EPÍLOGO

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SEIS ANOS DEPOIS

É sexta-feira à noite e a casa está silenciosa.

Athena está sentada no corredor do segundo andar, como sempre, entre as duas portas fechadas dos quartos. Ela suspira e apoia a cabeça nas patas, sabendo que não demorará muito para ver o bebê de novo. Talvez amanhã eles possam ir para fora e brincar de novo à sombra da casa na árvore.

Hugo tem oito semanas. Sua irmã, Rose, completa 3 anos no mês que vem.

A porta do quarto principal se abre e Mi sai, nua, exceto por um sutiã, seus passos leves e rápidos. Embora seu corpo ainda seja magro, mudou muito nos últimos anos. E embora suas noites
não sejam nada repousantes, naquele momento não está cansada.

Ela foi promovida a diretora da biblioteca três anos antes. Nessa época, começou uma nova campanha literária, expandiu o programa de monitoria do ensino médio e implementou um
acampamento de verão para alunos do ensino fundamental. Desfrutava de seu cargo, mas pediria demissão. Ela entregaria a carta na segunda-feira, queria passar mais tempo com os filhos.

Isso lhe daria tempo suficiente para planejar cada pedacinho de seu novo projeto. Uma escola com especialização literária na grande Nova Iorque. Fora outros projetos inovadores para alavancar o interesse dos jovens nos estudos.

Esta noite, porém, seu foco está em algo inteiramente diferente e ela para por pouco tempo na frente de cada um dos dois quartos, para saber se não há nenhum som vindo de dentro antes de se virar e entrar na sala de jogos.

Está ao mesmo tempo excitada e hesitante ao entrar. Excitada, porque é a primeira vez em muito tempo desde a última vez que ficaram lá, e hesitante pelo mesmo motivo.

Sabe que ela pegará leve esta noite. Ela havia pegado leve também na primeira vez que jogaram depois de Rose nascer. Mas ela não se importou. Depois de anos morando juntas, amando-se, brigando e fazendo as pazes, ela estava confortável sabendo que, na sala de jogos, ela é sua mestra.

Não deseja nada diferente disso.

Momentos depois de a porta da sala de jogos se fechar a suas costas, a porta do quarto da mestra se abre mais uma vez e Pansy vai para o corredor. Está com as roupas pretas que normalmente usa
para a sala de jogos.

Sua mente repassa os planos para a noite e ela gasta alguns minutos tentando prever a reação dela. Ela deve saber que ela não a pressionará demais. Isto servirá como uma nova adaptação para as duas.

Por um momento, ela fica na frente dos quartos das crianças e imagina os dois dormindo lá dentro.

Rose, tão cheia de vida, com olhos inquisitivos e uma mente curiosa muito parecida com a da mãe. E Hugo, já mostrando sinais de uma alma sossegada e contemplativa.

Ela olha sua aliança de casamento, a que tinha sido de seu pai, e sorri antes de entrar na sala de jogos. Dentro dela está sua mulher, submissa, amante, a mãe de seus filhos e sua melhor amiga.

Esta noite, ela mais uma vez comandará seu corpo e sua alma, jogando com as duas do modo com que ela tanto ansia, como só ela pode fazer.

Quando tiverem acabado, ela a carregará para o quarto das duas, onde irá venerá-la com palavras e toques, envolvendo-a na segurança e no conforto de seu amor.

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Pessoas, para aqueles que estavam curiosos sobre o casamento da Pansy e da Hermione, venham ao meu perfil no dia 16/05.

Beijos obrigada por tudo!!!

Amo vocês, e até...

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O treinamento - Pansmione | Parte 3/3Onde histórias criam vida. Descubra agora