙𝚊𝚗𝚒𝚌𝚘 era tudo que eu conseguia sentir, eu escutava os gritos ecoando longe, senti lágrimas escorrendo de meus olhos, escutava os batimentos do meu coração cada vez mais rápidos, a cada segundo que passava sentia o fogo mais perto de mim e os gritos do meu filho clamando por mim mais baixos.

𝙿𝚊𝚗𝚒𝚌𝚘 era o que me deixava paralisada, enquanto meu marido me chacoalhava com nosso filho morto nos braços e parte do seu corpo queimada, eu não conseguia responder, eu mal sabia respirar, estava tão apavorada com toda situação que não consegui fazer nada até ouvir um estrondo.

E o telhado da casa cai em cima do meu marido, o matando na hora e nesse momento eu acordo do transe, me afastando gritando em prantos, escuto outro estrondo uma viga de madeira da casa cai em cima de mim, de repente tudo fica preto.

Mas eu não morri, eu estava sentindo uma dor agoniante, sentia o meu sangue se esvaindo do meu corpo, eu cuspia o mesmo quase me engasgando com o líquido, tinha uma viga atravessando meu corpo, eu me pergunto por que não estou morta ainda? Quando abro os olhos vejo uma figura de terno sorrindo para mim, falando algo que eu não compreendia só me lembro dele falar que podia salvar minha família, com a condição de que a cada seis meses eu deveria ceifar uma família de um casal e um filho para ele.

Eu só precisava apertar a mão dele, e sem pensar duas vezes com o último resquício de forças que eu tinha, eu apertei a mão dele com força e estava selado logo tudo ficou preto.

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Flash back off

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"Tudo pela minha doce família viva e feliz"

Eu saio de casa com as coisas, afinal já tinha minha vítima seria a família Albuquerque, eu detesto ele vai ser até bom se livrar deles.

A primeira coisa que eu faço é cortar a luz da casa, nesse horário eles já estão dormindo, então com certa agilidade destranco a porta e adentro no local de fininho, logo ligo o gás da casa e subo o segundo andar, abrindo a porta do casal.

Vejo o senhor e a senhora Albuquerque, deitados dormindo juntos, hoje eu realmente não estou com saco para isso, então vou ser rápida.

Eu pego um bisturi e passo lentamente na garganta da mulher deitada, enquanto eu tampo a boca dela vai que ela tenta gritar, (não como se ela fosse conseguir) e logo repito no homem que está deitado, fico olhando os dois por uns minutos.

- Eu sou uma artista, que obra perfeita- Eu sorrio andando em direção ao quarto do bebê segurando o bisturi com um sorriso no rosto.

Abrindo o quarto do bebê vejo um homem, de terno, segurando a criança.

-Oi Helel...

O homem sorri olhando a criança e logo me olha com um sorriso, ele some com o bebê sem nem ao menos falar nada antes, e um filha da puta.

- Ele é nojento- resmungo andando para fora da casa, jogando um isqueiro dentro dela a vendo explodir- E lindo, o fogo é lindo.

Saio do local com um sorriso, talvez vocês possam me chamar de louca, mas a culpa não é minha, preciso deixar minha família viva.

Eu os amo acima de tudo... E Helel me mostrou como é bom matar pessoas alivia o estresse se e que me entendem. 

Contos assombrososOnde histórias criam vida. Descubra agora