XVI - Talvez meu sogro me odeie

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Harry Potter

Meu relacionamento com Draco é assim, suave, como uma leve brisa passando pelo gramado.

Nunca me imaginei sendo namorado de um sonserino, ainda mais esse suposto sonserino sendo Draco Malfoy, mas sua leveza me impressiona. Ele gosta de coisas simples, como ficar de mãos dadas, de me abraçar e cochilar com o nariz pousando suavemente no meu pescoço. E o que dizer da nossa mistura de feromônios? Era sublime, delicada e deliciosa, era uma mistura perfeita.

O que me incomodava nesse relacionamento era o fato de ter que escondê-lo. Nossos amigos já sabiam graças ao ocorrido de semana passada, meus padrinhos nos deixavam sozinhos como se incentivassem o fato de sermos parceiros, mas também não sabiam. Fiz um acordo comigo mesmo, se esse relacionamento se mostrasse produtivo e saudável quando completassemos seis meses juntos, eu conversaria com Draco sobre contar a eles.

Diferente do pai dele, os meus padrinhos gostavam do fato de sermos parceiros, eles me apoiavam incondicionalmente e sempre davam um jeito de nos deixar próximos. Na semana em que começamos o namoro foi a mesma semana em que jogamos Twister, devo dizer que foi o dia em que Draco mais deu risada. Nós caímos juntos muitas vezes e eu percebi que meus padrinhos notaram nossa proximidade física. Eu sentia que Sirius estava se coçando de vontade de perguntar o que tinha mudado, mas Remus sempre me olhava com compreensão, deixando que eu tomasse meu tempo.

Hoje haveria o último jogo de quadribol, sonserina contra grifinória. Eu estava animado, era sempre assim quando jogava contra Draco porque ele era um ótimo apanhador. Quando ele entrou no time da sonserina ele era ruim procurando o pomo, mas compensava isso com a velocidade na vassoura, ele voava muito bem.

O loiro andava preocupado, o pai dele viria para ver o jogo junto de sua mãe. Ele achava que seria uma boa oportunidade para dizer à Narcissa, mas como seu pai estaria junto ele desistiu da ideia.

No momento eu estava com a capa de invisibilidade e andava até o vestiário em que ele estava, sorri vendo o cabelo bem penteado e os olhos azuis tão claros que pareciam cinzas. Toquei sua mão com a capa e ele se sobressaltou, mas sabia quem era. O guiei até uma parte escondida do gramado e deixei apenas meu rosto de fora da capa.

- Você sempre me assusta, ainda não me acostumei com isso- ele falou balançando a cabeça em negação.

- Eu ainda farei muito isso Malfoy, em algum momento você vai se acostumar- falei passando os braços pela sua cintura. Eu era alto, mas ele era ainda mais.

- Eu gosto disso- ele murmurou segurando meu rosto com calma. Fiquei na ponta dos pés e beijei seus lábios calmamente, eu amava seus beijos e o jeito com que ele me segurava.

- Você vai jogar bem hoje- sussurrei contra seus lábios e o vi sorrir.

- Você também, vamos fazer como sempre- seu nariz roçou no meu e foi a minha vez de sorrir.

- Tenho que voltar para me trocar, nos veremos no campo-

- Que vença o melhor- concordei e dei um último beijo nele antes de colocar a capa e voltar.

Me troquei rapidamente e quando sai esbarrei em um grifinório do sétimo ano, recentemente ele parecia me perseguir a onde quer que eu fosse. Pedi licença e desviei dele.

- Potter, você é um ômega muito bonito- ergui uma sobrancelha e cruzei os braços.

- Eu sei-

- E ômegas são raros, você também deve querer um alfa que seja raro-

- Na verdade não, alfas lúpus não me interessam-

Alfas lúpus eram os mais raros entre os alfas, eles compunham apenas 2% da população alfa. A única diferença entre um lúpus e um alfa normal era a carga hormonal e a hiperfertilidade, se eles ficassem com alguém sem as devidas proteções era quase certo de que a outra pessoa engravidaria.

A Origem das Espécies [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora