Quando um coração é eterno... pode ser restaurado depois de estar quebrado?
Tessa Cullen perdera duas vezes o amor da sua vida. Um para a morte, o outro para outra mulher. Dona de uma alma intensa, quebrara o seu coração ambas as vezes e numa delas...
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Ela lembrava-se de dançar nos braços dele. Recordava-se de ser um dia de cor e alegria, já que fora um dia onde se celebrara o amor do casal que se tornara seus pais. Carlisle e Esme eram um exemplo para todos eles, no amor um pelo outro, no amor pelos que salvavam, na coragem por manterem a sua bondade intacta num mundo onde a agressividade pode ser acionada por um gatilho tão simples como o batimento cardíaco de um humano.
Ela admirava-os e admirava-o a ele. Lembrava-se dos lábios dele beijarem os dela com gentileza, tão suaves, como se ele achasse que ela se fosse partir mesmo que ela fosse tão forte quanto ele. Lembrava-se de acordar ao seu lado, ver os raios de sol refletirem o ouro líquido dos seus olhos, os fios de cobre do seu cabelo. Lembrava-se de ouvi-lo tocar por horas a fio, nunca se cansando de o observar, tão belo quando a melodia o envolvia, as teclas do piano firmes sob os seus dedos.
Dobrou-se para a frente, incapaz de gerir a dor que sentia. Porque tinha de ser assim? Porque tinha de doer tanto? Se estivesse viva, estaria a lutar com a falta de ar, os pulmões comprimidos pela angústia, o coração batendo dolorosamente contra o peito. Ainda bem que não estava.
Continuou a caminhar pela floresta adentro, os sapatos afundando na terra húmida, a garganta seca e apertada. Precisava continuar. Precisava continuar e chegar a onde queria.
- Estás a passar os limites do teu território, sanguessuga. - ouviu uma voz rosnar.
Estava tão perdida que sequer notou o tom ameaçador. Ergueu os olhos, fitando o rapaz à sua frente com um misto de confusão e surpresa. Não o ouvira chegar. Não dera pela presença de outra pessoa que não ela.
- Estou? - perguntou, estupidamente.
O rapaz inclinou a cabeça, sem baixar a guarda.
- Este é território Quilleute. Não és bem-vinda aqui.
- Oh. Está bem. - baixou a cabeça, pestanejando - Mas eu preciso ir para a praia. E a praia está no território dos Quilleute.
- Foi o que foi estipulado.
- Eu não estipulei nada. Quando cheguei isso já está a decidido.
- Vai-te embora, sanguessuga.
- Desculpa mas eu não posso fazer isso. - acabou a cabeça, esboçando um sorriso pequeno - Preciso de ir à praia.
- Porquê?
- Porque... Porque...
Fechou os punhos, sentindo a enxurrada de emoções assolá-la.
- Porque eu deixei-o ir. - sussurrou, a voz embargada pela emoção - Eu deixei-o ir para ele estar com a mulher por quem se apaixonou. A mulher que... A mulher que não sou eu.