II - PANSY

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Ela segurou minha mão e eu a apertei antes de soltá-la. Não cambaleou enquanto saía do banco e se deslocava até a mesa.

— Parágrafo dois — eu disse.

Achei que talvez fosse necessária uma punição neste fim de semana; nosso primeiro “de volta a nossos papéis”. Vivemos as últimas semanas como amantes e, embora tenhamos desfrutado de nossa relação, faltava algo para as duas.

Entretanto, este fim de semana fundamental também seria o mais difícil. Castigá-la nunca foi meu ato preferido, mas me senti aliviada. Agora eu sabia que podia fazê-lo.

Jamais duvidei de que ela conseguiria lidar com isso. Olhei-a e me senti afundar ainda mais no estado mental necessário. Eu não fazia isso havia vários meses, mas fiquei surpresa em ver como me sentia confortável ao restabelecer a mim mesma. Como sempre, ela estivera certa: estávamos prontas.

Voltei meu foco para Hermione. Ela estava posicionada de costas, os braços ao lado do corpo, os joelhos dobrados e afastados. Uma descrição exata do parágrafo dois.

— Estou muito satisfeita que você tenha se lembrado — observei.

Embora ela não se mexesse nem reconhecesse minhas palavras de maneira alguma, eu sabia que meu elogio lhe servia de estímulo.

Meus olhos percorreram seu corpo. Apreendi a longa linha de seus braços e de suas pernas, o modo confiante com que ela se oferecia a mim.

Pura perfeição.

Coloquei as mãos em seus quadris e subi pelo tronco até os braços, capturando suas mãos e levando-as acima da cabeça. Nossos olhos se encontraram por um momento.

— Feche os olhos — eu disse a ela.

Dobrei seus cotovelos e a prendi na mesa. Passei os dedos pela barriga e pelos quadris, evitando tocar seu traseiro, e prendi seus tornozelos à mesa. A pele dela estava arrepiada. Quando terminei, me afastei.

Merda. O que a visão dela provocava em mim...

— Tire um minuto e sinta, Hermione. Sinta como você está exposta. — Os mamilos dela endureceram com minhas palavras. Excelente. — Como está vulnerável.

Deixei que o peso do que eu disse fosse apreendido, sabendo o quanto ela se sentiria indefesa na posição atual.

— Posso fazer com você o que eu quiser — falei, ainda sem tocar nela. Ainda deixando que somente minhas palavras a acariciassem e a excitassem. — E pretendo fazer muito mais.

Peguei uma almofada e a deslizei sobre sua bunda. Seu traseiro ainda estaria dolorido. Além disso, esta posição me dava um acesso melhor.

Pensei por um momento em lembrar que ela não podia chegar ao clímax antes que eu lhe desse permissão, mas achei melhor não falar. Ela precisava aprender. Eu tinha certeza de que ela se lembraria disso e, na eventualidade de que não se recordasse, isto faria parte do treinamento. Embora 13 golpes além dos oito que eu já tinha aplicado fossem encerrar o jogo.

— Tão bonita — murmurei.

Comecei por seu pescoço e fui descendo. Passando as mãos pelos ombros delicados, meus polegares roçaram a beira da coleira perto da cavidade da garganta. Afaguei seu corpo suavemente por alguns minutos, permitindo que ela se acostumasse com seu estado, amarrada e indefesa.

Permitindo que tivesse tempo de se concentrar em meu toque e em mim. Aos poucos, minhas mãos ficaram mais rudes, porém ela continuou em silêncio.

Posicionei-me entre suas pernas e passei o dedo por seus lábios escorregadios. Ela se assustou
um pouco, mas continuou parada e em silêncio.

O treinamento - Pansmione | Parte 3/3Onde histórias criam vida. Descubra agora