"Rosas tem espinho" e a minha novel mais famosa, a história de um duque frio que se apaixonou por uma escrava de guerra. Uma obra simplesmente perfeita porém por pressão da editora na segunda edição da novel eu tive que trocar a protagonista mudando...
Haveria algum significado para a vida restante? Eu receberei até a minha morte O seu olhar quente sufocante Eu ainda orbito ao seu redor e nada mudou
BTS - 134340 (Plutão)
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É difícil descrever em palavras o tamanho da dor que estou sentindo. Meu corpo todo dói em intensidade avassaladora, todo meu ser está implorando logo pela morte que parece nunca chegar.
Apesar de não estar sendo do modo que imaginei, na verdade quem imaginaria morrer depois de ser sequestrado por um grupo terrorista anti estrangeiro sendo espancado até a morte?! Eu apenas imaginei que seria algo como acidente de carro ou câncer no pulmão por conta dos cigarros, de qualquer forma eu nunca havia imaginado chegar a velhice.
As pessoas dizem que quando estamos por um triz de morrer vemos a vida passar diante dos olhos, contudo por ironia da vida tudo que está passando na minha cabeça e a novel que tive mais ódio em escrever, tenha sido pelo menos a minha primeira parte. Talvez passei tanta raiva com essa novel que ela foi meu último pensamento.
Mas estou indo sem arrependimentos, eu vivi da maneira que realmente desejei, eu estou pronta para aceitar isso como meu fim.
(...)
- Abra os olhos - uma voz suave sussurrou em meu ouvido.
Abri meus olhos lentamente para poder me acostumar com a claridade, piscando algumas vezes ainda confusa. Era uma jardim cheio de rosas e eu estava deitada no gramado, não havia mais ninguém além de mim, todavia uma pequena neblina cercava uma pessoa que agora caminhava em passos lentos e elegantes na minha direção.
Suas características eu poderia reconhecer em qualquer lugar, era Lee Yoon Mi, a minha personagem preferida da novel. Cabelos compridos longos e platinados e a pele pálida, o rosto com traços delicados e asiático, um olhar profundo e gélido.
- Finalmente te encontrei - ela falou me olhando diretamente nos olhos - estive esperando por você.
- Esperando por mim? - eu indaguei com a voz trêmula e confusa.
- Sim, tenho muito o que explicar, siga-me.
Não pensei duas vezes antes de me levantar e segui-la em direção a vasta neblina, no outro lado era um grande lago com uma ponte de madeira, o tempo nublado fazia tudo parecer cinza.
- O que você sente quando olha para mim?
- Um estranho sentimento de familiaridade - falei meio incerta de minhas próprias palavras.
- Compreensível. Existem múltiplos universos em realidades alternativas e poucas pessoas conseguem ter uma conectividade com o seu outro eu de uma dessas vastas realidades.
- Eu não sei se estou entendo, e realmente o que estou pensando?
- Isso nunca foi fruto da sua imaginação, nós compartilhamos a mesma alma. Olhe para o seu reflexo no lago.
