XXIII - PANSY

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Ela falou aquela única palavra, mestra, e ouvi a excitação nervosa em sua voz.

— Seguiu minhas instruções? — perguntei.

— Sim, mestra.

— Quero que você ligue o viva voz, coloque o telefone na cama e assuma sua posição de inspeção. Diga quando tiver terminado.

Do outro lado do telefone veio um leve farfalhar e a imaginei fazendo o que eu pedia.

— Estou pronta, mestra — disse ela.

— Obrigada, minha linda. Agora, diga o que eu veria, se estivesse aí.

Ouvi-a descrever seu corpo, detalhando sua posição e sua postura.

— Muito bem — eu disse quando ela terminou. — Posso ver você mentalmente e isso com certeza
é parte do que eu queria fazer. Porém, você acabou de passar muito tempo escrevendo sobre dois temas específicos. Com isto em mente, diga o que eu vejo.

O silêncio encheu o outro lado da linha enquanto ela pensava em minhas palavras, depois ouvi seu “ah” suave e sorri.

— O que eu vejo? — perguntei mais uma vez. — Comece por sua cabeça.

— A senhora não vê somente minha cabeça jogada para trás, mas também o significado por trás disso — disse ela, completamente excitada.

— E qual seria?

— Meu pescoço está exposto. Vulnerável. E eu o coloco como uma oferenda a senhora.

— Sim. E seu peito?

— Empinado — respondeu ela. — Mas é mais do que presentear a senhora com meus seios. Meu peito abriga meu coração e, nesta posição, meu coração também é vulnerável. — Ela falava com
orgulho. — Meu coração é um dos órgãos mais importantes do meu corpo, bem como o centro simbólico das minhas emoções. É quase como se eu lhe oferecesse minha vida. A senhora pode me magoar, mas confio que não o fará. Pode me ferir, mas sei que não faria isso.

A excitação dela e o prazer em me responder atingiram meu próprio centro simbólico.

— Você sabe o que isso faz comigo, o que significa para mim, ver você na minha frente, assim?

— Não, mestra — disse ela. — Mas tenho uma noção.

— Então, nós duas estamos fazendo progressos.

— Sim, mestra.

— Se eu estivesse com você, andaria até suas costas e falaria para você assumir a posição de espera. O que você faria com sua cabeça?

— Eu a abaixaria, mestra.

— Faça isso. Depois jogue o cabelo de lado para que o pescoço fique exposto a mim. Curve-se para a frente e sinta minha respiração roçando a pele delicada que cobre sua coluna.

Ela puxou o ar, trêmula.

— Meus lábios acompanham o rastro da minha respiração — continuei. — Roço levemente seu ombro direito. Estou passando a mão pelo esquerdo, acompanhando sua bela estrutura óssea com a ponta dos dedos.

Ela suspirou.

— Sinto você estremecer. Sua reação me deixa mais molhada. — Toquei a mim mesma, mas apenas de leve. Tínhamos de continuar. — Seja minhas mãos percorrendo seu corpo. Elas pegam seus seios gentilmente e sinto seu coração bater. Está disparado. Passo os polegares em seus mamilos e eles endurecem. Você está ficando
excitada, não é, Hermione?

— Sim, mestra.

— Sente seu coração?

— Sim — disse ela. — Está mesmo disparado, mestra.

O treinamento - Pansmione | Parte 3/3Onde histórias criam vida. Descubra agora