A reunião preparatória aconteceria em um centro comunitário no centro da cidade. Pansy disse que nem todos os convidados da festa estariam na reunião, que consistiria em uma espécie de palestra sobre um tema pré-determinado e eu assinaria uma papelada depois disso.
— Temos de nos proteger — disse ela, explicando os documentos. — Não se pode deixar que qualquer um compareça à festa.
Pensei em Ginny e que foi ela que me falou de Pansy. Que quebra enorme de protocolo isso deve ter sido.
— Também é bom que Ginevra não esteja mais em Nova York — disse ela, como se lesse meus pensamentos. — Eu detestaria ser aquela que seria obrigada a falar com ela. Em especial porque foi o escorregão dela que trouxe você a mim. — Seu tom e suas palavras me diziam que ela falava sério e que a confidencialidade era importante para ela.
Chegamos ao centro pouco antes das três horas. Pansy me levou para dentro do prédio, sua mão pousada de leve na parte inferior de minhas costas. Como sempre, seu toque me acalmou.
Embora animada, ainda estava um pouco nervosa. Com certeza ela sentia a empolgação pulsando e correndo por mim.Um homem de meia-idade esperava numa porta no final de um curto corredor. Cumprimentou Pansy calorosamente e assentiu para mim com um gesto de cabeça e um sorriso.
Gente normal do dia a dia, lembrei a mim mesma. Se eu conhecesse este homem no supermercado, não teria olhado duas vezes para ele. Ora essa, eu não olhei duas vezes para ele agora.
A sala tinha uma grande mesa de reuniões, com talvez 15 pessoas presentes. Meus olhos percorreram-na rapidamente. Parecia haver um número igual de homens e mulheres, embora nem todos parecessem formar pares.
É claro, eu disse a mim mesma, nem todos formam um casal. Um grupo de três mulheres estava no canto, conversando. Notei como uma delas, uma loura, olhou Pansy de cima a baixo. Ela parecia não perceber a presença dela, mas cumprimentou com um gesto de cabeça e sorriu para várias pessoas. Quase todos pareciam conhecê-la, mas ninguém falava diretamente conosco.
Ela puxou uma cadeira e gesticulou para que eu me sentasse. Foi só quando ela se acomodou meu lado que prestei um pouco mais de atenção à sala.
Sentado perto da cabeceira da mesa estava o segurança do escritório de Pansy — aquele que tinha estado lá no fim de semana de nossa encenação. Ele me viu olhando, piscou e abriu um leve sorriso.
Devo ter feito algum tipo de barulho, porque Pansy apertou com delicadeza meu joelho sob a mesa. Levantei os olhos e ela balançou a cabeça. Agora não, articulou com a boca, sem emitir
nenhum barulho.Mordi o interior da minha boca para não dizer nada, mas retribuí o sorriso e olhei para o sujeito novamente. Ele tinha cabelo preto meio comprido e maçãs do rosto angulosas. Recostava-se na cadeira, com os dedos tamborilando sobre o joelho, a cabeça assentindo como no ritmo de uma batida que só ele ouvia. Ninguém se sentou perto dele e notei que não usava uma coleira.
Dominador, concluí. Sem dúvida nenhuma, dominador.Sabendo o que ele era e ciente do que eu precisava em um relacionamento, olhei-o com mais atenção, tentando ver se eu sentia algum interesse por ele. Era bastante agradável de se olhar: tinha um corpo magro e musculoso e uma tatuagem escura fechando o braço direito. Além do tipo de apreciação que eu poderia sentir ao olhar uma bela obra de arte, não senti nada. Não houve faísca, nem desejo, nem atração pelo homem sentado à cabeceira da mesa.
Voltei a olhar Pansy, porém, e todo meu corpo reagiu. Minha pulsação se acelerou. Meu olhar baixou de seus olhos para sua boca e estremeci lembrando-me dela mais cedo. Somente ela afetava meu corpo e minha alma. Ninguém mais sequer chegava perto.
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O treinamento - Pansmione | Parte 3/3
FanficHistória BDSM +18. Não finalizada. Continuação das histórias de - A submissa - e - A Dominatrix. A doce bibliotecária Hermione Granger sempre teve uma vida sexual frustrada, mas tudo muda quando Pansy entra em sua vida. Com ela, sua dominatrix e m...