O guarda roupa

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Oi gente, passando aqui para avisar que essa historia é baseada em fatos reais , então boa leitura a todos vocês.


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Olá, meu nome é Louise tenho entre meus 15 e 16 anos, sou meio baixa, tenho cabelos ruivos e sardas espalhadas por todo meu corpo, meus olhos são esverdeados com um tom caramelo perto da minha pupila, minha pele é sensível a luz do sol e uso óculos por dificuldades de enxergar. Moro com meus pais mas já trabalho enquanto estudo, sou o típico de garota que causa certa inveja nos outros por ser estudiosa e ser o orgulho da família, hoje irei contar um relato que aconteceu comigo no qual me assombra até hoje.


Era dia sete de agosto de dois mil e dez, eu tinha por volta dos meus quatro anos, era pequena e frágil, não tinha amigos só tinha meus pais que eram os únicos que eu tinha, eu geralmente ficava trancada em meu quarto lendo os livros e brincando de boneca, mas não gostava de ficar ali, pois me dava arrepios sempre, senti que algo constantemente me observava só que eu era filha única e meus pais costumavam a trabalhar a manhã inteira. Eu me lembro bem como era o meu quarto antes, ele tinha um papel de parede floral na parede onde ficava minha cama, era bem antigo tanto que a cor já desbotava de um lindo azul para um verde meio amarelado, minha cama era antiga tinha uma cabeceira de madeira que minha mãe ilustrava com óleo de Peroba, assim como o enorme guarda roupa de madeira que tinha maçanetas de bronze que lembravam aldravas, ele era todo detalhado com os pés redondos e a parte de cima com flores esculpidas, eles eram dos meus pais que ganharam em seu casamento, passaram a vida com ele e agora era meu, ele era realmente lindo e rústico combinava com meu quarto, mas me causava péssimas sensações.

Todo meu quarto tinha esse estilo medieval, parecia que você voltava no tempo ao entrar nele, em minha cômoda tinha um candelabro de seis velas era um bronze muito bonito, gostava de deixar as velas acesas, assim a noite me trazia tranquilidade, sem elas não conseguia dormir, acho que pelo fato de não conseguir dormir era horrível, eu constantemente via coisas em meu quarto, mas nunca falei aos meus pais nada disso.

Um dia antes do meu aniversário eu jurei ter visto algo no armário, nesse dia dormi no quarto dos meus pais com medo, mas logo tive que voltar pro meu, pois meus pais diziam que era coisa da minha imaginação e até poderia ser, se nada tivesse acontecido na noite do meu aniversário.

Eu estava em minha cama deitada de bruços lendo meu livro favorito que era contos noturnos, admito ter criado um certo medo de aranhas, mas ainda sim o lia, era bom demais para não o reler, enquanto eu lia as linhas e entrelinhas do livro, sinto alguém me observar chegando perto vagarosamente e um cheiro de enxofre fica pairando no ar, eu sentia a respiração no meu pescoço uma respiração quente, eu sentia calafrios percorrer minha espinha enquanto tomo coragem para olhar o que poderia estar tão perto de minha nuca.

Quando me viro eu solto um berro mudo, nada nem um som saia da minha garganta, a criatura era horrível era um homem alto deveria ter uns dois metros de altura, seu rosto era queimado, deformado, seus dentes pretos, seu hálito tinha o cheiro forte de enxofre que queimava minhas narinas, ele não tinha um braço, mas tinha uma foice em sua mão direita e ao seu lado tinha um cão negro de olhos vermelhos, um cheiro de carniça habitava nele, suas presas eram afiadas, ele babava muito, tinha uma pete das costelas parecendo, onde vermes caim de la e ele me encarava com ódio nos olhos assim como seu dono.

Eu gritava pedindo por socorro, mas nada saia, sentia um nó em minha garganta enquanto olhava o homem enquanto seu cão se aproximavam mais e mais, eu tentava correr, fugir, me esconder, mas de nada adiantava, meu corpo não me obedecia, o desespero tomava conta do meu corpo, eu queria vomitar e foi isso que aconteceu, a única coisa que consegui fazer foi vomitar, mas ali não tinha restos de comidas mas sim um líquido preto e viscoso com um cheiro horrível, nele larvas se mexiam, vendo essa cena eu só vomitei mais e mais, só que a única coisa que saiu foi mais desse líquido desconhecido por mim e mais desses vermes. Um pouco de sangue escorria de minha boca enquanto eu tento direcionar minha visão para os dois, a minha frente eu sinto algo gelado encostar em meu peito, e era a lâmina da foice, vejo ele rasgar lentamente meu peito com a ponta da foice, ele me rasga até minha barriga, eu sentia uma dor angustiante que me fez desmaiar.

No outro dia acordei no hospital, minha mãe disse que eu tive convulsões fortes e comecei a espumar pela boca, eu me perguntava se aquilo não passava de um sono, mas meu peito e minha barriga doía, mas não tinha nada ali, nem mesmo um arranhão, acabei recebendo alta no mesmo dia, quando havia chegado em casa tive um ato de desespero, peguei um machado e comecei a quebra o maldito guarda roupa, eu o quebrava chorando, gritando, chutava as peças quebradas, meus pais tentaram me impedir, mas meu ódio foi maior e eu o quebrei, finalmente o quebrei me sentia livre...

Meus pais pegaram as peças e colocaram no quintal, acabei reparando em uma coisa que não existia lá, era o desenho de uma xícara de café, ela nunca existiu ali e meus pais sabiam que não tinha sido eu, era muito alto para eu alcançar, eles começaram a acreditar que havia algo de errado com o guarda roupa, acabei passando um mês na calma, achei que tudo tinha acabado mas eu estava errada.

Em um dia de domingo, acordei cedo para ir a igreja, eu tava tomando café da manhã sentada na mesa e acabo olhando para a janela, onde dava para ver o quintal e os destroços do guarda roupa, vejo sombras saindo de lá de dentro e começando a se formar em minha frente, o mesmo homem e o mesmo cachorro de antes, no mesmo instante comecei a entrar em desespero, comecei a correr e senti uma mordida em minha perna, os dentes penetravam minha carne chegando a morder meus ossos, comecei a gritar e berrar, nada saia nem um som, tentei me arrastar pra longe, mas o cachorro me puxava para longe, me puxava para o homem que logo me decapitou. Eu acordei assustada, suando frio, tremendo, olhando ao redor, quando reparei estava dormindo em cima da mesa, eu me levantei e fui aos meus pais avisar o que aconteceu e no mesmo dia tiram os destroços de lá e tacaram fogo, hoje em dia ainda o vejo vagando por perto, sempre a espreita esperando a hora de eu baixar minha guarda e ele me puxar para o fogo do inferno...

Contos assombrososOnde histórias criam vida. Descubra agora