Enquanto ela trabalhava a corda em minha perna esquerda, pensei nas últimas semanas e no que aconteceu desde a noite em que ambas dissemos as palavras de segurança.
Ela se recusou a recolocar a coleira em mim naquela noite. Em vez disso, fomos para a cama e dormimos nos braços uma da outra. Eu ainda me lembrava de como adormeci com a perna dela sobre minha coxa, de forma quase protetora.
Na manhã seguinte, conversamos mais sobre Gwen e Bellatrix, até sobre Mary. No meio da manhã, nós duas estávamos mais calmas e mais relaxadas, assim concordamos que eu usaria a coleira pelo resto do dia.
Eu me sentia mais ligada a ela depois daquela noite. Antes eu sabia, é claro, que ela pegaria mais leve ou pararia se eu dissesse a palavra de segurança, mas viver isso de algum modo confirmou o quanto podia confiar nela.
Pansy disse que a situação tinha feito o mesmo por ela, que se sentia melhor sabendo que eu diria a palavra de segurança se fosse necessário.Fui à reunião do grupo de submissos e Tom logo me apresentou a todos. Além de ter ganhado conhecimento sobre o estilo de vida, fiquei surpresa com os diferentes sentimentos que tive em relação a alguns participantes.
Tom parecia meu irmão mais velho, às vezes rindo e implicando, outras protegendo e me apoiando. Como um dos integrantes mais experientes, ele era requisitado por todos.
Não demorei a descobrir que ele e sua mestra eram muito bem-vistos na comunidade. Os atos de Bellatrix não passaram despercebidos na noite da festa e, segundo Tom, ela foi convidada a se retirar logo depois de Pansy e eu irmos embora e instruída a não voltar.
Gwen ainda era bem-vinda, porém, eu fiquei bastante surpresa ao vê-la em minha primeira reunião do grupo. Ela parecia uma mulher independente e segura. Mal a reconheci como a submissa nua que se ajoelhava aos pés de Bellatrix.
Ainda mais chocante foi o fato de eu não sentir quase nada em relação a ela, em especial considerando que ela já tinha jogado com Pansy.
A mulher de quem eu mais sentia ciúme era Jen. Quando pensei nisso, entendi que não fazia sentido. Jen estava numa relação séria com Cordélia, só havia jogado com Pansy algumas vezes, e só na presença de Cordélia. Ainda assim, acho que é como o ciúme funciona. Não precisa fazer sentido. Especialmente quando eu sabia que Pansy não sentia nada por Jen. Na maior parte do tempo, eu ignorava isso.
Com relação a Mary, vou confessar que me senti um pouco superior. Eu tinha o que ela queria. Pansy era minha mestra. Pansy era minha amante. Era a coleira dela que eu usava e eram as mãos dela que guiavam e possuíam meu corpo nos fins de semana. Ela podia se candidatar com Godwin quantas vezes quisesse. De jeito nenhum ela um dia seria dela.
— Há algum motivo para esse sorriso vingativo, Hermione? — perguntou Pansy, trazendo-me de volta à questão do momento.
— Não, mestra — eu disse.
Pensei em contar o que eu estava pensando, talvez acrescentar uma atitude um tanto irritadiça, mas decidi pelo contrário. Afinal, havia hora e lugar para ser briguenta. Ela ergueu uma sobrancelha.
— Precisamos passar ao banco de açoitamento para aquietar sua mente?
Epa. Sem dúvida alguma não era hora de ser briguenta. Não escapou à minha atenção que ela usou o verbo no plural. A decisão seria minha.
— Não, mestra — respondi, na esperança de eliminar de meu rosto quaisquer vestígios do sorriso.
Ela me lançou um olhar severo antes de voltar a dar o nó. Passamos os últimos fins de semana (e uma noite de quarta-feira muito agradável) evoluindo para este ponto. Num dia ela amarrou meu peito com várias cordas e nós; em outro, amarrou minhas pernas. O fim de semana seria uma combinação disso tudo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O treinamento - Pansmione | Parte 3/3
FanfictionHistória BDSM +18. Não finalizada. Continuação das histórias de - A submissa - e - A Dominatrix. A doce bibliotecária Hermione Granger sempre teve uma vida sexual frustrada, mas tudo muda quando Pansy entra em sua vida. Com ela, sua dominatrix e m...